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19/05/2011 - 09:12

Câncer: tratamento sob medida

Cada vez mais individualizados, os tratamentos aumentam eficácia.

Ao usar pela primeira vez na história a palavra carcinoma para descrever tumores, o médico grego Hipócrates (460-370 A.C.) jamais imaginaria a que nível de evolução a medicina chegaria em relação ao câncer. Diversos fatos marcaram essa história até chegarmos aos dias de hoje, quando tendências promissoras de tratamentos apontam para o foco no perfil genético do paciente. Na prática, isso significa soluções cada vez mais personalizadas para combater os tumores.

No caso de um tipo de câncer de pulmão (o de células não-pequenas - CPNPC), há estudos em andamento com o composto crizotinibe (PF-02341066), que segue essa tendência de usar marcadores biológicos. Ele atua inibindo uma enzima que é produzida por um gene resultante de uma translocação especifica (ALK/EML4), a qual possui atividade carcinogênica.

Estudos recentes com o crizotinibe mostraram que doses diárias da droga reduziram o tamanho dos tumores de mais da metade de um grupo de pacientes de CPNPC, cujas células tumorais possuíam alterações no gene ALK. Em outro terço dos participantes do estudo, o crizotinibe estabilizou o tamanho do tumor. Apesar dos resultados iniciais serem bastante promissores, estudos adicionais estão em andamento para se confirmar a eficácia da nova droga no tratamento do câncer de pulmão. Acredita-se que essa alteração no gene tenha um importante papel na oncogênese, e estima-se que esteja presente em aproximadamente 3% a 5% dos pacientes com câncer de pulmão de células não-pequenas (CPNPC). Atualmente, apenas 15% dos pacientes respondem ao tratamento padrão para câncer de pulmão de células não-pequenas.

Nos Estados Unidos, a Pfizer solicitou Fast Track ao FDA (agência americana regulatória de medicamentos e alimentos), ou seja, o pedido de aprovação de crizotinibe deve ser antecipado e ocorrer antes dos estudos fase 3 serem concluídos. O FDA criou tal processo para facilitar o desenvolvimento e revisão de dados de medicamentos em estudo que tratam doenças graves e com potencial de suprir necessidades médicas não atendidas – ou seja, enfermidades que ainda não possuam tratamentos eficazes disponíveis no mercado. Caso aprovado pela agência americana, o crizotinibe será o primeiro medicamento de administração oral da classe dos inibidores da enzima ALK para o tratamento de CPNPC, resultante da translocação no gene EML4-ALK.

A Pfizer também está avaliando o uso do crizotinibe em outros tipos de tumores que possuam essa translocação cromossômica para determinar outros pacientes que poderiam se beneficiar do uso dessa nova droga.

O câncer de pulmão-Mundialmente, o número de mortes causadas por câncer deve continuar crescendo e, em 2030, deve alcançar 12 milhões, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde1. Entre eles, o câncer de pulmão é o tipo mais frequente nos homens (e o segundo entre as mulheres) no mundo quando considerado número de mortes1.

Há diferentes tipos de câncer de pulmão: os de células pequenas (CPCP) e os de não-pequenas células (CPNPC) – este último representa de 85% a 90% dos casos de tumores pulmonares e possui ainda três principais subtipos histológicos (o de células escamosas, o adenocarcinoma e o carcinoma de grandes células). Eles estão no grupo dos CPNPC por possuírem forma de tratamento e prognóstico similares. Dos pacientes com CPNPC, 75% recebem diagnóstico tardio: quando já apresentam metástase ou um grau avançado da doença, em que apenas 6% possui taxa de sobrevida de cinco anos2,3.

Cerca de 3% a 5% dos pacientes com CPNPC apresentam alterações no gene ALK. Acredita-se que essas alterações sejam fatores-chave no desenvolvimento do tumor. As causas do CPNPC onde essa alteração genética está presente não são totalmente conhecidas. Sabe-se, no entanto, que diferentemente dos demais tipos de cânceres de pulmão, onde uma das principais causas é o fumo, pacientes com CPNPC com essa alteração são mais frequentemente não fumantes, mulheres, asiáticos e mais jovens. A Pfizer tem realizado os estudos com crizotinibe nessa população.

