Comil cresce 19% no mercado interno neste primeiro semestre

Desempenho ficou acima da média do setor, que registrou expansão de 13,2% no período Empresa contratou funcionários e atingiu produção próxima ao seu limite de capacidade instalada.

O desempenho da Comil no 1º semestre de 2007 e a carteira de pedidos para os próximos meses mostram que a empresa já está colhendo os primeiros frutos de seu plano de avançar no mercado interno de ônibus. No período, foram negociadas 1.028 unidades, correspondendo a um crescimento de 19,3% em relação ao 1º semestre de 2006. Conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus), o mercado interno total absorveu 10.197 ônibus, volume 13,2% acima do vendido entre janeiro e junho de 2006.

O crescimento das vendas concentrou-se especialmente a partir de abril, quando a empresa lançou o rodoviário Campione Vision. Desde então, a produção da fábrica cresceu de 9,5 ônibus/dia para 12 ônibus/dia, volume que a empresa previa alcançar somente no final do ano. O desempenho levou a Comil e contratar 224 pessoas, elevando seu quadro para 2 mil funcionários. A previsão para o 2º semestre é ainda melhor. A empresa já possui em carteira 680 carros que devem ser entregues até outubro.

O diretor-comercial da Comil, Vilson Nandi de Medeiros, atribui o desempenho ao aquecimento do mercado interno, motivado pela redução dos custos de financiamento do BNDES e pelo aumento dos prazos de pagamento para 72 meses. A qualidade dos ônibus Comil e o preço competitivo estimulou a conquista de novos clientes. Também influenciou no resultado positivo da empresa a maior aproximação dos tradicionais clientes nos serviços de pós-venda e assistência técnica.

Ao apresentar crescimento de 51,6% entre janeiro e junho do ano corrente, o segmento de urbanos da Comil, representado pelo ônibus Svelto, foi o que obteve melhor desempenho entre janeiro e junho de 2007. Foram comercializados 614 veículos. O segmento de microônibus cresceu 46,4%, totalizando 123 unidades.

A venda de rodoviários no período foi impulsionada somente a partir de abril por conta do lançamento do Campione Vision. No total, foram vendidas 151 unidades, contra 209 no ano passado. “As vendas de rodoviário serão destaque no 2º semestre. Já possuímos em carteira 194 pedidos, de forma que, até o final do ano, o segmento vai superar o resultado final de 2006”, afirma Medeiros.

O mesmo ocorrerá com as vendas de interubanos da Comil, que oferece a esse mercado o Versatile. A empresa negociou de janeiro a junho 103 carros, volume inferior aos 170 vendidos no mesmo período do ano passado. Em compensação, já possui outros 103 ônibus em carteira. Conforme a Fabus, o mercado interno total de interurbano caiu 7% no período, totalizando 439 unidades. A Comil já é a 2ª maior fabricante brasileira do segmento.

Exportação - A desvalorização do real frente ao dólar afetou o desempenho das exportações brasileiras de ônibus. De forma geral, o mercado caiu 16,9%, incluindo unidades desmontadas. A Comil reduziu em 20% suas vendas externas no 1º semestre, totalizando 192 ônibus. Conforme o diretor de exportações da empresa, Luiz Amaral, o mercado está se adaptando ao reajuste de preço em dólar aplicado nos ônibus brasileiros para compensar a queda do valor da moeda norte-americana. “Até o final do ano, o cenário do mercado internacional tende a melhorar, considerando que os clientes internacionais começam a absorver os novos preços praticados”, afirma. A previsão é confirmada pelos pedidos em carteira da Comil de clientes do Chile e do Peru com entrega para o 2º semestre.

Os ônibus Comil estão presentes em 32 países. Os principais mercados são Chile, Peru, América Central e República Dominicana.

Perfil Comil - A Comil anunciou neste ano a reestruturação de sua força de vendas para retomar a participação no mercado nacional de 14% registrada em 2002. A empresa faturou R$ 265 milhões em 2006, resultado superior aos R$ 258 milhões obtidos no ano anterior. Produziu no ano passado 2.221 veículos e encerrou 2006 com share de 9% do mercado total. No mercado interno, negociou 1.614 ônibus, volume superior aos 1.271 vendidos em 2005. Os destaques positivos foram a venda de ônibus urbanos e de ônibus intermunicipais.