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11/05/2011 - 09:01

Endesa atinge lucro líquido de € 669 milhões no primeiro trimestre

Descontando os resultados por venda de ativos, o resultado líquido aumentou 4,9% no primeiro trimestre de 2011. A receita do Negócio da Espanha e Portugal foi de € 5,922 bilhões no primeiro trimestre de 2011, com um acréscimo de 5,6%. As sinergias realizadas entre a Endesa e a Enel (€ 212 milhões), somadas a outros planos de eficiência (€ 48 milhões), representaram uma economia de € 260 milhões. O Ebitda do negócio latino-americano da Endesa (€ 681 milhões) diminuiu 3,4% devido a um imposto não recorrente na Colômbia (Imposto de Patrimônio). Sem considerar este efeito, o Ebitda teria crescido 12,1%. A dívida financeira líquida da Endesa ficou em € 12,657 bilhões, € 2,679 bilhões a menos que em 31 de dezembro de 2010. Esse valor inclui o financiamento de direitos de cobrança no valor de € 6,143 bilhões por diversos montantes reconhecidos na regulamentação elétrica espanhola. Se descontados os valores desses montantes, o endividamento líquido da Endesa foi de € 6,514 milhões.

Madri- A Endesa obteve lucro líquido de € 669 milhões no primeiro trimestre de 2011, inferior em € 866 milhões (-56,4%), comparado ao obtido no mesmo período do ano anterior. A redução do lucro líquido se deve ao fato de que no primeiro trimestre de 2010 foi incluído um ágio de € 881 milhões gerados pela operação de integração da Endesa Cogeneración y Renovables (Ecyr) pela Enel Green Power (EGP).

Sem considerar, em ambos os períodos, os resultados obtidos na venda de ativos, o resultado líquido aumentou 4,9% no primeiro trimestre de 2011.

As sinergias realizadas entre a Endesa e a Enel (€ 212 milhões), somadas a outros planos de eficiência (€ 48 milhões), representaram uma economia de € 260 milhões.

A geração de eletricidade da Endesa foi de 33.428 GWh nestes três meses, 4,6% superior, e as vendas de eletricidade ficaram em 44.898 GWh, com um crescimento de 0,4%.

A receita aumentou 8,7% no período, atingindo € 8,363 bilhões, como consequencia, fundamentalmente, dos preços maiores de venda. No entanto, a saída do perímetro de consolidação dos ativos vendidos em 2010 (que teve um impacto de € 78 milhões) e o incremento dos custos provocaram uma queda de 5,5% do Ebitda (€ 1,775 bilhão) e de 6,1% do Ebit (€ 1,318 bilhão).

Os custos variáveis aumentaram 13,9%, por conta do aumento dos custos de combustíveis, devido à maior produção térmica convencional e menores produções hidráulica e nuclear; e os custos fixos cresceram 9,4% como consequencia, principalmente, do Imposto de Patrimônio estabelecido pela legislação colombiana, que teve um impacto de € 109 milhões. Sem considerar o gasto do Imposto de Patrimônio na Colômbia e a redução do perímetro, o Ebitda e o Ebit do período teriam aumentado.

Situação Financeira- O fluxo de caixa das atividades de exploração foi de € 1,014 bilhão, frente aos € 483 milhões gerados no período janeiro-março de 2010, e os investimentos ficaram em € 487 milhões, 10,4% a mais. Deste valor, € 440 milhões correspondem a investimentos materiais e imateriais, e os € 47 milhões restantes a investimentos financeiros.

A dívida financeira líquida da Endesa ficou em € 12,657 bilhões em 31 de março de 2011, com uma redução de € 2,679 bilhões com relação à existente em 31 de dezembro de 2010.

Na hora de analisar o nível de endividamento da Endesa é preciso levar em conta que, em 31 de março de 2011, a Endesa tinha acumulado um direito de cobrança de € 6,143 bilhões por diversos montantes reconhecidos na regulamentação elétrica espanhola: € 3,391 bilhões pelo financiamento do déficit de receita das atividades reguladas e € 2,752 bilhões pelas compensações decorrentes do aumento de custo da geração extrapeninsular. Se descontados os valores reconhecidos destes montantes, o endividamento líquido da Endesa ficou em € 6,514 bilhões.

No primeiro trimestre de 2011, o Fundo de Titulização do Déficit do Sistema Elétrico fez emissões no valor total de € 6 bilhões e, como resultado destas emissões, a Endesa cobrou € 3,116 bilhões durante este período.

Adicionalmente, neste período, a Endesa recuperou € 256 milhões dos montantes pendentes de cobrança pelo aumento de custos da geração extrapeninsular, relativos a Orçamentos Gerais do Estado, de acordo com o mecanismo de recuperação estabelecido pelo Real Decreto Lei 6/2009, de 30 de abril.

No último mês de janeiro, foi pago o dividendo relativo ao exercício 2010, aprovado pelo Conselho de Administração da Endesa, que aumentou para € 0,5 bruto por ação, o que representou um valor total de € 529 milhões.

O patrimônio líquido consolidado da Endesa em 31 de março de 2011 ficou em € 23,231 bilhões, quantidade superior em € 67 milhões ao de 31 de dezembro de 2010.

