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06/05/2011 - 09:25

DPOC e asma são problemas diferentes que merecem atenção

Identificar as causas e os sintomas de cada uma das doenças é essencial para o sucesso do tratamento.

Comumente confundida com a asma, a DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – é caracterizada pela manifestação conjunta da bronquite crônica e do enfisema pulmonar que acomete os pulmões e mata cerca de três milhões de pessoas no mundo, 40 mil só no Brasil. Identificar as causas e os sintomas de cada uma dessas doenças é essencial para o sucesso do tratamento, já que, muitas vezes, a DPOC é erroneamente diagnosticada como asma ou nem chega a ser diagnosticada nos estágios leve e moderado, o que piora o quadro clínico dos pacientes, impedindo-os de controlar a evolução da doença.

Ao contrário da asma, que pode ser hereditária, está ligada a agentes alérgicos e é desencadeada por fatores ambientais, a DPOC pode ser evitada. Isso porque sua principal causa é o tabagismo: aproximadamente 90% dos pacientes são fumantes ou ex-fumantes que fumaram por 20 anos, em média. Além disso, a asma corriqueiramente se manifesta já na infância e na adolescência, enquanto a DPOC é uma doença exclusiva de adultos e, na maioria dos casos, manifesta-se em pessoas com mais de 40 anos.

Pacientes com DPOC apresentam um quadro de piora progressiva agravado por crises periódicas, chamadas de exacerbações, que acontecem principalmente nos meses de inverno e são definidas como aumento ou nova manifestação de mais de um sintoma respiratório, como tosse, produção de catarro e falta de ar. Geralmente, as exacerbações são desencadeadas por quadros infecciosos e exigem consultas médicas adicionais ou idas ao pronto-socorro e, eventualmente, internação. Dependendo da progressão, a doença limita o paciente, impedindo-o de fazer atividades simples do dia a dia, como andar em ritmo acelerado, praticar exercícios e até trocar de roupa ou tomar banho sozinho.

Já os pacientes que sofrem de asma têm episódios repetidos de tosse, chiado e falta de ar, desencadeados por "gatilhos" conhecidos (poeira, mofo, mudanças de clima, infecções virais e outros).

“Apesar de as duas doenças afetarem o sistema respiratório e muitos adultos terem asma, o diagnóstico diferencial das duas enfermidades é fundamental para o sucesso e a eficácia do tratamento”, explica Iara Nely Fiks, doutora em Pneumologia pela Faculdade de Medicina da USP.

Por seus sintomas serem confundidos com os de outras doenças pulmonares, como a asma, a DPOC demora cerca de 17 anos para ser descoberta. O dado é resultado da Pesquisa Revelar, realizada pelos laboratórios Boehringer Ingelheim e Pfizer, que mapeou o comportamento de 229 pessoas diagnosticadas há sete anos, em média, com DPOC, em quatro capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre).

Tratamento adequado -A DPOC é uma doença tratável e, quanto antes for feito o diagnóstico, melhor será a reposta ao tratamento.

Dentre os tratamentos da doença nas fases moderada e grave recomendados pelo Consenso Brasileiro de DPOC, estão os broncodilatadores inalatórios de longa duração, como o brometo de tiotrópio, no Brasil comercializado com o nome Spiriva. O medicamento aumenta o diâmetro das vias aéreas e proporciona a melhora dos sintomas, amplia a tolerância às atividades diárias e aos exercícios, além de reduzir as crises.

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