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21/04/2011 - 11:07

Alta de juros é aumentar dose de remédio que pode matar o paciente, diz CNDL

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) lamenta a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa básica de juros, e reitera que as medidas adotadas em conjunto pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda no esforço de combater as pressões inflacionárias têm produzido um efeito nefasto na economia.

Na opinião do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, a elevação da Selic, ferramenta que ancora a política de juros do setor financeiro, está mitigando a oferta imediata de recursos não só para o consumo, como pretende o governo, como também para o investimento produtivo, o que pode gerar um descompasso ainda maior no futuro entre oferta e demanda.

“Estão aumentando a dose de um remédio que já não surtiu efeito, e que não é adequado para a doença em questão. É preocupante, porque esse remédio, em doses muito altas, pode matar o paciente ao invés de curá-lo”, alerta o presidente da CNDL.

Roque Pellizzaro lembra que o descontrole da inflação se deve mais aos aumentos de preços nos quesitos alimentação e transportes do que em bens de maior valor agregado, como carros, motocicletas e eletroeletrônicos, que são mais suscetíveis ao volume de crédito disponível. Tal efeito se evidencia pelos números divulgados hoje pelo IBGE do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de abril, que mostrou claramente que a carestia se encontra nos itens de consumo diário, que não são afetados por medidas de contenção de crédito.

“O governo precisa conseguir novas estratégias para conter a demanda, porque o problema é que não há oferta suficiente, e muito provavelmente chegaremos a 2012 com inflação acima do teto da meta, de 6,5%. O Brasil precisa de infraestrutura condizente com sua capacidade de consumo, e o aumento de juros vai na direção contrária de resolver essa questão”, avalia.

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