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04/08/2007 - 10:01

Petrobras compra Suzano Petroquímica por R$ 2,7 bilhões


Operação vai contribuir para a consolidação do Pólo Petroquímico do Sudeste.

A Petrobras assinou no dia 3 de agosto, contrato de aquisição da totalidade das ações representativas do capital social da Suzano Petroquímica S.A., detidas, direta ou indiretamente, pelos controladores da Suzano Holding S.A., pelo preço total de R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 2,1 bilhões para os controladores e R$ 600 milhões de oferta pública de ações para os minoritários. Uma Assembléia Geral Extraordinária de Acionistas da Companhia será convocada para ratificar a operação.

A aquisição desses ativos proporcionará a valorização da carteira de participações em petroquímica da Petrobras, na medida em que contribui para a consolidação do Pólo Petroquímico do Sudeste. Conforme previsto em seu Plano Estratégico, a Petrobras vem investindo seletivamente no setor petroquímico brasileiro e do Cone Sul, em projetos que agregam valor ao petróleo, ao gás natural e às correntes de refino, atuando de forma integrada em todas as áreas do setor.

Empresas controladas - Além de outros resultados com a aquisição a Petrobras passará a controlar, direta ou indiretamente, as seguintes empresas:

. Participação Petrobras

Empresa: Atual | Após Compra (1) | Após Compra de 100% (2)

Suzano Petroquímica Operacional: ----- | 76% | 100%

Rio Polímeros S.A. (3): 17% | 23% - 42% | 25% - 50%

Petroquímica União S.A.: 7% | 23% | 24%

Petroflex S.A.: ----- | 15% | 20%

. (1) Considera apenas a compra do controle, não refletindo o resultado das ofertas públicas subseqüentes. (2) Assume compra de 100% das ações. (3) Participação final será variável em função do exercício do direito de preferência dos demais acionistas.

A operação está sujeita ao processo de due diligence, à conclusão dos atos societários para a estruturação da transação e a todos os procedimentos previstos nos acordos de acionistas dos quais a Suzano faz parte, e à anuência da alteração do controle da Companhia pelos credores daquela empresa, nos termos dos contratos de financiamento pactuados, entre outros.

Com esta aquisição, a Petrobras contribui para a reorganização e consolidação de setores industriais de fundamental relevância para o crescimento da economia brasileira. A transação cria também condições diferenciadas de investimento.

Etapas da operação - A operação será dividida em três etapas: Aquisição das ações dos controladores diretos e indiretos da SZPQ.

Oferta Pública de “Tag Along” para aquisição das ações ordinárias e preferenciais em circulação no mercado de emissão da Suzano, nas condições e prazos previstos no Art. 254-A da Lei 6.404/76 e da Instrução CVM nº 361, no Regulamento de Listagem do Nível 2 da Bovespa e no Estatuto Social da empresa (direito de venda conjunta, ou “Tag Along” à razão de 100% e 80% do preço unitário por ação ordinária para as ações ordinárias e preferenciais objetos da oferta, respectivamente). *Oferta Pública para Cancelamento do Registro de Companhia Aberta da Suzano Petroquímica.

Aquisição das ações dos controladores indiretos da Suzano - A Petrobras vai adquirir 97,3 milhões de ações ordinárias pelo preço de até R$ 13,44 por ação e 75,2 milhões de ações preferenciais pelo preço de até R$ 10,76 por ação. Essa aquisição corresponde à participação societária de 99,9% das ações ordinárias e 58,2% das ações preferenciais de emissão da Suzano, representando 76,1% do capital total.

Oferta Pública de ações - Em função da alienação do controle da Suzano, a Petrobras, em obediência aos preceitos legais aplicáveis a essa modalidade de transação, encaminhará à CVM, no prazo legal, o pedido de registro de oferta pública para aquisição de ações ordinárias e preferenciais, detidas pelos acionistas minoritários da Suzano Petroquímica, pelo preço de até R$13,44, por ação ordinária e até R$ 10,76, por ação preferencial, para pagamento à vista.

Oferta Pública de Cancelamento de Registro - A Petrobras deverá encaminhar à CVM, no prazo de 30 dias, pedido de registro de oferta pública para o cancelamento do registro de companhia aberta da Suzano, nos termos do Art. 4º, § 4º, da Lei 6.404/76 e da Instrução CVM nº 361.

