Cosméticos: cresce o consumo e as oportunidades profissionais na área

O mercado de cosméticos no Brasil apresenta, desde os últimos anos, um crescimento muito positivo, conforme dados divulgados pela ABIHPEC –Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.

Os números chamam a atenção não só para players já consolidados, como para outras companhias estreantes nesse setor, haja vista o aumento de vendas neste nicho. O aumento no consumo pode ser explicado pelo maior poder de compra dos consumidores, que sofreu uma elevação em paralelo ao aquecimento econômico do país.

Seguindo esse ritmo, a indústria de cosméticos apresenta uma série de ações para chegar mais rápido ao consumidor final e ganhar espaço nas bolsas e prateleiras de seus clientes, seja por meio da venda direta, das gôndolas das drogarias e supermercados, ou até mesmo através do canal e-commerce e outros modelos de venda indireta já bastante utilizados por grandes marcas.

Nesse contexto, fazer mais do mesmo já não funciona, sendo necessário investir não só em equipamentos e sistemas automatizados, mas em uma equipe que faça “rodar” toda essa operação. Do ponto de vista de inovação de produtos, existe um aumento visível de investimentos na área de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), tanto em empresas nacionais, quanto nas multinacionais, que estão focadas em diversificar a oferta de produtos para manterem-se vivas na concorrência de um mercado que não para de crescer.

O aumento na busca de profissionais nestas áreas acontece com maior força no Brasil, especialmente pela representatividade do país frente aos outros países da América Latina. O dinamismo e o crescimento do setor aceleram cada vez mais a profissionalização das empresas, que passam a adotar novas tecnologias e metodologias com o objetivo de ganhar em produtividade e velocidade. Mas ainda assim, investir na busca de capital humano e mesmo na retenção daqueles que já estão dentro de casa tem sido um das armas mais eficazes do mercado. Nesse sentido, segundo o levantamento da Asap – consultoria de recrutamento e seleção de executivos de média gerência, houve uma acréscimo de mais de 40% nas demandas deste setor quando comparamos o primeiro trimestre de 2010 vs. 2011, passando a ter uma maior concentração na área de Supply Chain, especialmente na área de Compras, Produção e Engenharia.

Em consequência, a indústria de cosméticos apresenta ofertas atraentes de posições em diferentes níveis, e aos poucos vem se transformando em um celeiro de profissionais qualificados. Novas áreas são criadas, como exemplo, a área de Segurança de Produto. No Brasil, a área de Segurança de Produto é conhecida em institutos especializados para análises de drogas ilícitas e os impactos destas em seus dependentes.

Agora, a área passa a ter grande representatividade no setor de cosméticos, com a função de investigação e análises mais aprofundadas das matérias-primas e componentes utilizados na composição de cosméticos, tendo como principal objetivo identificar possíveis complicações à saúde dos consumidores no longo prazo, a partir do uso contínuo dos produtos. Como consequência, o mercado corre em busca de profissionais especializados.

Nos próximos anos, espera-se que cada vez mais áreas como estas sejam criadas, com o intuito de assegurar aos consumidores a origem de novos produtos de qualidade, sendo um sinal de preocupação com a competitividade segura do seu portfólio de produtos. Com isso, os profissionais devem olhar o setor como um dos mais promissores e investir em qualificação para não perderem as oportunidades que estão por vir.

. Por: Thiago Xavier, Diretor da Asap, **consultoria de recrutamento e seleção de executivos de média gerência.***