Ao longo da História, curiosidades sobre o câncer: Descrição do câncer -Tumores ósseos fossilizados, múmias egípcias e manuscritos ancestrais carregam as primeiras evidências históricas da existência do câncer. Um papiro do Egito Antigo é considerado o primeiro documento que contém descrição da doença, por volta de 1.600 A.C. Apesar de não ter citado a palavra câncer, o documento continha relatos de tumores ou úlceras nos seios e, mesmo que a cauterização tenha sido utilizada, o papiro registrava que não havia tratamento para a doença.

Palavra câncer -Hipócrates (460 a 370 A.C.), “Pai da Medicina”, foi o primeiro a utilizar a palavra carcinoma (caranguejo em grego) para descrever tumores. Depois dele, o médico romano Celsus (28 a 50 A.C.) utilizou o termo câncer (caranguejo em latim) e, ainda mais tarde, outro médico romano (Galen, 130 a 200 D.C.) se referiu a tumores com a palavra oncos (em grego: expansão, inchaço).

Cirurgia -John Hunter (cirurgião escocês, 1728 a 1793) acreditava que alguns tipos de tumor poderiam ser curados com cirurgia, especialmente os que ainda não haviam acometido tecidos próximos. As limitações da cirurgia como tratamento do câncer foram reconhecidas depois que especialistas passaram a entender melhor os mecanismos da metástase.

Radioterapia-No início do século XX, na França, descobriu-se que doses diárias de radiação aplicadas durante semanas, poderiam aumentar as chances de cura de pacientes com câncer.

Quimioterapia-O início da quimioterapia se deu quando o pediatra americano Sidney Farber, ao estudar os efeitos do ácido fólico em crianças com leucemia na década de 1940, contribuiu para o desenvolvimento do metotrexato – medicamento que até hoje é utilizado como parte do tratamento de tumores e atua inibindo o metabolismo do ácido fólico. Atualmente, a quimioterapia foca cada vez mais nas células cancerígenas (e menos nas saudáveis), provocando menos efeitos colaterais nos pacientes.

Terapias-alvo -No final da década de 90 e início dos anos 2000 esse tipo de tratamento passou a ser utilizado para diferentes tumores. Há inclusive medicamentos administrados via oral, ao invés de ser injetável, o que melhora a qualidade de vida do paciente. Entre as principais técnicas de terapias-alvo estão: .Antiangiogênica: atuação no bloqueio da formação de novos vasos sanguíneos responsáveis pelo crescimento e suprimento dos tumores.

.Imuno-oncologia: “desperta” o sistema imunológico do paciente para que o mesmo possa enfrentar o câncer em melhores condições.

. Inibidores da transdução de sinal: interrompem os sinais anormais de crescimento e proliferação entre células cancerosas.

. Citotóxicos/potenciadores: exploram os agentes com ação direta sobre a célula tumoral, provocando sua morte ou potencializando essa ação causada primariamente por outros agentes quimioterápicos.

.Inibidores PARP: ao bloquear as enzimas PARP (poli(ADP)ribose polimerase), esses medicamentos podem tornar as células cancerígenas mais sensíveis ao tratamento, contribuindo para a morte das mesmas.

Perfil Pfizer- Considerada uma das empresas mais diversificadas do setor farmacêutico, a Pfizer descobre, desenvolve, fabrica e comercializa medicamentos de prescrição e de consumo para Saúde Humana e Animal. Fundada em 1849 e instalada no Brasil desde 1952, a companhia está comprometida em fazer o melhor pela saúde e bem-estar das pessoas em todas as etapas da vida, por meio de opções terapêuticas para uma variedade de doenças. Para isso, a empresa mantém uma posição de destaque no investimento em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos. Seu portfólio engloba desde vitaminas para gestantes e vacinas para bebês, até medicamentos para doenças complexas, como dor, câncer, tabagismo, infecções e doença de Alzheimer. Entre seus produtos, destacam-se Enbrel, Eranz, Sutent, Champix, Pristiq, Lyrica, Celebra, Centrum, Zyvox, Advil, Viagra e a vacina Prevenar. A Pfizer também mantém e acompanha projetos sociais voltados para educação, saúde e sustentabilidade no país.

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