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10/05/2011 - 08:39

Fusão da AGX e XMobots agita mercado brasileiro de VANTs

As duas empresas brasileiras com maior experiência na operação e desenvolvimento de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) com tecnologia 100% nacional fundiram nesta semana suas operações. As paulistas AGX Tecnologia (São Carlos) e XMobots (São Paulo) anunciaram a fusão motivadas pela sinergia já existente entre as empresas e pela complementaridade de seus serviços e produtos.

De início, as operações em conjunto envolverão as divisões de Serviços, de Produtos, Comercial e Pesquisa & Desenvolvimento, com a manutenção das unidades no interior e na capital. A nova empresa ainda não foi batizada, mas irá reunir 60 profissionais em sua grande parte engenheiros e físicos oriundos de grandes centros de excelência em ensino e pesquisa como a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade de São Paulo (USP). Com a união, o valor de mercado da empresa nascente é estimado em R$ 32 milhões.

“Sentimos que o mercado de VANTs está em franca expansão, principalmente na área civil. As duas empresas já têm atuado com algumas parcerias extraoficiais, incluindo transferência de tecnologias. Dominamos todas as etapas da cadeia de processo de desenvolvimento, fabricação em parceria com a empresa Aeroálcool, além da aplicação e avaliação de resultados com VANTs”, justifica Adriano Kancelkis, diretor da AGX. A empresa foi criada em 2002 e entre seus grandes projetos inovadores se destaca no momento uma parceria com a Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo para monitoramento ambiental e agrícola.

Giovani Amianti, diretor da XMobots, diz que a nova empresa irá dispor de uma família com várias opções de VANTs, com grande flexibilidade de adaptação às necessidades do mercado. “A XMobots foi criada em 2007 e foi a primeira empresa do Brasil a operar um veículo aéreo não tripulado na Amazônia. Hoje, monitoramos por exemplo o desmatamento na área da Usina de Jirau, uma vasta região cuja operação é complexa. Nesse aspecto, a AGX pode contribuir numa área em que ela tem a melhor expertise que é o processamento computacional das imagens em sistemas de informação geográfica”, explica Amianti.

Os maiores VANTs fabricados pela AGX e pela XMobots até o momento são, respectivamente, o Arara e o Apoena. O Arara foi a primeira aeronave não tripulada de asa fixa desenvolvida com tecnologia 100% nacional (abril de 2005). Já o Apoena tem 8 horas de autonomia de vôo, foi o primeiro VANT brasileiro com processo de certificação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e hoje cobre uma área de 600 km2 mensalmente no caso do trabalho realizado na usina em Rondônia. A AGX lançou no mês passado o VANT Tiriba, menor que os modelos Arara e Apoena, mas com o diferencial de ser movido a energia elétrica e poder ser lançado manualmente.

Kancelkis e Amianti revelam que o foco de atuação será mantido nas áreas agrícola, ambiental, de energia e de segurança. “O mercado civil é muito amplo e inexplorado no Brasil e no restante do planeta. A estimativa é que até 2020 as operações envolvendo VANTs alcancem US$ 10 bilhões em todo o mundo”, prevê o diretor da AGX.

“Com a fusão, o leque de operações da nova empresa se amplia e explorando aquilo em que somos complementares teremos grande competitividade no mercado brasileiro. Além da área civil juntos também temos experiência na área militar, com a fabricação de alvos aéreos”, destaca Amianti.

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