O Negócio da Espanha e Portugal-A produção elétrica da Endesa na Espanha e Portugal (que inclui, também, o restante dos negócios na Europa e Marrocos) foi de 18.397 GWh no primeiro trimestre de 2011, o que representa um aumento de 6,3% com relação ao do primeiro trimestre de 2010. Deste número, 18.089 GWh correspondem à Espanha (+7,5%), 61 GWh a Portugal (-56,4%) e 247 GWh ao restante do segmento (-26,5%).

Durante este período, a Endesa atingiu uma parcela de mercado de 32,3% em geração total em regime ordinário, de 41,9% em distribuição e de 38,7% em vendas a clientes do mercado livre. A energia nuclear e a hidrelétrica representaram 55% do “mix” de geração peninsular da Endesa em regime ordinário. Isto significa que, na geração peninsular, 55% da produção da Endesa foi feita sem emissão de CO2.

A receita do Negócio da Espanha e Portugal foi de € 5,922 bilhões no primeiro trimestre de 2011, com um aumento de 5,6%. Deste montante, € 5,416 bilhões correspondem ao valor de vendas, valor 3,4% maior que o do primeiro trimestre de 2010.

A venda dos ativos de transporte; a integração dos ativos de energias renováveis da Endesa na Espanha e Portugal em EGP; o aumento dos custos de combustíveis (pela maior utilização de plantas térmicas convencionais e o menor uso das hidráulicas e nucleares) e o aumento do custo do mercado de atacado (que representou um custo maior nas compras de eletricidade necessárias para cobrir o excesso de vendas com relação ao volume gerado) foram os principais responsáveis pela diminuição de 6,8% do Ebitda, que ficou em € 1,094 bilhão, e pela retração de 11,5% do Ebit, que alcançou o valor de € 767 milhões.

O lucro líquido foi de € 524 milhões, € 840 milhões inferior ao do primeiro trimestre de 2010, com uma contribuição de 78,3% para o resultado líquido total da companhia.

O resultado do primeiro trimestre de 2010 considera € 881 milhões correspondentes ao resultado registrado como consequencia da integração da Ecyr pela EGP. Sem considerar, em ambos os períodos, os resultados obtidos com a venda de ativos, o lucro líquido teve um incremento de 13,5%.

O fluxo de caixa das atividades de exploração no negócio da Espanha e Portugal foi de € 707 milhões no primeiro trimestre de 2011 frente ao valor de € 117 milhões do primeiro trimestre de 2010. Os investimentos do negócio da Espanha e Portugal foram de € 207 milhões.

O Negócio da América Latina- O ambiente econômico dos países nos quais atuam as companhias da Endesa se caracterizou por uma evolução positiva. A demanda de energia no primeiro trimestre foi favorável para o conjunto dos países, destacando, particularmente, os aumentos no Chile (+12,3% no SIC e +5,9% no SING), Peru (+8,6%), Argentina (+4,2%) e Brasil (+2,5%).

Nesta região, as vendas de distribuição das companhias da Endesa ficaram em 17.270 GWh, com um incremento de 3,7%, tendo sido registrados aumentos em todos os países: Chile (+9,6%), Peru (+7,7%), Colômbia (+3,8%), Brasil (+1,4%) e Argentina (+0,7%).

No que se refere ao negócio de geração da Endesa, a produção de eletricidade aumentou 2,5% atingindo 15.031 GWh. Por países, vale destacar os aumentos da produção na Colômbia (+21,4%) por conta da maior geração hidráulica derivada do fenômeno “Niña”; Peru (+16,7%); e Argentina (+5,9%). Em sentido contrário, se destaca a redução no Brasil (-41,4%), por conta da menor hidraulicidade e pela substituição da produção por gás nas compras no mercado; e Chile (-6,1%), afetada pela seca na região centro-sul do país.

Em 2009, foi aprovada na Colômbia a Lei 1370, por meio da qual se estabeleceu o Imposto de Patrimônio, que grava o patrimônio líquido possuído até 1 de janeiro 2011. Este imposto foi recolhido em sua totalidade em 1 de janeiro de 2011, motivo pelo qual foi registrado no seu valor total como gasto no primeiro trimestre de 2011. Com isso, o Ebitda foi de € 681 milhões, o que significa uma redução de 3,4% (+12,1% sem considerar o efeito do Imposto de Patrimônio na Colômbia); e o Ebit ficou em € 551 milhões, 2,8% superior ao do primeiro trimestre de 2010 (+23,1% sem considerar o efeito do Imposto de Patrimônio na Colômbia).

O lucro líquido no primeiro trimestre de 2011 foi de € 145 milhões, o que representa uma redução de 15,2% com relação ao do primeiro trimestre de 2010, pelo mesmo motivo mencionado anteriormente. Sem considerar o impacto do Imposto de Patrimônio da Colômbia, o incremento teria sido de 7%.

O fluxo de caixa das atividades de exploração do negócio latino-americano atingiu € 307 milhões, valor 16,1% inferior. Os investimentos deste negócio foram de € 280 milhões. Deste valor, € 32 milhões correspondem a investimentos financeiros e € 248 milhões a investimentos materiais e imateriais.

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