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19/05/2011 - 10:00

Seminário internacional sobre BRICS discute questão do câmbio

Representantes do BID e de países do grupo debatem sobre taxas de intercâmbio e reformas regulatórias

Rio de Janeiro - O I Seminário Internacional "BRICS e a Reforma da governança econômica global", que está acontecendo esta semana na PUC-Rio, reuniu no dia 18 de maio (quarta-feira), representantes da África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia para discutir soluções para a questão do câmbio entre os BRICS.

O evento, gratuito e aberto ao público, é promovido pelo Centro de Estudos e Pesquisas dos países BRICS, uma parceria entre a Prefeitura do Rio e o Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio.

O professor Macio Garcia iniciou a sessão falando sobre a atuação da economia dos BRICS em tempos de abundância, em que a efetividade dos controles de capital é ainda mais questionável, considerando uma abertura bem maior dos mercados. Avaliou que se a economia continuar em processo de recuperação, com a China na liderança, o Brasil se sairá muito bem e os investidores continuarão chegando.

Lumkile Mondi, representante do Industrial Development Corporation (IDC), da África do Sul, explanou os fatores que levaram seu país a integrar o grupo. "A África do Sul é responsável por 18% do PIB do continente. Vem passando por um progresso, baseado em reformas regulatórias, estabilidade política, investimentos em infra-estrutura e melhoria no desempenho agrícola", disse.

Maurício Mesquita Moreira, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), fez uma análise sobre o desenvolvimento da política financeira dos países do bloco, com um discurso provocativo sobre desalinhos, manipulações e outras ameaças das relações comerciais globais. "É muito difícil para economistas concordarem com o que seria o equilíbrio da taxa de intercâmbio, um dos assuntos em foco na questão das relações internacionais", disse. O consenso, segundo ele, é de que a China tem uma taxa considerada desvalorizada, o que ajudou, em parte, o crescimento do país. Moreira defendeu que o controle de capitais está definindo o papel de cada um dos membros e que é necessária mais regulamentação, especialmente nas taxas de intercâmbio, para o progresso do grupo. O que considera uma questão de "disposição política".

Jie Sun, da Academia de Ciências Sociais da China, falou sobre o impacto da crise na economia chinesa. "Os investimentos do país foram essenciais para seu crescimento, logo após a crise de 2008", afirmou. E equiparou o país com os outros integrantes do grupo ao dizer que os desafios são os mesmos para os cinco: incentivo político, entrada de capitais e controle inflacionário.

Participou ainda da Mesa "Os BRICS e a questão do câmbio" o debatedor e professor da PUC-Rio, Luiz Roberto Cunha.

Nesta quinta-feira [19/05], penúltimo dia do Seminário, participarão os professores José Flávio Sombra Saraiva (UNB); João Pontes Nogueira (PUC-Rio); e Flávia de Campos Mello (PUC-SP), na Mesa "Os BRICS e a política internacional", que falará sobre a política e segurança internacional. Já na Mesa "Cooperação Científico-Tecnológica entre os BRICS", estarão presentes os professores José Eduardo Cassiolato (UFRJ); Marco Aurélio Cepik (UFRGS); e Jacob Palis, da Academia Brasileira de Ciências.

Sobre o Centro de Estudos e Pesquisas dos países BRICS/BRICS Policy Center: O Centro de Estudos e Pesquisas dos países BRICS (BRICS Policy Center) é um projeto da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, gerido pelo Instituto de Relações Internacionais (IRI) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), dedicado ao estudo dos países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul).

Os objetivos do instituto são: produzir conhecimento, por meio de pesquisas e análises, sobre os países BRICS - pesquisas e análises; promover as atividades dos países BRICS e da agenda de cooperação desses países; gerar ações visando a fortalecer os laços cooperativos e a troca de informações entre os países BRICS.

Com esses objetivos, o BRICS Policy Center pretende reforçar a imagem do Rio de Janeiro como centro internacional de formulação de propostas para um mundo mais integrado e menos desigual.

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