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01/08/2007 - 08:44

Pensamentos nocivos


Armadilhas Mentais, de André Kukla, ensina a identificar idéias aparentemente banais que, no entanto, podem minar nosso desenvolvimento pessoal e profissional.

É comum as pessoas cultivarem em suas mentes pensamentos corriqueiros e banais que põem a perder seu bem-estar, além de desperdiçar tempo e energia sem trazer nada de bom para elas nem para os outros. No livro Armadilhas Mentais, do escritor André Kukla, que acaba de ser lançado no Brasil pela Editora Gente, questões de ordem prática como essa adquirem grandes proporções à medida que o autor atribui a essas “distrações” ou “pequenas obsessões” um peso enorme em nossas vidas.

Kukla propõe que aquilo que ele chama de “armadilha mental” pode nos prender tanto por um breve instante quanto por toda uma vida. Para ele, as ciladas momentâneas são tão prejudiciais quanto as eternas. O autor considera que devido a sua brevidade, os meros instantes de tempo e de energia desperdiçados são especialmente difíceis de serem recuperados e corrigidos. O resultado é que as pessoas são vítimas dessas armadilhas com maior freqüência do que se imagina.

Armadilhas Mentais ensina passo a passo ao leitor como detectar e identificar essas “arapucas mentais”. Kukla afirma que é preciso convencer-se de que elas são inúteis e prejudiciais, embora isso nem sempre seja óbvio. Segundo ele, as armadilhas mentais são freqüentemente confundidas com atividades absolutamente essenciais sem as quais a vida poderia tornar-se caótica e perigosa.

As armadilhas - Entre as armadilhas listadas no livro, que minam nosso progresso e desenvolvimento pessoal, encontra-se a persistência. Para Kukla, persistir em projetos que já perderam a importância é um erro comum. Já o erro da amplificação consiste de trabalhar mais do que o necessário para se alcançar um objetivo. No caso da fixação, o escritor aborda situações em que o caminho até determinado objetivo encontra-se bloqueado, empatando assim a vida do indivíduo, que permanece de mãos atadas sem poder se dedicar a outros projetos.

Nessa linha de raciocínio, Kukla argumenta que cedo ou tarde chegamos a conclusão de que um determinado plano falhou irremediavelmente. E na visão dele, se volta e meia nos ocupar do mesmo caso já naufragado, cai-se na armadilha da reversão. A antecipação é a cilada segundo a qual começamos a trabalhar cedo demais num projeto. Embora ele concorde que começar tarde demais seja pior, também existem penalidades por se começar com extrema antecedência. Outra tentação, a resistência, diz respeito a incapacidade de mudar o curso de sua vida, mesmo que a situação em que nos encontremos seja agradável.

Kukla expõe de maneira sagaz e minuciosa essas ciladas do dia-a-dia, tais como adiamento, divisão (dividir-se em várias tarefas ao mesmo tempo), regulamentação, formação, entre muitas outras, escondidas no inconsciente do indivíduo e que, por essa razão, operam-se automaticamente. No livro, os vários recursos para identificar essas armadilhas mentais são complementados por análises de seus efeitos nocivos, sem que no entanto soem como falso moralismo.

Perfil do autor: André Kukla é professor emérito da Universidade de Toronto nos departamentos de Psicologia e Filosofia. É um respeitado pesquisador e escritor nas duas áreas, tendo escrito mais de sessenta artigos e seis livros, entre eles: Methods of theoretical psychology (Métodos da psicologia teórica), Social constructivism and the philosophy of scienc (Construtivismo social e a ciência da filosofia), Ineffability and philosophy (Inefabilidade e filosofia) e Mind (Mente).

Editora: Gente, ISBN: 978-85-7312-551-1, formato 14 x 21, 168 páginas, por R$ 25,00, Ano e número da edição: 2007 / 1ª edição, SAC: (11) 3670-2500.

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