Seminário ISO 26000 - A Norma Internacional de Responsabilidade Social

No dia 19 de abril (terça-feira), a Petrobras e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) realizaram o Seminário ISO 26000 - A Norma Internacional de Responsabilidade Social, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Durante o evento, foram apresentados os processos de construção nacional e internacional da ISO 26000, visão estratégica e formação do conceito de Responsabilidade Social, temas de atenção para a indústria brasileira e também assuntos tratados no Fórum Governamental de Responsabilidade Social para um público que representava diversos setores.

A ISO 26000 foi discutida por oito anos por um grupo de 450 especialistas de quase 100 países e 40 organizações internacionais com ampla atuação em diferentes aspectos da responsabilidade social. A norma foi lançada internacionalmente em novembro de 2010 e, em dezembro aqui no Brasil, em evento promovido pela Petrobras e ABNT na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Em Brasília, foram debatidos os desafios de implementação da norma, mas o seminário também mostrou que a ISO 26000 deve ser utilizada pelas empresas brasileiras até como uma estratégia empresarial. O evento foi aberto pela coordenadora do Relatório de Sustentabilidade da Petrobras e representante da Indústria na Delegação Brasileira na ISO 26000, Ana Paula Grether, Jorge Cajazeira, presidente do Comitê Mundial da ISO 26000, Alex Mansur, gerente de Responsabilidade Social do SESI-DF, Carlos Santos Amorim Junior, diretor de Desenvolvimento da Informação da ABNT e Emerson Casali, gerente executivo de Relações do Trabalho da CNI.

Desde 2006, a Petrobras, em parceria com a ABNT e a delegação brasileira, já realizaram 14 seminários para debater o processo de construção da norma com a sociedade brasileira. Agora, a partir da conclusão do documento, promoveu o lançamento no país e está realizando nova série de eventos para discutir e incentivar a implantação da norma pelas empresas brasileiras.

De acordo com Ana Paula Grether, a Petrobras se empenhou profundamente na construção da norma. “A Petrobras passou a ser a representante da indústria a partir de 2006 e, depois deste ano, o Brasil despertou para o cenário da responsabilidade social. A Petrobras desde o início dos trabalhos apoia a Norma. Participamos de todas as reuniões internacionais de discussão e promovemos eventos no Brasil para discutir o tema e o posicionamento das diversas áreas da sociedade”, comenta.

O próximo seminário de divulgação será realizado em Salvador, seguidos de Porto Alegre e Manaus. “Esse trabalho está alinhando com a missão, visão e estratégia corporativa da empresa, que tem como um de seus pilares estratégicos, além do crescimento integrado e rendimentos, a responsabilidade social", completa.

O diretor de Desenvolvimento da Informação da ABNT, Carlos Amorim Junior, disse que o seminário é de grande importância não apenas para apresentar a Norma aqui em Brasília, mas também tratar dos temas centrais e relacionados à responsabilidade social, além de divulgar a importância da ISO 26000 dentro das organizações.

Além dos participantes da mesa de abertura, as apresentações também foram realizadas por Eduardo São Thiago, co-secretário do Grupo de Trabalho Internacional, Milena Pires, secretária executiva da Comissão de Estudos Especial da ABNT, Lisangela da Costa Reis, especialista da Categoria Indústria na Delegação Brasileira e pesquisadora do INMETRO e Representante do Fórum Governamental.

A norma- A ISO 26000 elenca os princípios e temas centrais de responsabilidade social e orienta como as organizações devem integrá-los em sua atuação, considerando os impactos econômicos, sociais e ambientais de suas atividades, diretos ou indiretos. A Norma também relaciona os temas da responsabilidade social que devem ser considerados na esfera de influência e na cadeia de valor da organização, incluindo, por exemplo, seus fornecedores, parceiros comerciais, distribuidores e clientes.

Pela primeira vez a ISO utilizou um sistema participativo composto por seis partes interessadas (representantes da indústria, do governo, dos trabalhadores, dos consumidores, das ONGs, de instituições acadêmicas, de pesquisa e consultoria). Vale ressaltar que a norma tem caráter voluntário e orientador, não implica certificação nem verificação externa por terceiros.