Federação Latino-Americana de Hematologia e Hemoterapia é criada durante congresso

Com o objetivo de facilitar o intercâmbio científico, Brasil e mais 8 países se unem.

Médicos hematologistas e hemoterapeutas brasileiros participaram de uma reunião em Punta del Este, Uruguai, que resultou na criação da Federação Latino-Americana de Hematologia e Hemoterapia, entidade formada a princípio por nove países: Brasil, Uruguai, Colombia, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Venezuela.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH), Carmino de Souza, a nova Federação terá como objetivo facilitar o intercâmbio de informações entre os médicos, o que beneficiará profissionais da saúde e pacientes. “Na Argentina e na Venezuela, por exemplo, todos os doentes têm acesso as terapias mais modernas, enquanto no Brasil é limitado. A Federação melhorará a formação do especialista, discutirá e divulgará as melhores políticas públicas e privadas para o tratamento, entre outras iniciativas.”

A reunião aconteceu neste fim de semana, durante um congresso que reuniu 700 especialistas de dez países, a maioria do Brasil. Trata-se do Highlight of ASH, que resume em dois dias os avanços apresentados no maior congresso da especialidade, organizado pela American Society of Hematology (ASH). Dos cerca de 4.300 hematologistas e hemoterapeutas que trabalham em dez países latino-americanos aproximadamente dois mil são brasileiros.

Ainda não estão definidas as bases jurídicas e estatutárias, nem a presidência da Federação, o que deverá ser divulgado nos próximos meses.

Próximo Highlight-No começo do próximo ano, o highlight volta ao Brasil, em Foz do Iguaçu. O país foi o primeiro fora dos Estados Unidos a sediar um highlight da ASH. A primeira edição ocorreu em São Paulo, em 2009, e a segunda no Rio de Janeiro, em 2010.

Esta é uma oportunidade para quem não pode participar do evento americano, realizado anualmente com a presença de mais de 25 mil congressistas de todo o mundo. A delegação brasileira é a quinta em número, com cerca de 250 médicos participantes, e tem uma média de uma centena de trabalhos científicos selecionados todo ano.