Firjan: Apesar da retração do mercado de trabalho, Baixada Fluminense apresenta novas contratações

Para o Sistema Firjan, número de contratações em todo o Estado é expressivo, embora seja menor em comparação com o mesmo período do ano passado.

Apesar da retração do mercado de trabalho, a Baixada Fluminense registrou 1.646 novas contratações no primeiro trimestre de 2011. O estado do Rio de Janeiro obteve saldo positivo de 23.883, o número é pouco mais de dois terços do que foi gerado no mesmo período do ano passado (+34.681), porém é o terceiro melhor primeiro trimestre desde 1995. Os dados estão na Nota Técnica “Acompanhamento do Mercado Formal de Trabalho Fluminense – 1º trimestre de 2011”, divulgada pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), com dados do Ministério do Trabalho e Emprego.

No mesmo período de 2010, a Baixada Fluminense registrou 3.153 novos postos. O saldo desse ano (1.646) é resultante de movimentos antagônicos no mercado de trabalho dos municípios da região.

Duque de Caxias apresentou redução significativa das vagas formais de emprego com demissões no setor de serviços (-263), Construção Civil (-684), Comércio ( -271) e na Indústria de Transformação ( -515). O mesmo aconteceu em Nova Iguaçu. O destaque positivo da região ficou com Itaguaí que registrou 1463 contratações na Construção Civil pelas obras de expansão do porto.

No Estado do Rio e no País- De acordo com o gerente de Estudos Econômicos do Sistema Firjan, Guilherme Mercês, o saldo ainda é positivo. “A geração de postos de trabalho tem acompanhado a desaceleração da atividade, mas ainda é expressiva tanto no Brasil quanto no estado do Rio de Janeiro”, ressalta Guilherme. Ele acrescenta que o número expressivo foi puxado pelo mês de fevereiro (19.921 novas vagas), que compensou a queda no mês de janeiro, com as típicas demissões, e em março devido ao fraco desempenho por conta do Carnaval.

No estado, apenas o setor de Serviços e a Indústria Extrativa, ligada a cadeia de Petróleo, registraram saldo recorde, superando as marcas de 2008 e 2010. No Brasil, foram gerados 525.565 novos postos de trabalho no primeiro trimestre do ano, terceiro melhor resultado para o país em dezesseis anos. Porém, também inferior ao ano de 2010, quando foram gerados 657.259 postos. De acordo com a Firjan, as medidas de restrição ao crédito, e os aumentos da taxa básica de juros, aliados à safra tardia de algumas culturas, foram determinantes para a redução das contratações em relação ao ano passado.

.[Link os detalhes do estudo: http://www.emailsender.com.br/clientes/firjan/NT06-2011_MercadodeTrabalhoFluminense1Trim2011.pdf].