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14/04/2011 - 10:32

Anticoncepção: qual o método mais indicado para as mulheres obesas?

Se a mulher obesa apresentar comorbidades, como diabetes ou hipertensão, há métodos que não são indicados.

São Paulo - A obesidade, atualmente considerada uma epidemia, é uma preocupação global. Os números são alarmantes: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2008 havia aproximadamente 1,5 bilhão de adultos acima do peso no mundo. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, de 2010, cerca de 40% das mulheres têm sobrepeso ou são obesas. Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com oito mil adolescentes, apontou que 25% delas estão com excesso de gordura corporal.

Mas o que obesidade tem a ver com anticoncepção? Segundo a Dra. Cristina Guazzelli, professora do Departamento de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), as mulheres obesas precisam tanto de anticoncepção quanto as de peso adequado. “Apesar de haver maior probabilidade de apresentar alterações menstruais, maior risco de não ovular e mais chance de ter ovário policístico, a mulher acima do peso pode engravidar como qualquer outra, portanto precisa usar métodos anticonceptivos se não deseja ter filhos. Outro dado importante é que, diferentemente do que se pensa, vários estudos mostram que a frequência sexual delas é a mesma de mulheres magras.”

Segundo a médica, de uma maneira geral, as mulheres com excesso de peso podem usar quase todos os métodos anticonceptivos, como pílula combinada, implante, DIU e anel contraceptivo, cuja eficácia vai depender do uso correto, da taxa de continuidade e da aderência ao método escolhido. A utilização do adesivo transdérmico deve ser cuidadosa em mulheres com mais de 90 kg, pois alguns estudos mostram uma redução da sua eficácia, devendo, portanto ser contraindicado nesse caso.

“Em mulheres obesas que ainda não têm comorbidades, como diabetes, hipertensão e alterações das taxas de colesterol, não há contraindicacão para o uso de métodos hormonais. Mas devemos ser cautelosos, pois são pacientes com maior risco para trombose venosa e doenças cardiovasculares. Além disso, para as mulheres com IMC* acima de 30, o risco de trombose é duas vezes maior do que para as que apresentam o índice menor que 25. Por isso a paciente deve ser avaliada de forma mais criteriosa, em intervalos menores, e fazer periodicamente exames clínicos e laboratoriais com avaliação da pressão arterial, glicemia, e perfil lipídico, entre outros”, explica a Dra. Cristina.

Caso a paciente obesa apresente essas comorbidades, as pílulas combinadas não são indicadas por conta da presença do hormônio etinilestradiol (estrogênio) no comprimido, que, aliado a essas condições, potencializa os efeitos trombóticos. “Nesse caso, deve-se prescrever a pílula que contém somente o hormônio progestagênio (desogestrel), que ainda evita os efeitos colaterais provocados pelo estrogênio, como náuseas, dores de cabeça, mastalgia e edema, e pode ser usada durante a amamentação. Essa pílula tem a mesma eficácia (99%) e o mesmo mecanismo de ação das combinadas mais modernas”, complementa a médica.

O índice de massa corporal (IMC) é reconhecido como padrão internacional. O IMC é calculado dividindo o peso (em kg) pelo quadrado da altura (em m). A fórmula matemática é IMC = peso/altura².

Classificação, segundo o IMC obtido: .abaixo de 18,5: adulto com baixo peso |.maior ou igual a 18,5 e menor que 25: adulto com peso adequado (eutrófico) |.maior ou igual a 25 e menor que 30: adulto com sobrepeso |.maior ou igual a 30: adulto com obesidade.

Perfil-A MSD é uma nova empresa farmacêutica global, fruto da fusão, em 2009, entre duas empresas tradicionais na área de saúde: a Merck Sharp & Dohme e a Schering-Plough. A MSD é líder global na área de cuidados com a saúde e conta com uma linha diversificada de medicamentos, vacinas e produtos para a saúde humana e a animal. Seu portfólio inclui atualmente mais de 15 produtos em fase avançada de pesquisa, em áreas terapêuticas fundamentais, como cardiologia, diabetes, neurologia, infectologia, doenças respiratórias e distúrbios neurológicos. Além disso, é uma empresa comprometida em ampliar o acesso a seus medicamentos para o maior número de pacientes possível, por meio de programas abrangentes de educação em saúde dirigidos à população e doação de seus medicamentos às pessoas que deles necessitam.

Conhecida globalmente como MSD (somente nos EUA e Canadá a empresa é denominada Merck), conta atualmente com cerca de 110 mil funcionários e opera em mais de 140 países. No Brasil, a empresa conta com seis unidades fabris, nos estados de São Paulo e Ceará, e mais de 2.000 funcionários.

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