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17/05/2011 - 07:17

Diretor do FMI participa do Seminário internacional do BRICS Policy Center

Primeiro dia de evento teve debate sobre a resposta do bloco à crise econômica mundial.

O Centro de Estudos e Pesquisas dos países BRICS, uma parceria entre a Prefeitura do Rio e o Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio, abriu no dia 16 de maio (segunda-feira), o I Seminário Internacional "BRICS e a Reforma da governança econômica global". O evento, gratuito e aberto ao público, reúne representantes dos países-membros (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na PUC, até o dia 20 de maio (sexta-feira), para pensar e discutir os novos caminhos do grupo no cenário global.

O primeiro dia de evento recebeu representantes de alguns dos países do BRICS e instituições financeiras globais para refletir sobre a resposta dos BRICS à crise internacional. A mesa contou com nomes como: Paulo Nogueira Batista Jr, diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), Andrei Melville, professor do Higher School of Economics in Moscow, na Rússia e André Mello e Souza, representante do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Abertura- O Padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., Reitor da PUC-Rio, foi o primeiro a discursar na Mesa de Abertura do Seminário. Ele salientou a importância do encontro para o processo de internacionalização da universidade, que recebe mil estrangeiros por ano e envia outros 500 para as mais 100 instituições internacionais conveniadas.

João Pontes Nogueira, diretor do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-Rio, falou sobre os objetivos do Centro de Estudos e Pesquisas dos países BRICS, adiantando que há intenção de se realizar um evento como este por ano, a fim de reunir acadêmicos, economistas e políticos em torno das questões do bloco.

O presidente do Instituto Pereira Passos, Ricardo Henriques, que representou a Prefeitura do Rio, afirmou que o evento tem a relevância de inserir a cidade com dimensão internacional em um novo mundo em construção, onde os BRICS saem da posição de coadjuvantes para protagonistas das medidas econômicas e políticas. "Esta relação pode redefinir o modo de se fazer política pública no mundo, em realidades menos desiguais", disse.

A embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis, Subsecretária Geral Política II, representante do Ministério das Relações Exteriores, lembrou a história da formação dos BRICS, em 2008, e falou sobre a mudança dos paradigmas das relações internacionais econômicas a partir de então. Destacou a importância de iniciativas que levem à reflexão de como o Brasil, como membro do BRICS, pode ajudar a si mesmo.

A resposta dos BRICS à crise internacional- Abrindo as discussões do seminário, na mesa redonda, com tema "A resposta dos BRICS à crise internacional", o diretor do FMI pelo Brasil e outros oito países, Paulo Nogueira Batista Jr., falou sobre o impacto dos BRICS no G-20 e no FMI, como agentes capazes de influenciar reformas nas instituições financeiras internacionais. "Em 2006, não era claro que essa aliança dos países em desenvolvimento se tornaria, pouco depois, uma realidade político-diplomática", afirmou. Juntos, esses países podem ser uma forte alavanca para a nova política internacional", finalizou.

André Mello e Souza, representante do IPEA, destacou o sucesso das respostas dos países BRICS à crise internacional de 2008/09, apoiado em dados estatísticos sobre a performance desses países ao longo da última década, com foco nos anos de crise.

O professor russo Andrei Melville apontou seu país como um dos menos atuantes no bloco. Destacou a diferença da linha de crescimento econômico e esclareceu que a crise mundial gerou uma cooperação mútua entre os BRICS, funcionando como "um motor para a superação".

Participaram ainda da Mesa o debatedor e professor da PUC-Rio, Luis Manuel Fernandes, e o mediador, João Pontes Nogueira.

Nesta terça-feira, dia 17, segundo dia do Seminário, participarão: Vinod Thomas, Diretor Geral e Vice Presidente Sênior do Banco Mundial; Rogério Studart, Diretor Executivo Banco Mundial; Serguei Afontsev, do Institute for World Economy and International Relations, Rússia e Charles Andrew Tang, da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China.

Perfil do Centro de Estudos e Pesquisas dos países BRICS/BRICS Policy Center: o Centro de Estudos e Pesquisas dos países BRICS (BRICS Policy Center) é um projeto da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, gerido pelo Instituto de Relações Internacionais (IRI) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), dedicado ao estudo dos países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul).

Os objetivos do instituto são: produzir conhecimento, por meio de pesquisas e análises, sobre os países BRICS - pesquisas e análises; promover as atividades dos países BRICS e da agenda de cooperação desses países; gerar ações visando a fortalecer os laços cooperativos e a troca de informações entre os países BRICS.

Com esses objetivos, o BRICS Policy Center pretende reforçar a imagem do Rio de Janeiro como centro internacional de formulação de propostas para um mundo mais integrado e menos desigual.

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