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24/05/2011 - 08:38

Governo deve aumentar a Selic para que a inflação fique na meta, diz professor da FGV

A projeção para inflação caiu mais uma vez este ano, passando de 6,31% para 6,27%, segundo o relatório Focus divulgado no dia 23 de maio (segunda-feira), pelo Banco Central. Essa é a terceira redução consecutiva, que mantém a inflação dentro da meta do governo estabelecida pelo governo, embora distante do seu centro, que é de 4,5%.

De acordo com o professor de economia da FGV-EAESP (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas), Evaldo Alves, a desaceleração foi pequena, mas já injeta confiança na estabilização monetária.

“A meta inicial da inflação já foi ultrapassada há algum tempo, ficando muito difícil atingir os 4,5% ao ano. No entanto, o esforço deverá estar concentrado em não extrapolar os valores do intervalo de confiança delimitado, cujo limite é 6,5%. Os preços administrados estão em processo de estabilização, sinalizando alta até 4,95% para 2011 e até 4,5% para 2012. Os riscos e incertezas ficarão por conta das commodities e do déficit público, que não obstante os esforços do governo somente vão apresentar resultados palpáveis até o fim do ano.”

Alves alerta aos consumidores que “em momentos de pressões inflacionárias o endividamento deve ser evitado na medida em que os resultados e custos finais dos empréstimos poderão sofrer ajustes.”

Para controlar a inflação, Alves acredita que o governo deverá elevar a Selic na próxima reunião do Copom. “A Selic deve chegar até 12,5% este ano”, projeta Alves. Com relação ao câmbio, o professor diz que “deverá continuar com a desvalorização do dólar em virtude da situação da economia americana que vem se recuperando muito lentamente. O resgate de Títulos do Governo americano, as "Treasure Bills", que foram autorizadas pelo Congresso Americano podem chegar a US$ 600 bilhões, o que vai inflacionar mais ainda o volume de dólares no mercado internacional, desvalorizando, portanto, a moeda norte-americana”.

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