Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

29/04/2011 - 12:45

PSA Peugeot Citroën avança em nova fase de testes do Projeto Biodiesel Brasil com o Ladetel, da Universidade de São Paulo


Carros testarão óleo de Palma e novo biodiesel 100% originário da cana-de-açúcar.

A PSA Peugeot Citroën deu início no dia 28 de abril (quinta-feira), uma nova e importante fase de sua parceria com o Ladetel (Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas), da Universidade de São Paulo, no Projeto Biodiesel Brasil. No ano em que está completando uma década de produção de veículos no país, o Grupo PSA conclui com seu parceiro a Fase II e anuncia o início da Fase III do projeto, que tem como objetivo avançar ainda mais nas pesquisas, compreendendo tanto a utilização de um novo tipo de biodiesel quanto a inclusão de novos veículos no programa de testes.

O avanço da pesquisa do Grupo com o biodiesel no país, iniciada em 2003, reforça o trabalho e a evolução das equipes brasileiras de Pesquisa e Desenvolvimento da PSA Peugeot Citroën em experiências e estudos visando soluções para o futuro da mobilidade. “Além de mostrarem toda a competência para desenvolver novos carros, como o Peugeot 408 e o Citroën Aircross, nossas equipes locais estão se tornando referência dentro do Grupo PSA em dois campos onde o Brasil tem muito potencial: Materiais Verdes e Biocombustíveis. Como também somos os maiores produtores mundiais de motores a diesel para carros de passeio, nada mais natural que continuemos avançando nas pesquisas com o biodiesel”, afirma Carlos Gomes, Presidente Brasil e América Latina da PSA Peugeot Citroën.

No projeto, especialistas do Latin America Tech Center - o Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Design do Grupo PSA na região, com sede no Brasil – trabalham em conjunto com engenheiros da matriz e pesquisadores do Ladetel. Apenas nesta Fase III, de 2011 a 2013, a PSA Peugeot Citroën vai apoiar os estudos com investimentos de cerca de R$ 1,5 milhão.

O Projeto Biodiesel Brasil utiliza biodiesel 100% brasileiro, 100% biodegradável e 100% renovável, bem diferente do estudado na Europa, onde o metanol (derivado de petróleo) é usado para a obtenção da reação química que dá origem ao combustível. O produto brasileiro é obtido ao término de um processo de transesterificação durante o qual o etanol, extraído da cana-de-açúcar, entra em contato com um óleo vegetal oriundo de uma planta oleaginosa. Ele é testado nos veículos das marcas Peugeot e Citroën em uma proporção de 30% de biodiesel e 70% de diesel metropolitano, o chamado B30. Só para lembrar, atualmente, as principais ações de biodiesel no Brasil adotam uma mistura de 2% a 5% de biodiesel (B2 a B5).

As pesquisas contribuem, assim, de forma efetiva para o desenvolvimento do país, já que contemplam as duas grandes questões relacionadas com o biodiesel: o desenvolvimento econômico, com a criação de novas matrizes energéticas, e a inserção social, por serem utilizadas diferentes oleaginosas, algumas delas produzidas em regiões mais carentes do território nacional. Para a PSA Peugeot Citroën, além do legado deixado para os brasileiros, o projeto se enquadra em três de suas metas mundiais: estar na dianteira em termos de produtos e serviços; ser um grupo cada vez mais global; se desenvolver de maneira responsável.

Fase III: Veículos modernos e um novo tipo de biodiesel- A Fase III do Projeto Biodiesel Brasil tem início com várias novidades. A começar pelo inédito teste dinâmico de um novo tipo de biodiesel em desenvolvimento pelo Ladetel. Ele é 100% obtido da cana-de-açúcar, sem usar uma planta oleaginosa como referência no processo.

Neste novo biodiesel, o óleo vegetal retirado de uma oleaginosa, como a soja ou a palma, é substituído por um produto obtido da cana-de-açúcar por meio de processos químicos especiais. Ele é usado na transesterificação junto com o etanol também derivado da cana-de-açúcar para gerar o combustível, que será misturado na proporção de 30% ao diesel metropolitano (a mistura B30) e abastecerá os veículos de teste. Também será usado nesta terceira fase, assim como foi na segunda, o biodiesel B30 de palma, uma planta considerada pelos especialistas do Grupo PSA uma alternativa potencial a soja, oleaginosa mais comumente utilizada na produção do biodiesel.

Outra novidade é a renovação dos veículos de testes, entre eles os dois mais modernos sedãs produzidos pela PSA Peugeot Citroën no Mercosul. Serão cinco modelos no total, sendo: · Dois Peugeot 408|· Dois Citroën C4 Pallas|· Um Peugeot Boxer.

A inclusão do furgão Boxer, com motor HDi 2.3, marca a utilização, pela primeira vez no programa de testes do Projeto Biodiesel Brasil, de um veículo comercial leve de médio porte.

Os dois Peugeot 408 e os dois Citroën C4 Pallas utilizam motores HDi 1.6 com 110 cv (82 kw) de potência a 4.000 rpm e 23,1 kgfm (227 Nm) de torque a 1.750 rpm e são equipados com versões com e sem Filtro de Partículas (FAP), usado pela primeira vez em testes com o biodiesel 100% vegetal.

Ao término desse programa, a PSA Peugeot Citroën terá obtido os resultados de uma experiência inédita no mundo sobre a utilização em situação real dos diversos tipos de biodiesel brasileiros. Essa experiência completará de maneira importante e útil a experiência de cerca de 20 anos existente na Europa, possibilitando ao Grupo obter uma visão aprofundada do futuro do mercado mundial de biocombustíveis.

