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15/04/2011 - 10:33

O desafio de criar os filhos no século XXI

Limites, educação, proteção. Como enfrentar a tarefa de criar os filhos?.

Quando impor limites aos jovens? Qual a melhor educação a oferecer, a rígida ou a mais liberal? Como saber que as crianças estão sendo superprotegidas? Essas e outras dúvidas são comuns de aparecer quando o assunto é a tarefa de criar os filhos. “As maiores dúvidas são de ordem prática. Até quando a criança deve usar chupeta? E fralda? Quando pode andar de ônibus? E sair sozinha? É como se as pessoas tivessem perdido as referências quanto a serem pais e mães, como se esperassem por uma resposta pronta, tipo manual do usuário para os filhos”, explica o psicólogo Miguel Gomes, do CPPL (www.cppl.com.br), no Recife.

Segundo explica o profissional, enquanto os pais das décadas de 1970 e 1980 viveram o enfrentamento da autoridade paterna, a atual geração está experimentando a experiência de criar os filhos sem uma referência marcante. “Vivemos um tempo em que os pais estão aprendendo a serem pais e mães em uma sociedade plural e democrática, na qual os laços de autoridade e respeito não estão construídos dentro de relações de hierarquia pré-estabelecida”, diz.

Para Miguel, os maiores desafios no ato de ser pai e mãe nos dias de hoje envolvem conseguir educar os filhos sem medo de ser mais rígido quando necessário. “Há temor pelos pais de que os filhos se coloquem contra eles em uma separação ou conflito, e eles tentam evitar isso com comportamentos excessivamente permissivos”, afirma. Tem ainda o medo de que os filhos se desenvolvam sozinhos. “Devido à violência, muitos pais de classe média e alta protegem excessivamente os jovens, que não entram em contato com as durezas da rua e da relação com os outros – adultos ou jovens”, revela.

Ligada que é às novas tecnologias, essa nova geração de filhos aponta para um meio que pode ser usado como importante ferramenta para a construção de novas relações democráticas e plurais: a internet. “As novas tecnologias têm a capacidade de aprimorar a comunicação entre as pessoas e de difundir a informação, o que permite aos jovens conhecer o mundo muito melhor do que a gente em nossa época”, avalia o profissional. Contudo, é preciso ter cuidado para que o mundo virtual não se sobreponha à realidade – tão necessária para o amadurecimento dos jovens. “A internet é um elemento cultural muito importante e cabe aos pais aprender a lidar com ela em casa. Cada família encontrar seu jeito de lidar com ela, assim como aprenderam a lidar com os avanços culturais de outras épocas, como a imprensa, o carro, o telefone...”, conclui Miguel Gomes.

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