Custos e descontos pressionam lucro BM&FBovespa no 1T11

São Paulo- A BM&FBovespa informou no dia 12 de maio (quinta-feira), que fechou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de 271,3 milhões de reais, uma queda de 4,5 por cento ante igual período de 2010.

O declínio já era esperado. A média de cinco analistas consultados pela Reuters apontava para lucro trimestral de 259 milhões de reais.

O lucro atribuível aos acionistas da BM&FBovespa é de 270,8 milhões de reais.

Embora tenha visto a receita líquida de janeiro a março crescer 2,5 por cento na comparação anual devido ao aumento do volume de negócios, para 472,2 milhões de reais, a empresa teve a última linha do balanço pressionada por uma combinação de margens menores e maiores custos.

As despesas operacionais deram um salto de 41 por cento, a 188,7 milhões de reais, em meio ao aumento do número de funcionários, das despesas com tecnologia e das campanhas de educação financeira, como parte da estratégia para aumentar a base de investidores de varejo.

Além disso, a companhia teve um gasto adicional de 24,5 milhões de reais com um novo plano de opções de ações. Em seu relatório, a BM&FBovespa explicou que houve uma concentração de despesas com esse item no começo do ano, o que não deve se repetir nos próximos trimestres.

As margens foram pressionadas porque grande parte do crescimento do volume de negócios veio de clientes de high frequency trading (os negócios de alta frequência), que recebem descontos nas tarifas.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da companhia, uma das maiores operadoras de bolsas do mundo, somou 308,1 milhões de reais de janeiro a março, uma baixa de 8,3 por cento ante os primeiros três meses de 2010. A margem Ebitda caiu de 73 para 65,2 por cento.

Por segmentos, a Bovespa teve um volume médio diário negociado 2,1 por cento maior no comparativo anual. Já na BM&F, os volumes cresceram 16,8 por cento. | Aluísio Alves/Reuters.