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17/05/2011 - 07:54

O Ministério da Mentira

Um assessor do ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou neste domingo que o Ministério não recolherá os livros didáticos com erros gramaticais distribuídos a mais de 485 mil estudantes pelo Programa Nacional do Livro Didático. Os erros não decorrem de falha, mas de um “novo” conceito adotado de forma deliberada pela autora da “obra”.

O “servidor” público, assessor do ministro – que, segundo o jornal O Globo desta segunda-feira 16, preferiu não se identificar –, afirmou que o MEC “não é o Ministério da Verdade” e que seu chefe, o ministro Haddad, não faz análise de livros didáticos nem interfere no conteúdo das obras.

Se o MEC não é o Ministério da Verdade podemos concluir que é o “Ministério da Mentira”. Distribuir material didático de má qualidade já seria um problema grave. E é o que o MEC, de Haddad, tem feito há tempos.

Os programas implantados e desenvolvidos pelo Ministério da Educação da Era PT são avessos ao mérito e, por conseqüência - ainda que não declaradamente -, incompatíveis com uma educação de qualidade.

Promover e endossar, por meio de um programa oficial, a distribuição de um livro (“Por uma vida melhor”, da professora Heloísa Ramos) que propugna o abandono da gramática e o uso incorreto da linguagem é estabelecer uma farsa e forçar os brasileiros a acreditarem nela.

A alegação, tanto da professora quanto, indiretamente, dos burocratas da pasta do Dr. Haddad, pela conivência, é de que devemos apostar na “supremacia da linguagem oral sobre a linguagem escrita”.

A ideia que embasa o embuste da educação é outro embuste, neste caso ideológico - ou seja, de que certo e errado seriam conceitos relativos. Pois esse relativismo pode ser muito interessante para amparar políticas assistencialistas e ações afirmativas, mas não resolverá o problema da educação.

Como sabemos, o Brasil figura entre os países de pior desempenho nos rankings internacionais de educação. Contudo, ao invés de promovermos um sistema educacional que valorize o mérito e preserve o rigor do ensino – como fizeram, por exemplo, a Coréia e a China - optamos pelo nivelamento por baixo.

No livro da professora Heloísa Ramos há frases como “nós pega o peixe”. Enquanto o nosso “Ministério da Mentira” insistir nesse relativismo, o Brasil perderá a oportunidade de criar a base para um desenvolvimento sustentável de longo prazo. E “a gente, brasileiros, vamos pagar o pato”.

. Por: Nilson Mello, diretor da Meta Consultoria e Comunicação Ltda. | www.metaconsultoria.cowww.metaconsultoria.com.br |http://blogmetamensagem.blogspot.com| http://Twitter.com/MetaComunicacao | e-mail:[email protected].

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