Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

14/05/2011 - 11:40

Marcha da maconha


No decorrer da história humana, ocorreram muitos movimentos populares, principalmente reivindicando por direitos e garantias sociais. No entanto, têm surgido mobilizações públicas de diversos tipos, entre elas, a Marcha da Maconha. Esse movimento alcança projeção mundial, realizado sempre no mês de maio de cada ano.

No dia 07/05/11, houve grande cobertura dos canais de televisão sobre o movimento, principalmente nas capitais brasileiras. Observa-se a cada ano, número maior de pessoas em defesa da descriminalização do uso da maconha.

Ano passado, alguns estados brasileiros conseguiram vetar a marcha da droga com ações judiciais (RJ, SP, BA, PB, MT, MG, DF e PR). Esse ano, no Espírito Santo, embora tenha sido impetrada ação com esse objetivo, o órgão julgador, na pessoa do juiz Marcelo Loureiro, da Vara de Inquéritos Criminais de Vitória, denegou o pedido e deu parecer favorável á realização do evento.

Muitas pessoas aderem ao evento, sem conhecimento sobre as complicações clinicas e sociais (danos a saúde física/mental; comprometimento profissional; cometimento de delitos) da liberação do uso desta ou de outras drogas psicotrópicas. Muitos acreditam que a descriminalização do uso (abolição criminal) irá resolver o problema social da dependência e, ao mesmo tempo, diminuir o índice de criminalidade que envolve o uso e o tráfico de drogas.

Bem disse Mina Seinfeld, diretora da Federação Mundial contra as Drogas e da Vigilância Internacional Antidrogas: “a maconha de 40 anos atrás, era considerada leve, mas o avanço tecnológico provou sua toxidade, milhares de trabalhos científicos atestam que afeta o sistema nervoso central (cérebro), o pulmão, a imunidade e a função reprodutiva”.

Essa função reprodutiva pode ser prejudicada em decorrência do princípio ativo da maconha, promovendo a morte de muitos espermatozoides (no homem) e de óvulos (na mulher). A maconha comercializada atualmente tem sido misturada com outros componentes químicos danosos a saúde do usuário, aumentando consideravelmente sua toxidade (potencializada). Com isso, aumenta-se a possibilidade de ingresso do usuário no quadro de dependência química.

Sabe-se que a maioria das drogas tem sido alterada quimicamente pelos traficantes, com a finalidade de aumentar sua produção e lucratividade. Isso também já ocorre com o crack. Essa droga agrega basicamente em sua composição o bicarbonato de sódio, entre outras substâncias tóxicas.

Pode-se dizer que o Oxi é uma alteração química do crack, tendo como elemento principal a cal virgem, além da mistura de algum produto combustível (gasolina, querosene ou solução de bateria). Segundo especialistas, desde o ano de 2004 a droga tem sido usada por pessoas dos estados do Acre, Amazonas, Pará, Goiás e Piauí. Esse uso tem sido observado em outras capitais brasileiras.

Apreensões recentes foram feitas nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Profissionais que atuam com dependência química, estimam que o período de vida do usuário é de um ano, período bem menor do que o usuário de crack. Experiências de outros países que legalizaram o uso de drogas (não só a maconha) demonstraram que a simples descriminalização desse comportamento social, não é garantia absoluta de diminuição do quadro de dependência da substância consumida e da criminalidade. Percebe-se que o assunto não é de fácil solução, haja vista envolver questões de ordens sociais e legais, mas também de saúde física e mental do cidadão.

. Por: Eduardo Veronese da Silva,Licenciatura em Educação Física – UFES.Especialista em Direito Militar – UCB/RJ. Instrutor do Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD.Subtenente da PMES.| E-mail: [email protected]

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira