Consumo de alumínio deve crescer 13% em 2011

Previsão é que o mercado atinja 1,5 milhão de toneladas.

A Associação Brasileira do Alumínio - ABAL divulga o desempenho do mercado brasileiro do alumínio no ano de 2010 e a primeira previsão para 2011. De acordo com a entidade, o consumo doméstico de produtos transformados de alumínio, no ano passado, foi de 1.298,2 mil toneladas, o que corresponde a um aumento de 29,0% em relação ao volume registrado em 2009.

Continuando com a tendência de alta, a ABAL estima que em 2011 o consumo interno crescerá 13,2%, com todos os produtos de alumínio registrando elevação. Cabe destacar o desempenho do setor de Fios e Cabos, que prevê um acentuado crescimento de 58,4%, impulsionado pela expectativa de investimentos pelo setor elétrico.

Segundo o coordenador da Comissão de Economia e Estatística da ABAL, Mauro Moreno, desde a retomada da economia pós-crise de 2008, este é o nono trimestre consecutivo que registra um crescimento do consumo doméstico de alumínio.

"As empresas fabricantes de produtos de alumínio têm feito sucessivos investimentos e estão aptas para atender esse aumento de demanda interna, porém esse alto consumo embute também uma ameaça a essas indústrias: que é o crescimento maciço das importações de produtos de alumínio provenientes de países asiáticos, beneficiados por incentivos tributários concedidos por seus governos", alerta.

Segmentos Consumidores- O segmento de Embalagens continuou a ser o principal consumidor de alumínio em 2010, com 31% do consumo total. Em seguida, com 21%, está o setor de Transportes e, com 14%, o de Construção Civil. O gráfico abaixo mostra a distribuição do consumo de alumínio por segmento.

Balança Comercial - As receitas externas da indústria brasileira do alumínio avançaram em 2010, totalizando US$ 3,9 bilhões (FOB), um aumento de 21% em relação a 2009. As importações também cresceram acentuadamente: 79%, totalizando US$ 1,3 bilhão (FOB). Em volume, as importações de produtos semimanufaturados e de metal aumentaram, no ano passado, 92% e 229% respectivamente.