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21/05/2011 - 10:42

Alergia alimentar em debate: o que os pais devem fazer a qualquer sinal de restrição

Professora de pediatria da Universidade Federal de Santa Catarina alerta para a importância do diagnóstico preciso no controle da doença.

Curitiba – Estima-se que 6% das crianças menores de três anos apresentam algum tipo de alergia alimentar (AA). Especialistas afirmam que, entre os desafios para a prevenção da doença, estão a identificação da criança de risco e o diagnóstico preciso, especialmente porque os sintomas podem ser confundidos com quadros relacionados a outras doenças. O tema estará em debate na 68ª edição do Curso Nestlé de Atualização em Pediatria, que ocorre entre os dias 17 e 20 de maio, em Curitiba (PR).

A alergia alimentar é uma resposta do sistema imunológico quando detecta algum componente da dieta como “perigoso” ao organismo e passa a produzir anticorpos contra ele, causando reações de hipersensibilidade. Ao primeiro sinal de alteração no comportamento ou no corpo da criança, a família deve procurar um pediatra, que dará início ao acompanhamento do paciente para definição do diagnóstico e, confirmado o quadro alergênico, determinará o tratamento adequado.

De acordo com a Dra. Monica Lisboa Chang Wayhs, pediatra e professora da disciplina de pediatria da Universidade Federal de Santa Carina, os pais, sob suspeita de reação do filho a algum alimento, devem consultar um pediatra. “O pediatra é o único responsável pelo diagnóstico e também pela indicação de tratamento. É grande o risco nutricional de uma criança com restrição aos alimentos sem orientação médica. Nada justifica uma dieta sem o acompanhamento médico e diagnóstico fechado”, complementa.

A hereditariedade está entre os principais responsáveis pelo desenvolvimento da doença nas crianças. “A chance de uma criança desenvolver uma manifestação alérgica – não necessariamente alimentar –, é três vezes maior caso os dois pais apresentem histórico de alergias e duas vezes maior quando é apenas um dos pais, se compararmos com filhos de pais sem antecedentes alérgicos”, comenta a pediatra. À hereditariedade, também é possível somar fatores ambientais como responsáveis pelo desenvolvimento de alergia, como a alergia secundária a uma lesão intestinal causada por fatores externos diversos.

São muitos os métodos aplicados para investigação da AA. Atualmente, o mais indicado é o teste de provocação oral, com a retirada do alimento suspeito por um período de duas a seis semanas, seguida de nova exposição ao alimento, sempre acompanhada pelo pediatra, preferencialmente em ambiente hospitalar.

Quando há suspeita de alergia, a criança deve ser imediatamente encaminhada ao pediatra e, antes da definição do diagnóstico, devem ser mantidas as orientações já conhecidas em relação à alimentação do bebê. A Dra. Monica Lisboa Chang Wayhs reforça que, até os seis meses de idade, a oferta de leite materno como alimento exclusivo do bebê é a principal recomendação. Reforça, também, que é importante atenção especial à idade adequada para a introdução dos novos alimentos. “Após os seis meses, a criança deve iniciar a ingestão de novos alimentos, mesmo aqueles popularmente reconhecidos como alergênicos, como o ovo e o peixe. Apenas com o aleitamento materno e complementação alimentar iniciada em idade adequada, o organismo da criança desenvolverá a tolerância ao alimento”, finaliza.

Sobre o Curso Nestlé de Atualização em Pediatria – Criado em 1956 pelos médicos Álvaro Aguiar e Walter Telles, da Sociedade Brasileira de Pediatria, e pelo presidente da Nestlé à época, Oswaldo Balarin, o Curso Nestlé de Atualização em Pediatria é itinerante e, cada ano, é realizado em uma região diferente do País. O curso já reuniu mais de 70 mil pediatras em suas edições anteriores. Em 2011, com o tema “90 anos de grandes emoções”, o CURSO NESTLÉ celebra 90 anos em que a Nestlé oferece produtos que levem nutrição, saúde e bem estar aos lares brasileiros, além do apoio aos profissionais que atuam nestas áreas.

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