Considerando que a oferta pública para cancelamento de registro venha a ter os mesmos termos financeiros da Oferta Pública de Tag Along, o valor a ser desembolsado será de R$ 600 milhões, totalizando R$ 2,7 bilhões para a aquisição de 100% das ações da Suzano Petroquímica, dos quais R$2,1 serão para os controladores.

Liderança e pioneirismo -A Suzano Petroquímica atua há 30 anos no mercado. É líder latino-americana na produção de resinas de polipropileno e ocupa a segunda posição no ranking nacional em resinas termoplásticas. Detém o controle compartilhado da Rio Polímeros S.A., com 33,3% de participação, da qual a Petrobras já tem, indiretamente, 16,7% do capital total, e da Petroflex, com 20,1% do capital social.

A Rio Polímeros S.A. é a empresa pioneira no País, na produção de polietileno a partir de gás natural e a Petroflex é a maior produtora de borracha sintética da América Latina. A Suzano detém, ainda, 6,8% do capital social da Petroquímica União, da qual a Petrobras já participa, de forma indireta com 17,4%.

A Suzano Petroquímica opera um parque industrial formado por três unidades produtoras de resinas de polipropileno, localizadas nos municípios de Mauá (SP), Duque de Caxias (RJ) e Camaçari (BA), que totalizam uma capacidade de produção anual de 685 mil toneladas. Tem, ainda, participação na produção da Rio Polímeros S.A., cuja capacidade é de 540 mil toneladas de polietileno/ano), da Petroflex, com potencial de 422 mil toneladas de borracha sintética, e da central de matérias-primas da Petroquímica União. A empresa apresentou, no primeiro semestre de 2007, uma receita líquida consolidada de R$ 1.331 milhões e um lucro líquido de R$ 126 milhões.

A operação será apresentada às autoridades brasileiras de defesa da concorrência (Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, Secretaria de Direito Econômico – SDE, e Secretaria de Acompanhamento Econômico – SEAE), no prazo e forma estabelecidos pela legislação em vigor. A Companhia manterá seus acionistas e o mercado, oportuna e adequadamente, informados sobre a conclusão da operação.

À força de trabalho da Suzano Petroquímica, a Companhia transmite a sua disposição de continuar investindo no crescimento da nova empresa do Sistema Petrobras, que tem como parte integrante de sua missão contribuir para o desenvolvimento do Brasil e dos países onde atua, com responsabilidade social e ambiental.

Gabrielli diz que a compra da Suzano abre possibilidade de investimentos privados- O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, destacou em entrevista coletiva que a compra da totalidade das ações da Suzano Petroquímica S/A, pertencentes aos controladores da Suzano Holding, "enquadra-se na estratégia de retorno da estatal ao setor da petroquímica".

Indagado se a operação não poderia indicar a uma reestatização do setor petroquímico, o presidente da Petrobras disse que a nova aquisição, ao contrário, estaria abrindo a possibilidade de investimentos privados.

“Achamos que estamos viabilizando uma associação entre a Petrobras, que é uma empresa que tem 60% do seu capital no mercado de ações, controlada pelo governo brasileiro, com empresas que são extremamente e totalmente privadas. Portanto, nós estamos expandindo a capacidade e a possibilidade de investimentos privados”, disse.

E acrescentou: “Nós vamos buscar sócios privados, nós estamos já em negociações com sócios privados e pretendemos ter sócios privados no complexo [petroquímico] do Sudeste”.

“Com a aquisição, a Petrobras passará a controlar direta ou indiretamente as seguintes empresas, que faziam parte da Suzano Holding: Suzano Petroquímica Operacional (76% considerando apenas a compra do controle, não refletindo o resultado da oferta pública; e 100% se obtiver sucesso pleno na compra das ações dos minoritários): Rio Polímeros (de 23% a 42% na compra do controle, e de 25% a 50% na aquisição dos minoritários), Petroquíca União (23% dos controladores e 24% dos minoritários) e Petroflex (15% dos controladores e 20% dos minoritários).”, explica.

A Rio Polímeros foi a primeira empresa na produção de polietileno a partir de gás natural e a Petroflex é a maior produtora de borracha sintética da América Latina. A primeira tem capacidade de produzir 540 mil toneladas de polietileno por ano e a Petroflex tem potencial de produção anual de 422 mil toneladas de borracha sintética. | Foto: (esq./dir.) O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa; o presidente José Sergio Gabrielli de Azevedo; e o presidente da Petroquisa, José Lima de Andrade Neto, durante entrevista coletiva em São Paulo

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