Atividade econômica cresce 0,7% em fevereiro, aponta Serasa Experian

Consumo das famílias continua impulsionando a economia.

São Paulo – O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) avançou 0,7% em fevereiro/11 frente ao mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais. Em relação ao mesmo mês de 2010, houve crescimento de 6,5% no segundo mês de 2011. Nos 12 meses encerrados em fevereiro/11, o crescimento econômico atingiu 7,1%, ritmo ligeiramente inferior ao acumulado em 12 meses encerrados em janeiro/11 (7,3%).

Do ponto de vista da demanda agregada, o crescimento de 0,7% observado em fevereiro foi sustentado pelo avanço de 0,9% do consumo tanto das famílias e de 8,5% dos investimentos (formação bruta de capital fixo), os quais se recuperaram da queda de 6,0% verificada no primeiro mês deste ano.

Já pelo prisma da oferta agregada, a indústria avançando 3,9% em fevereiro foi o principal motor do crescimento econômico no segundo mês de 2011. Os serviços também registraram elevação de 0,7% e o setor agropecuário cresceu 0,4% em fevereiro/11 após ter recuado 0,1% no mês anterior.

Para os economistas da Serasa Experian, o crescimento de 0,7% observado em fevereiro/11, após uma alta de 0,8% no mês anterior, revela que o ritmo de desaquecimento da economia é ainda incipiente, mesmo porque vem afetando muito pouco o consumo privado: a taxa anual de crescimento do consumo das famílias passou de 7,0% (fechamento de 2010) para 8,8% (acumulado do primeiro bimestre de 2011). Neste contexto, medidas adicionais, a exemplo da recente elevação do IOF sobre empréstimos, deverão ainda ser tomadas por parte do governo, com intuito de provocar a diminuição do ritmo de expansão da economia, recolocando a trajetória futura da inflação em compatibilidade com as metas estabelecidas.

Metodologia do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal)- Na construção do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) utilizam-se técnicas estatísticas de desagregação temporal com indicadores (Chow-Lin, Fernandez, Litterman e Santos Silva-Cardoso). Cada subcomponente do PIB Trimestral, sem ajuste sazonal, oriundo do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, foi desagregado, por cada uma das técnicas supramencionadas, utilizando-se séries de alta freqüência (mensais) altamente correlacionadas com a série a ser desagregada. Considerou-se como estimativa final de cada série mensal associada a cada um dos subcomponentes do PIB Trimestral a média aritmética simples dos valores mensais obtidos por cada uma das técnicas distintas de desagregação temporal.

As séries mensais finais dos subcomponentes foram utilizadas como indicadores para a obtenção das séries dos níveis hierárquicos imediatamente superiores, sempre considerando como estimativas finais, em cada etapa, as médias aritméticas dos valores obtidos pelas quatro técnicas de desagregação temporal. Tal procedimento foi conduzido até chegar-se à última desagregação temporal, ou seja, do PIB Trimestral Consolidado, sendo que, para tanto, consideramos como indicadores mensais as séries desagregadas dos componentes da oferta agregada.

Para a obtenção das estimativas mensais das séries do PIB Trimestral com ajuste sazonal, cada componente mensal desagregado nos procedimentos anteriores (sem ajuste sazonal) foram ajustados sazonalmente utilizando-se TRAMO/SEATS constituindo-se, assim, os indicadores mensais a serem utilizados nas técnicas de desagregação temporal das séries, com ajuste sazonal, do PIB Trimestral. [Sites:www.serasaexperian.com.br| http://www.experianplc.com].