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31/07/2007 - 10:08

CCBB Rio com a exposição Brasil: desFocos [o olho de fora]

Em cartaz de 31 de julho a 16 de setembro 2007, de terça a domingo, 10 às 21h, no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro. Entrada franca. Rua Primeiro de Março 66 Centro – Rio de Janeiro (RJ).| Telefone (21 )3808-2020 .Curadoria: Nessia Leonzini e Paulo Herkenhoff.

A representação de um Brasil além do preconceito e do exotismo, através da mira de 30 artistas estrangeiros que nunca moraram neste país e cerca de uma centena de obras realizadas durante mais de 30 anos, é a exposição Brasil: desFocos [o olho de fora], com abertura, segunda-feira, 30 de julho, às 19h, para convidados, no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro.

Os curadores Nessia Leonzini e Paulo Herkenhoff avaliam que o Brasil pode ter uma abordagem que vá além das "aparências", daquela imagem que o país projeta no mundo. Herkenhoff nos lembra que "os artistas de desFocos não são descobridores nem explicadores do Brasil, mas inventores". Cada trabalho selecionado é um olhar particular sobre a cena brasileira.

Participam da exposição:Marina Abramovic [Sérvia]. Lara Almarcegui [Espanha]. Laurie Anderson [EUA]. Matthew Barney [EUA]. Andrea Robbins&Max Becher [EUA-Alemanha]. David Byrne [Escócia]. Todd Eberle [EUA]. Adam Fuss [Inglaterra]. Sally Gall [EUA]. Ralph Gibson [EUA]. Candida Höfer [Alemanha]. Anselm Kiefer [Alemanha]. Tseng Kwong Chi [China]. Luisa Lambri [Itália]. Sharon Lockhart [EUA]. Steve Miller [EUA]. Gabriel Orozco [México]. Damián Ortega [México]. Jack Pierson [EUA]. Robert Polidori [EUA]. Clifford Ross [EUA]. Julião Sarmento [Portugal]. Kenny Scharf [EUA]. Laurie Simmons [EUA]. Thomas Struth [Alemanha]. Sergio Vega [Argentina]. Andy Warhol [EUA., Bruce Weber [EUA]. Christopher Williams [EUA]

Artistas e obras - As fotos de Bruce Weber vêm do livro "O Rio de Janeiro", publicado em Nova York, em 1986. Depois dessa publicação, o Rio entrou no roteiro das locações obrigatórias de fotógrafos e editoriais de moda da imprensa do mundo inteiro.

Laurie Simmons apresenta fotos emblemáticas de seu trabalho da década de 80, a partir de imagens recicladas de cartões postais, nesse caso, uma vista do Corcovado.

Matthew Barney fez um trabalho no Carnaval da Bahia de 2004. Seu inusitado "trio elétrico" De Lama Lâmina inclui um ser agarrado à parte de baixo do carro, tendo supostos orgasmos com o motor.

O trabalho de Jack Pierson, feito especialmente para esta mostra, parte das cangas que comprou em dezembro de 2006, na praia de Ipanema. Os "souvenirs mais representativos de sua estadia no Rio" se transformam em uma instalação site specific.

Lara Almarcegui e Damián Ortega trabalham sobre o processo da urbanização brasileira. Almarcegui "classifica" terrenos não construídos na capital paulista, em constraste com as cidades da Europa, onde não cabe o desperdício de espaço urbano. Ortega mostra as formas culturais de organizar a construção da moradia, através de vinte retratos de casas populares em construção.

Candida Höfer e Thomas Struth têm em comum o impulso de documentar, mas em Höfer sente-se a presença humana em ambientes desabitados, e em Struth, existe o anonimato. As pessoas que aparecem na foto da Igreja Matriz de Ouro Preto, de Struth, estão de costas para a câmera.

Laurie Anderson visitou o Brasil nos anos 80 e registrou sua passagem pelo Corcovado com um texto e quatro cliques consecutivos em três minutos, cobrindo um arco de 180 graus.

O olhar de Christopher Williams foi atraído pelo despojamento da fachada e dos fundos da "Super Quadra Sul 308", em Brasília.

Sharon Lockhart assina a série "Teatro Amazonas", na qual documenta a migração da população da região do rio Aripuanã, no Amazonas, em razão do declínio do comércio da borracha.

As Polaroids que Andy Warhol fez de Pelé incluíram o brasileiro no universo dos ícones warholianos.

Tseng Kwong Chi, morto em 1990, posa com uniforme militar do exército maoísta ao lado de ícones da paisagem urbana brasileira, assim como fez com outros monumentos, do World Trade Center à Torre Eiffel.

Anselm Kiefer produziu a importante série "Lilith", a partir de fotografias da paisagem urbana de uma São Paulo caótica, em clima de apocalipse.

A imagem de Gabriel Orozco é parte da série "Turista Maluco", em que o artista|turista documenta momentos excêntricos e decisivos, que remetem ao momento decisivo de Cartier-Bresson.

Robert Polidori é conhecido por suas fotos de arquitetura, mas, aqui, ironicamente, a Brasília do artista é irreconhecível para os brasileiros, porque aparece despida de seus signos arquitetônicos emblemáticos.

Os trabalhos de Max Becher & Andrea Robbins provocam desorientação geográfica. Neste caso, retratam uma sinagoga hassídica, construída no estilo gótico em uma comunidade do Brooklyn, em Nova York, que foi replicada no mundo todo, inclusive em São Paulo.

O olhar de Sally Gall transforma o Jardim Botânico do Rio de Janeiro em cenário romântico, jogo de luz e sombra, e "descariocado".

Ralph Gibson é um fotógrafo de formas. No close-up do policial, por exemplo, ele neutraliza o significado da arma em favor da forma desse objeto.

Todd Eberle registra uma Brasília vazia, durante o carnaval de 1997. Ele descontextualiza a arquitetura e se concentra nos detalhes. Oscar Niemeyer concordou em ser fotografado por Eberle na Casa das Canoas, no Rio. O arquiteto, porém, permitiu um único clique. A foto está nesta exposição.

Clifford Ross fotografa o Pantanal matogrossense do topo de uma torre, sem suas características mais reconhecíveis, como a fauna.

São três os "objetos sagrados" de David Byrne: a pluma orgânica, a placenta e o papel celofane sobre veludo vermelho que aludem aos rituais do candomblé. Também na obra de Adam Fuss está presente a simbologia do candomblé, assim como os temas morte - a caveira - e vida, ilustrada pela palavra life.

Luisa Lambri se vale das nuances entre o claro e o escuro e na materialização da luz como agentes que alteram a condição estática da arquitetura, neste caso o Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Steve Miller "radiografa", em um hospital de Nova York, um chute com a bola oficial da Copa do Mundo, outro símbolo cultural do Brasil.

Julião Sarmento descreve seu trabalho como um "diário visual composto por 391 snapshots, algumas imagens interessantes, outras de uma banalidade constrangedora [Š] Todos eles em conjunto são a memória física de uma viagem ao Brasil entre janeiro e fevereiro de 1992."

As fotos de Kenny Scharf fazem parte de seu diário visual no Brasil e têm as qualidades do snapshot, com fartura de elementos e cores saturadas, como na pintura do artista.

Marina Abramovic intitula sua obra "esperando uma idéia". Na fotografia, ela está deitada em frente a uma pilha de cristais, o que remete à diferença entre posição e postura, entre o turista e o artista.

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