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17/05/2011 - 07:49

Inteligência sim, mas prepotência também

A morte de Bin Laden repercutiu em todo o planeta. E não era para menos, pois se trata daquele que protagonizou o maior ataque terrorista de todos os tempos. Mas essa história merece reflexão, pois se de um lado o Tio Sam tenta passar a ideia de que o serviço de inteligência americano foi brilhante, por outro ficam inúmeras dúvidas quanto à legalidade da operação, que antes de tudo, desrespeitou a soberania do Paquistão. Além disso, ninguém pode afirmar se houve ou não uma execução, o que, embora se trate de um terrorista, fere os direitos humanos. Por último, se tudo foi coordenado com antecedência por que não capturá-lo vivo, colhendo mais informações sobre Al Qaeda?

Por que só agora a ação efetiva? Jogada eleitoral? É unanimidade que Bin Laden não fará falta para ninguém, porém nossa análise deve ser ampla e imparcial.

É impossível saber detalhes, mas o fato é que há o mérito de tudo ter sido conduzido no mais absoluto sigilo, numa ação de inteligência sim e que nesse aspecto nos serve de exemplo, pois não permitiu vazamentos de informações. No entanto, houve também a velha dose da prepotência americana, que os coloca acima do bem e do mal.

Os questionamentos são inúmeros, numa discussão sem fim. Nós, que vivemos há tempos uma guerra contra o narcotráfico, devemos assimilar somente o exemplo da importância dada ao serviço de inteligência.

Muito já se foi discutido sobre investimentos nessa área na segurança pública do Brasil, mas ainda engatinhamos, embora a captura do Elias Maluco uns anos atrás e a recente tomada do Complexo do Alemão já se apresentaram como avanços nessa direção.

. Por: Marcos Espínola, Advogado criminalista

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