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04/05/2011 - 09:46

Pesquisa da CNI aponta queda na atividade de obras de infraestrutura

São Paulo – O nível de atividade do segmento de obras de infraestrutura ficou, em março, abaixo do esperado pelas empresas para essa época do ano. É o que mostra a pesquisa Sondagem da Construção Civil, divulgada nesta terça-feira, 3 de maio, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo. Em março, o indicador ficou em 45,9 pontos. Em fevereiro, havia sido de 49,3 pontos e, no mesmo mês do ano passado, foi de 53,6 pontos. O indicador varia de zero a 100 pontos e números abaixo de 50 denotam queda.

São duas as explicações para o menor nível de atividade em obras de infraestrutura neste início de ano: condições climáticas (chuvas) e desaceleração dos gastos do governo. “É fato que esta é a época do ano que chove mais. E o governo segurou os gastos no início do ano por conta do ajuste fiscal”, explicou o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca. Há também influência regional, porque os novos governos estaduais diminuem os ritmos das obras, acrescentou.

O setor de construção de edifícios, ao contrário, apontou atividade acima do usual para o período. O indicador de março ficou em 51,2 pontos, ante 50,4 pontos em fevereiro e 54,8 pontos em março do ano passado. “A demanda por imóveis residenciais continua aquecida”, resumiu Fonseca.

Acomodação - No geral, a atividade na construção civil passou por uma acomodação no primeiro trimestre do ano. Depois de quedas na atividade em janeiro e fevereiro, em março houve, na prática, estabilidade, com o indicador em 49,9 pontos. “Em 2010 a atividade estava muito aquecida. Neste ano está havendo uma acomodação”, esclareceu o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI. Lembrou que a pesquisa não pergunta aos empresários os motivos da redução no nível de atividade.

O emprego na construção civil continuou em alta em março, de acordo com a pesquisa. O indicador ficou em 50,4 pontos, o que mostra aumento das contratações, embora em ritmo menor do que em fevereiro (51,2 pontos). Por porte de empresas, as grandes foram as que mais contrataram em março, com 52,4 pontos, ante 50,4 pontos das pequenas. Entre as médias, houve demissões, segundo aponta o indicador de 48,6 pontos.

As empresas do setor perceberam, em março, queda na margem de lucro operacional, que ficou em 49 pontos, mas uma melhora na situação financeira, cujo indicador registrou 50,8 pontos. O acesso ao crédito continua difícil, de acordo com a Sondagem da Construção Civil, com 46,9 pontos em março.

Otimismo- Apesar da acomodação verificada no primeiro trimestre do ano, as empresas que responderam a pesquisa estão otimistas em relação aos próximos seis meses, ainda que em nível menor do que em meses passados. A expectativa em relação ao nível da atividade dos próximos seis meses ficou alta em abril (mês em que responderam o questionário), em 60,8 pontos. Em março, era de 61,1 pontos.

Em relação ao número de novos empreendimentos e serviços, a expectativa em abril ficou em 61,1 pontos, ante 61,4 pontos em março. Sobre a compra de insumos e matérias-primas, a expectativa foi de 59,6 pontos em abril, ante 60,2 pontos no mês anterior. O setor também espera aumentar as contratações nos próximos seis meses, mostra o indicador de expectativa de contratações, que ficou em 60,2 pontos em abril (61,5 pontos em março).

A Sondagem da Construção Civil, uma parceria da CNI com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), foi feita com 388 empresas, das quais 53 grandes, 146 médias e 189 de pequeno porte. Os empresários responderam o questionário entre os dias 31 de março e 14 de abril.

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