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27/04/2011 - 11:25

Fundos de Private Equity alavancaram IPOs no 1º trimestre de 2011, revela estudo da Ernst & Young

Revoltas em países árabes e desastre no Japão impactam captações no final do período, que registrou maior volume na América Latina que na Europa.

São Paulo – Empresas financiadas por fundos de Private Equity foram responsáveis por algumas das maiores operações de abertura de capital (IPO) da história no primeiro trimestre de 2011. Segundo o estudo Private Equity, Public Exits, realizado globalmente pela Ernst & Young, essas companhias levantaram US$ 13,5 bilhões junto ao mercado de ações em 20 transações diferentes de IPO no período. O valor é mais do que o dobro dos US$ 7,2 bilhões arrecadados em 20 operações realizadas no mesmo período de 2010. No Brasil, muitas companhias adiaram ou retiraram seus planos de IPOs em função do plano de capitalização da Petrobras - com uma oferta gigante de US$ 70 bilhões -, mas começam a retomar seus planos.

Na segunda metade de 2010, os mercados emergentes foram responsáveis por mais da metade de todos os movimentos de IPOs. Esse ritmo, no entanto, diminuiu no primeiro trimestre de 2011 – foram cinco transações com um volume total de captação de US$ 2,1 bilhões.

Agora, companhias no Brasil financiadas por fundos de Private Equity estão prontas novamente para ir ao mercado. A International Meal Corp., uma cadeia de restaurantes controlada pela Advent International, levantou US$ 248 milhões em março, depois de ter cancelado uma tentativa de IPO. "Com o mercado brasileiro voltando a realizar IPOs, ofertas financiadas por Private Equity podem representar cerca de um terço das novas emissões. Existem muitas oportunidades para esse tipo de fundo. E eles estão olhando o Brasil como um destino preferencial de investimentos, principalmente fora do eixo RJ-SP, onde as indústrias precisam de capital para crescer", completa Carlos Asciutti, sócio da Transações da Ernst & Young Terco.

"Os fundos de Private Equity foram protagonistas de várias grandes operações de abertura de capital no primeiro trimestre de 2011. E isso deve continuar durante o ano. Após cinco anos em que aumentaram o portfólio graças a investimentos em diversas empresas, esses fundos devem manter o processo de pulverização do controle acionário de algumas delas para garantir o retorno sobre o investimento", explica Asciutti.

Porém, a volatilidade nos mercados gerada por eventos de repercussão mundial, como as revoltas em países do Oriente Médio e do norte da África e o terremoto seguido de tsunami no Japão, trouxe impacto na segunda metade do período. Um total de 294 empresas de todo o mundo – tanto financiadas por fundos de PE quanto não financiadas – levantaram US$ 46,9 bilhões nos primeiros três meses do ano. A cifra representa uma redução de 13% na comparação com o mesmo período de 2010. Nesse período, oito companhias retiraram suas operações de abertura de capital devido às condições do mercado – metade delas citando o desastre no Japão.

Mesmo com as incertezas, grandes operações foram registradas. A primeira aconteceu no início de fevereiro, quando a Kinder Morgan, empresa do setor de energia com sede no Texas, completou um IPO de US$ 3,3 bilhões na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Por algumas semanas, a operação foi a maior em empresas financiada por fundos de Private Equity já registrada. No entanto, logo depois, a HCA Holdings – maior operadora de hospitais nos EUA – conseguiu US$ 4,4 bilhões em sua oferta pública de ações, que se transformou na maior oferta da história de uma empresa financia por fundos de PE.

América Latina levanta mais capital que Europa

Turbinados por altos níveis de expansão do PIB, consumo doméstico, afluxo de capital estrangeiro e investimento em infraestrutura, Brasil, México e Argentina captaram globalmente US$ 2,7 bilhões em IPOs, sendo o Brasil o principal destaque (US$ 2,1 bi).

Em contraste, a Europa levantou apenas US$ 2,2 bilhões em 50 operações –bem abaixo dos US$ 4,8 bilhões em 48 negócios do mesmo período do ano anterior. Ainda que existam diversas empresas europeias na expectativa de capital público, preocupações sobre fundos soberanos e a incerteza global minam valorações e o apetite dos investidores europeus.

Setores- No primeiro trimestre, o setor industrial (com destaque para transporte e companhias de maquinário) levantaram mais recursos, US$ 12,6 bilhões. A seguir vem o setor energético (US$ 7,9 bilhões em 23 negócios) e a indústria de saúde (US$ 6,2 bilhões em 29 operações).

Por número de negócios, o líder foi o setor de materiais (mineração e metais, químico e embalagens), com 60 operações e valor de US$ 4,6 bilhões. A seguir vem o setor industrial (48 negócios) e de tecnologia, com 35 ações no volume de US$ 2,8 bilhões.

Perspectiva futura- “O recente cenário turbulento no Japão e países do Oriente Médio impactou os índices do mercado, afugentou investidores e reduziu o ritmo de novas emissões em março. Contudo os investidores estão há algum tempo na expectativa de investir seu capital”, comentou Paulo Sergio Dortas, sócio de IPO da Ernst & Young Terco.

Ernst & Young e sobre a Ernst & Young Terco- A Ernst & Young é líder global em serviços de auditoria, impostos, transações corporativas e consultoria. Em todo o mundo, a empresa tem 144 mil colaboradores unidos por valores pautados pela ética e pelo compromisso constante com a qualidade. A empresa faz a diferença ajudando colaboradores, clientes e as comunidades em que atua a atingirem todo seu potencial.

No Brasil, a Ernst & Young Terco é a mais completa empresa de consultoria e auditoria com 3.500 profissionais que dão suporte e atendimento a mais de 3.400 clientes de grande, médio e pequeno portes, sendo que 111 companhias são listadas na CVM (dado referente a junho de 2010) e fazem parte da carteira especial da equipe de auditoria. [www.ey.com.br].

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