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Entrevista: Paulo Okamoto, diretor-presidente do Sebrae fala sobre a atuação da instituição na política industrial do Brasil


Tornar as micro e pequenas empresas mais competitivas, ampliando o acesso à informação e contribuindo com o aumento da capacidade inovadora da indústria. Essas ações promovidas há 34 anos pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae são destacadas pelo diretor-presidente da instituição, Paulo Okamoto. Ele ressalta que essas atividades estão alinhadas à Política Industrial, que tem como pilar central a inovação e a agregação de valor aos processos, produtos e serviços da indústria nacional. “O Sebrae atua totalmente alinhado com a PITCE. Estamos presentes no tripé em que se baseia essa política. No desenvolvimento industrial, por exemplo, o Sebrae trabalha em setores tradicionais, como confecções, móveis, calçados, construção civil”, afirma.

• A Agência Brasileira do Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Sebrae firmaram um acordo de cooperação técnica no início deste mês. Em quais pontos os trabalhos da Agência e do Sebrae são convergentes ou complementares? Como se dá essa aproximação e quais os seus objetivos?

- Quando se fala em indústria, a maioria das pessoas pensa em grandes empresas, em estruturas complexas. As últimas estatísticas do IBGE revelam, porém, que as indústrias micro e pequenas legalizadas somam quase 480 mil, representando 98% do total das firmas industriais e 10% do universo das micro e pequenas empresas formais como um todo. A indústria, portanto, integra uma forte clientela do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Como um dos vários papéis do Sebrae é promover articulação e multiplicar parcerias, é claro que não poderíamos deixar de atuar em conjunto com a ABDI. A Agência traça as estratégias, dá as diretrizes para o setor, enquanto o Sebrae ajuda a tornar a indústria mais competitiva. Realmente, as duas instituições se complementam.

• Desde junho, a ABDI, o Sebrae e a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos – ABIHPEC estão executando o Plano de Desenvolvimento Setorial para a indústria de cosméticos. Quais são os principais entraves encontrados pelas micro e pequenas empresas do setor de cosméticos para se firmar no mercado? O que pode ser feito para se superar esses obstáculos?

- O Brasil é hoje o quarto maior mercado consumidor mundial de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. As exportações do setor, que é esmagadoramente formado por micro e pequenas empresas e é grande gerador de ocupação, cresceram mais de 120% nos últimos cinco anos. Nesse período, também, o segmento tem registrado um crescimento médio anual superior a 10%. Trata-se, portanto, de uma atividade econômica importante para o desenvolvimento do país. A informalidade sanitária é um dos principais problemas enfrentados pelo setor. Isso quer dizer que um grande número de empresas não se enquadra nas normas que regulam a atividade. Essas normas são numerosas e exigentes, como não poderiam deixar de ser, pois lidam com a saúde do consumidor e a preservação do meio ambiente. Capacitar, ampliar o acesso à informação e ao conhecimento, tornar possíveis aos micro e pequenos empreendimentos dessa atividade a inovação e a atualização tecnológicas são os pilares básicos do acordo entre ABIHIPEC, ABDI e Sebrae.

• A atuação do Sebrae é reconhecidamente importante para o desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas. A Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE) veio contribuir com a continuidade desse trabalho? Em que áreas essa contribuição é mais marcante?

- A pergunta é muito oportuna, porque o Sebrae atua totalmente alinhado com a PITCE, coordenada e promovida pela ABDI. Estamos presentes no tripé em que se baseia essa política. No desenvolvimento industrial, por exemplo, o Sebrae trabalha em setores tradicionais, como confecções, móveis, calçados, construção civil. No segundo eixo da PITCE, os setores estratégicos, atuamos em tecnologia da informação, bens de capital e na cadeia de petróleo e gás, promovendo a inserção competitiva dos pequenos. Estamos presentes nos fármacos e medicamentos, apoiando as farmácias de manipulação. Nos setores portadores de futuro, terceiro eixo de ação da PITCE, o Sebrae opera em projetos de biotecnologia e em breve irá atuar na agroenergia. | Por: Informe Comunicação/ABDI | Crédito da foto: Márcia Gouthier

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