Fase II: Iniciativas inéditas no mundo- Marcada desde o início por várias pesquisas inéditas, a Fase II foi validada pela Comissão Executiva Interministerial do Biodiesel, sendo, portanto, reconhecida oficialmente no âmbito do programa de testes oficiais do Governo Federal. Ela foi concluída com mais uma importante e bem-sucedida ação: os testes de longa duração. Os seis veículos que fizeram parte destes estudos foram utilizados com biodiesel B30 em situações do dia-a-dia por mais de quatro anos, um período muito longo para avaliações deste tipo.

Durante a segunda fase foram usados veículos produzidos pelo Grupo PSA no Mercosul: · Um Citroën Xsara Picasso · Um Peugeot 206|· Dois Peugeot Partner|· Dois Citroën Berlingo.

Nos testes, eles rodaram com biodiesel de soja, já utilizado na Fase I, e também usaram como oleaginosas de referência a mamona e a palma. O biodiesel de palma foi testado misturado com o diesel metropolitano na proporção de 30%. O biodiesel de mamona foi misturado com o biodiesel de soja e incorporado ao diesel metropolitano também na proporção de 30%. Em ambos os casos, o biodiesel foi produzido a partir do etanol brasileiro (de cana-de-açúcar). A utilização da palma e da mamona em tais quantidades representou uma estréia mundial, não apenas em virtude das plantas utilizadas e do emprego de misturas de biodiesel como também das proporções incorporadas ao diesel.

Os testes somaram mais de 500.000 quilômetros. Eles comprovaram e reforçaram os resultados da Fase I, demonstrando que a utilização do biodiesel B30, derivado das três oleaginosas testadas, não afetou a parte mecânica dos veículos, nem alterou o desempenho. Ao mesmo tempo, em termos de emissões, eles representaram reduções importantes.

Esses resultados são melhores que os obtidos na Europa com o éster metílico de óleo de canola (fabricado com metanol, um álcool derivado do petróleo).

Graças à fotossíntese das plantas oleaginosas e da cana-de-açúcar que absorvem o CO2 atmosférico durante seu crescimento, estes resultados apresentam um balanço de CO2 ainda mais interessante.

Histórico da PSA Peugeot Citroën no programa Biodiesel -Em abril de 2003, por ocasião de um encontro entre o então Presidente Mundial da PSA Peugeot Citroën, Jean-Martin Folz, e o Presidente Lula, foi proposto que o Grupo contribuísse com sua experiência para o Programa Federal Brasileiro de Biodiesel. A PSA optou pelo apoio ao Ladetel (Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas da Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto), dirigido pelo professor Miguel Dabdoub, cuja experiência é unanimemente reconhecida no Brasil.

A primeira fase foi constituída por um teste de campo com dois veículos: um Peugeot 206 e um Citroën Xsara Picasso. O primeiro era um veículo equipado com motor a diesel com pré-câmara e o segundo com motor a diesel common rail de injeção direta (HDi).

O combustível testado consistia em uma mistura de 70% de diesel metropolitano e 30% de éster etílico de óleo de soja produzido pelo Ladetel. O biodiesel testado, como até hoje, era 100% brasileiro, 100% biodegradável e 100% renovável. Para completar a experiência, o Grupo PSA Peugeot Citroën decidiu realizar testes de bancada com os motores no Lactec (Curitiba) para medir a redução das emissões de poluentes.

Os dois veículos foram testados por mais de 180.000 km (o objetivo inicial era de 160.000 km), em cerca de dois anos e meio. Os testes comprovaram que a utilização do éster etílico de soja a 30% não acarreta nenhum problema na parte mecânica, pois os veículos demonstraram sua fiabilidade, ao mesmo tempo em que foi registrado uma redução significativa nas emissões de partículas, HC (hidrocarbonetos não queimados) e de CO (monóxido de carbono), contra um aumento marginal de emissões de NOx (óxidos de azoto), tendo como base de comparação testes semelhantes realizados com óleo diesel metropolitano.

Em outubro de 2006, a PSA Peugeot Citroën e seu parceiro Ladetel lançaram a Fase II com novos tipos de biodiesel e o aumento da quantidade de veículos no programa de testes. Um mês após o início da nova fase, o projeto ganhou reconhecimento internacional com o “Prêmio de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento Sustentável 2006”, conferido pela Ministra da Economia e do Desenvolvimento Sustentável da França durante o Salão Pollutec, evento internacional de equipamentos, tecnologias e serviços ligados ao meio ambiente, realizado em Lyon, na França. É esta fase que se encerra agora.

O Ladetel -O Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas (Ladetel) é um laboratório de pesquisas da faculdade de química da Universidade de São Paulo, situado no campus de Ribeirão Preto (SP) e coordenado pelo professor Miguel J. Dabdoub. O Ladetel desenvolveu um processo de obtenção de biodiesel que utiliza etanol em vez de metanol e realiza diversos testes com o combustível. Em suas pesquisas, o laboratório conta com o apoio de mestres e doutores, além e uma equipe de químicos e engenheiros do mais alto nível, comprometidos no desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas ao biodiesel e seus derivados.

A PSA Peugeot Citroën no Brasil- Em 2011, a PSA Peugeot Citroën completa dez anos de produção de veículos no Brasil e iniciou o ano de forma acelera. No primeiro trimestre, o Grupo comercializou 42.100 carros de passeio e veículos comerciais leves de suas duas marcas, Peugeot e Citroën, com uma participação de mercado de 5,4%. Este resultado representa um crescimento de 11,4% em comparação ao volume de vendas do primeiro trimestre de 2010, sendo superior a média do mercado brasileiro, que foi de 3,3%.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira