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27/04/2011 - 11:25

Combate à inflação não pode adiar medidas cambiais, diz presidente da CNI

Brasília – O combate à inflação não pode ser pretexto para o governo adiar medidas que contenham a desvalorização do dólar diante do real e reduzam a carga tributária das empresas. O alerta foi feito no 26 de abril (terça-feira), pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. “Precisamos de ações imediatas”, disse Andrade, depois de participar da primeira reunião do ano do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto.

Para ele, uma das medidas viáveis para evitar a valorização do real é a imposição de limites à entrada de recursos estrangeiros em aplicações financeiras no Brasil. “A diferença entre o custo do dinheiro lá e cá é muito grande. Isso deve ser coibido porque se trata uma ação especulativa”, argumentou Andrade, que é um dos integrantes do Conselho, criado em 2003 como órgão consultivo da Presidência da República. O CDES que era ligado à Secretaria de Relações Institucionais passa a ser vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência. Atualmente, o Conselho é composto por 90 representantes de empresários, sindicalistas, intelectuais e líderes de movimentos sociais.

Ação de governo - Na reunião desta terça-feira, a primeira no governo Dilma, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, falaram sobre as perspectivas da economia brasileira. Entre as medidas apresentadas por Mantega para controle da inflação estão o corte da despesa pública, dentro do pacote de redução de R$ 50 bilhões no Orçamento Geral da União (OGU) de 2011, o estímulo ao aumento da oferta agrícola, e outras iniciativas como limitar o crescimento do consumo interno.

Em sua apresentação, Tombini comemorou o recuo na entrada de dólares no país em abril deste ano. No acumulado deste mês, até o dia 20, o ingresso de divisas somou US$ 133 milhões no Brasil. O volume é inferior ao registrado no primeiro trimestre, quando o país recebeu US$ 35,2 bilhões. “Trazer a inflação para o centro da meta no Brasil exigirá um esforço prolongado do governo”, completou Tombini.

Ao final da reunião, a presidente Dilma reafirmou que o controle da inflação é um compromisso de governo. Segundo ela, ações como a elevação da taxa de juros e a limitação de crédito não surtiram o efeito desejado. “É preciso, no entanto, ter serenidade e responsabilidade na condução desta política”, destacou. “Compreendo os questionamentos e tomaremos, com segurança, todas as medidas que se fizerem necessárias e urgentes”, finalizou.

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