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04/08/2007 - 10:19

Geração Editorial em parceria com a Nova Fronteira aposta em A travessia do Albatroz como um segundo Caçador de pipas


Romance sobre a saga real do iraniano Kurosh Majidi, que vive no Brasil, foi escrito pela brasileira Marcia Camargos. A partir da amizade de dois jovens iranianos, um dos quais morre explodido por uma bomba, ela faz rir e chorar numa história de amor e guerra cheia de drama e emoção.

A Travessia do Albatroz, que o selo Geração Editorial-Ediouro, agora associado à Editora Nova Fronteira, também do Grupo Ediouro Publicações, está lançando em junho, terá tiragem inicial de 30.000 exemplares, com o propósito de alcançar rapidamente a lista dos mais vendidos.

O romance da brasileira Marcia Camargos, baseado em uma história real, tem pontos de contato com O Caçador de pipas, que já vendeu 900 mil exemplares no Brasil.

A ação acontece no Irã, vizinho do Afeganistão, e que, assim como esse país no tempo do Taleban, tornou-se uma turbulenta nação dirigida por religiosos islâmicos fundamentalistas. O romance está centrado na amizade, desde a infância, de dois jovens cujas vidas seguem rumos diferentes: um torna-se soldado das milícias extremistas do aiatolá Khomeini. O outro, também muçulmano, é mais tolerante e, decepcionado com o regime dos aiatolás, luta pela liberdade. Cheio de emoção, o relato faz o leitor rir e chorar ao mesmo tempo, envolvendo-o intensamente com os personagens – homens, mulheres, jovens, crianças, soldados e até o cachorro Xeque-mate – todos inesquecíveis.

A saga, em tons grandiosos, quase épicos, mistura amor, amizade, morte, sofrimento e esperança no meio da revolução para derrubar o Xá, da guerra com o Iraque e depois da emocionante fuga do personagem, que cruza a cordilheira gelada para alcançar a fronteira com a Turquia e fugir rumo ao Canadá.

Qual é, enfim, o enredo do romance? A Travessia do Albatroz fala da saga de Kurosh, um jovem iraniano perseguido pela intolerância do regime islâmico. Se Behruz, seu amigo de infância e militante fanático, está disposto a sacrificar-se em nome de Alá para merecer as 72 virgens prometidas no paraíso, Kurosh sonha com a liberdade. Como o albatroz, a ave migratória do título, ele atravessa o oceano em busca de um novo destino.

O romance foi escrito a partir do depoimento de um exilado iraniano que mora no Brasil, depois de ter fugido de seu país e vivido algum tempo no Canadá. Em São Paulo, ele conheceu a escritora Marcia Camargos, que se interessou por sua história. Ela inicialmente pensou em escrever um livro reportagem, mas, para preservar a segurança do depoente, acabou fazendo um romance, no qual aparecem personagens reais e imaginários. Além disso, trocou o nome do exilado, que ganhou o pseudônimo de Kurosh Majidi.

A obra é ilustrada com 26 fotografias de ruínas históricas da antiga Pérsia, personagens do povo e cenas do Irã atual, o que torna a trama ainda mais realista. Marcia – que nunca visitou o Irã – fez uma pesquisa muito detalhada sobre o país, seus costumes e sua história. Na fuga pelas cidades, lugarejos e montanhas geladas, Kurosh passa por cidades históricas milenares como Persépolis e Pasárgada. Mesmo iranianos que leram as primeiras provas do romance – que foi testado pela Geração Editorial com vários leitores, brasileiros e estrangeiros - surpreenderam-se com a riqueza de detalhes. É como se a autora conhecesse profundamente os locais sobre os quais escreveu.

Marcia não se contentou em contar o drama avassalador de Kurosh. Ela foi mais além, ao pesquisar a história da antiga Pérsia, percorrer seus monumentos e colocar o leitor frente a frente com uma indagação advinda de sua própria perplexidade: o que fez com que a grande pátria de Dario e Xerxes se transformasse numa república islâmica fundamentalista?

Perfil da autora - Marcia Camargos é jornalista com doutorado em História pela USP. Como escritora, ganhou os prêmios Jabuti e Livro do Ano/não ficção pela CBL, por Monteiro Lobato: Furacão na Botocúndia (em co-autoria). Seu livro A Semana de 22: entre vaias e aplausos foi premiado pela Academia Paulista de Letras. Escreveu, ainda, Villa Kyrial: crônica da Belle Époque paulistana e Micróbios na cruz, além de outros livros para adultos e crianças. É sócia da Companhia da Memória, que desde o início dos anos 1980 atua em projetos de pesquisa, exposições, edição de livros e consultoria histórica para empresas, cinema e televisão.

Romance biográfico, no formato 15.5 x 23 cm, 296 páginas, ISBN 9788560302130, Cód. Barra 9788560302130, preço R$ 39,90.

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