Brasil deve se preparar para ser pólo regional de investimentos

Diretor da BRAiN defende que estrangeiros possam ter CPF para fazer negócios.

São Paulo - O Brasil precisa se estruturar para tornar-se o pólo regional de investimentos da América Latina e atrair capital estrangeiro que busca alternativas de portfólio para diversificar riscos, defendeu Paulo Oliveira, diretor geral da Brasil Investimentos e Negócios (BRAiN), em palestra no 6° Congresso Anbima de Fundos de Investimento, no dia 19 de maio (quinta-feira), em São Paulo.

“O objetivo é tornar o Brasil um pólo, como Cingapura e Hong Kong, aproveitando a clara oportunidade de sinergia que existe na região,” disse Oliveira. “Isso não acontece por decurso de prazo. Devemos trazer investidores para a região e tornar esses investimentos duráveis,” acrescentou.

Para Luciane Ribeiro, diretora executiva do Santander Asset Management, o mundo caminha para um processo de diversificação de ativos, ao mesmo tempo em que o Brasil precisa de capital para investimentos de longo prazo para a infraestrutura do país. “Acho que vendemos pouco o Brasil para a América Latina e temos que fazer mais,” disse Luciane.

A BRAiN prepara um relatório chamado “Atratividade Brasil” em que elencará medidas que o país deve tomar para tornar-se um pólo regional de investimentos, incluindo facilidades para que estrangeiros façam negócios no Brasil. “É preciso criar o CPF para estrangeiros, hoje em dia fazer negócios é um martírio para eles,” disse Oliveira.