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28/04/2011 - 10:13

Fórum Náutico Fluminense vai fortalecer setor no Estado do Rio de Janeiro

Parceria entre Governo do Estado e iniciativa privada prevê ações estratégicas para garantir o crescimento da fabricação de embarcações de lazer no estado.

Rio– O vice-governador Luiz Fernando Pezão e a subsecretária estadual de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial, Renata Cavalcanti, lançaram no dia 27 de abril (quarta-feira),o Fórum Náutico Fluminense, durante a abertura da Rio Boat Show 2011, na Marina da Glória. O fórum prevê um conjunto de ações estratégicas, em parceria com a iniciativa privada, para recuperar a tradição náutica do estado, estimular a fabricação de embarcações de lazer e gerar mais emprego e renda nesta cadeia produtiva.

Depois de percorrer a feira, Pezão declarou que a indústria náutica é um setor estratégico para a economia do Estado do Rio de Janeiro, por ser intensiva em mão de obra: para cada barco construído, são gerados em média oito empregos diretos, segundo estimativas de entidades representativas do segmento. “Robô não faz barco; quem faz barco é gente”, destacou Pezão, mencionando declaração de lideranças do setor presentes ao evento. E acrescentou:

- O governador Sergio Cabral, desde o primeiro momento de seu governo, tem lutado para que a indústria náutica retorne para o Estado, começando pela redução da carga tributária. Este fórum prevê uma pauta positiva para o setor, que já foi muito forte. Tínhamos cerca de 15 empresas no Mercado São Sebastião e restou apenas uma. Com os incentivos, essas empresas estão retornando. O crescimento desta indústria é extraordinário e é dever do Estado oferecer ensino técnico voltado para este setor – destacou.

A subsecretária Renata Cavalcanti lembrou que, desde o decreto estadual de 2008, que baixou para 7% o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a fabricação de embarcações de lazer no estado, a indústria náutica tem mantido um ritmo de crescimento a taxas de 15% ano, mesmo no período pós-crise global. Segundo ela, o setor vive um momento de forte aquecimento no estado e deve receber quase R$ 1 bilhão em investimentos este ano, devendo gerar aproximadamente 1,5 mil empregos diretos e 6 mil indiretos.

- O Rio tem recebido importantes investimentos na área náutica. Além das novas indústrias que estão se instalando, como a multinacional francesa Benneteau, que está construindo em Angra dos Reis a sua primeira fábrica de lanchas, e a brasileira Intermarine, líder em embarcações de luxo, temos a Marina da Glória, do grupo EBX, de Eike Batista, que está ampliando o número de vagas para embarcações. Isso sem contar a estrutura do Marina Verolme (BR Marinas, em Angra dos Reis), e seu moderno conceito de marina-indústria – lembrou a subsecretária.

Coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, o Fórum é resultado da parceria com o Sebrae/RJ, com o apoio das principais entidades do setor, como Acobar, Semar, Sinaval e o grupo Boat Show. Entre as demandas apresentadas por lideranças e empresários do setor, estão qualificação de mão de obra e adequação de leis visando à ampliação de marinas e à construção de rampas públicas, para facilitar o acesso das embarcações ao mar.

Segundo a subsecretária, por utilizar processo artesanal de construção, a indústria náutica é intensiva em mão de obra, em linha com a política industrial do estado, de fomentar a geração de emprego e renda. A maioria das vagas é para laminador de fibra, carpinteiro, marceneiro, mecânico, pintor, eletricista e engenheiro naval.

- Acreditamos que o Rio está se preparando para fortalecer a cadeia de fornecimento. A nossa indústria náutica é a mais tradicional do Brasil e vamos precisar de mão de obra qualificada para preencher essas vagas – afirma Renata.

Setor no Brasil e no mundo- Apesar de seus 8,5 mil km de costa e 45 mil km de águas navegáveis, o Brasil tem apenas um barco de lazer para cada 3,6 mil habitantes. Na França e Itália, a média é de um a cada 68 pessoas e nos Estados Unidos, a relação é de um para 18 americanos.

- Isso abre grandes oportunidades para o setor no estado do Rio, que tem vocação natural para a indústria náutica, principalmente na região da Costa Verde – com destaque para Angra dos Reis – e na Baía da Guanabara –, ressalta a subsecretária.

Em 2010, foram fabricados 4,4 mil barcos de lazer, contra 3,5 mil em 2006. O Sudeste concentra 71% da produção. A frota nacional hoje é formada por 63 mil barcos de fibra, acima de 14 pés. A maior parte (84%) é de barcos a motor e 16% a vela.

O Brasil possui 654 marinas, iates clubes e garagens náuticas, 1.518 lojas náuticas, 1.247 operadoras de mergulho, 856 hoteis e pousadas marinhas, 1.242 oficinas para acessórios e implementos.

Rio Boat Show- A 14ª edição do Rio Boat Show, que acontece até dia 3 de maio, recebeu investimentos de R$ 6 milhões e projeta gerar R$ 170 milhões em negócios. São 35 estaleiros, contra 20 na edição anterior, mais uma demonstração do crescimento do setor no Brasil.

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