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29/04/2011 - 10:51

Produção química caiu 5,32% e importações cresceram 21,6% no 1T11, aponta o RAC da Abiquim

De acordo com o Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), da Abiquim, com os números da indústria química e o desempenho do setor no primeiro trimestre, os principais índices do segmento de produtos químicos de uso industrial tiveram expressiva melhora, sobretudo em volumes, em março de 2011, após o forte impacto do “apagão” de energia elétrica que atingiu a região Nordeste em fevereiro: o índice de produção subiu 26,10% e o de vendas internas cresceu 13,93%. Em relação ao índice de preços, houve elevação de 1,65%, sobre o mês anterior. No acumulado do primeiro trimestre de 2011, no entanto, os índices de volumes apresentam reduções em relação a igual período do ano anterior: produção -5,32% e vendas internas -4,62%.

“Com relação aos preços, o índice dos primeiros três meses do ano exibe elevação de 13,55%, comparado com igual período anterior. Em bases anualizadas, o segmento vem apresentando redução do ritmo de atividade desde janeiro.

De abril de 2010 a março de 2011, sobre igual período imediatamente anterior, a produção cresceu apenas 1,20% e as vendas internas tiveram elevação de 2,26%. Vale lembrar que, no encerramento do ano passado, os dois índices registravam crescimentos anuais próximos a 7%”, lembra a nota.

“O consumo aparente nacional (CAN) dos produtos amostrados no RAC teve alta de 2,78% no primeiro trimestre de 2011, sobre igual período do ano anterior. Como a produção caiu nesse período, toda a elevação da demanda no mercado nacional foi atendida por acréscimos na parcela de importação, cujo volume subiu expressivos 21,6% nos três primeiros meses do ano. O aumento das importações continua trazendo preocupação ao segmento de produtos químicos de uso industrial, uma vez que evidencia a perda de competitividade do produto nacional. De um modo geral, os produtos importados têm conseguido chegar facilmente ao País, muitas vezes até com incentivos estaduais.”, continua

“Essa situação tem se agravado no período recente pela apreciação do real em relação ao dólar. Tal fato, no médio e longo prazos, caso nada venha a ser feito, acabará desestimulando a realização de necessários e importantes investimentos no segmento”, alerta o relatório.

“No mercado internacional, observa-se uma tendência de recuperação de preços, após o período de baixa decorrente da crise mundial. Alguns fatos ajudam a explicar esse comportamento: melhora nas condições de consumo mundial de produtos químicos; elevação de preços de importantes matérias-primas, notadamente petróleo e nafta, influenciadas pela redução temporária de oferta, em razão dos conflitos no Oriente Médio; e, mais recentemente, o terremoto, seguido de tsunami, no Japão, que está elevando a procura por energéticos mais tradicionais, em um momento de reduzida oferta, o que pressiona os preços para cima. Por outro lado, a redução dos preços do gás natural henry-hub nos Estados Unidos, sobretudo em decorrência das elevadas reservas de shale gas, está trazendo ganhos importantes de competitividade aos crackers americanos, o que pode também, no curto prazo, ter algum impacto sobre os preços internacionais”, observa a nota.

“A variável pessoal ocupado cresceu 2,86% no primeiro trimestre de 2011, sobre igual período do ano passado. A massa salarial por empregado teve redução de 1,70% nos três primeiros meses do ano, enquanto a massa salarial ampliada subiu 9,66%, sobretudo pelo pagamento das participações nos lucros e resultados em diversas empresas”, frisa o relatório.

.[* Preliminar. 1 Fonte: Subamostra de empresas. Massa salarial por empregado = rubrica salários pagos (salário base + horas extras + adicional de periculosidade + adicional de turno), por empregado, deflacionada pelo IPCA-IBGE. Massa salarial ampliada por empregado = massa salarial + 13º salário + abono de férias + participação nos lucros + gratificação de função + adicional por tempo de serviço + aviso prévio + parcelas rescisórias + prêmio de assiduidade, deflacionada pelo IPCA-IBGE].

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