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26/05/2011 - 08:03

Déficit aumenta e preocupa setor de máquinas e equipamentos, aponta Abimaq


Crescente a cada mês, o déficit comercial do setor de máquinas e equipamentos registra recorde histórico atingindo US$ 5,5 bilhões no primeiro quadrimestre do ano, segundo levantamento do departamento de economia e estatística da Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos.

De acordo com Luiz Aubert Neto, presidente da entidade, está na hora de nos questionarmos quanto ao futuro do Brasil, potência ou colônia. "Se não forem tomadas medidas emergenciais por parte dos nossos governantes, não tenho dúvida, que desaparecemos como segmento industrial do país", explica Aubert, acrescentando: " está na hora de revertermos esse processo de aumento de importações de produtos industrializados e grandes exportadores de produtos primários, porque assim não conseguiremos reverter a tendência de primarização e desindustrialização da economia".

De acordo com ele ainda, basta uma rápida análise dos números setoriais para concluirmos que a situação está insustentável. "Enquanto as nossas exportações -explica - passaram de US$ 2,5 bilhões de janeiro a abril de 2010 para US$ 3,4 bilhões de janeiro a abril de 2011, as importações passaram de US$ 6,7 bilhões para US$ 8,9 bilhões, um crescimento de 32,5%".

O déficit em máquinas e equipamentos do primeiro quadrimestre já chega a US$ 5,5 bilhões aumentando o rombo da balança comercial em 33,3% em relação ao período de janeiro a abril de 2010, quando o déficit era de US$4,1 bilhões.

De acordo com Aubert, a situação do segmento de máquinas e equipamentos é extremamente preocupante, porque em paralelo ao aumento do déficit do setor, aparece forte queda na carteira de pedidos do setor, no 1° quadrimestre recuou 18,2% quando comparado com o mesmo período de 2010.

O faturamento no mês de abril de 2011 quando comparado com o mês de março de 2011 registrou queda de 10,4% e no ano (jan-abr/2011) a taxa de crescimento recuou para 7,1% ao alcançar R$ 24,5 bilhões.

Destino das exportações - Aubert chama atenção para a alteração das participações de exportação por mercado, os Estados Unidos que em 2008 adquiriu 21% do total de máquinas e equipamentos brasileiros exportados, consumiu em 2011 17%, a Europa aumentou o seu volume de compra e ganhou três pontos percentuais, ao passar de 15% para 18% das exportações brasileiras, a América Latina que já adquiria a maior parte (42% em 2008), ampliou o seu volume para 47% das exportações.

Na análise das origens das importações de máquinas e equipamentos brasileiros, verificamos que a China vem crescendo sua participação e em 2011 ocupou o segundo lugar entre os principais mercados de origem das máquinas e equipamentos; em 2004 a China ocupava a 10° posição. "Essa é o que chamamos de importação predatória -conclui Aubert - porque sabemos que não estamos importando qualidade, mas sim preço. E é ai que temos preocupações, inclusive com a segurança dos empregados brasileiros, que podem ficar submetidos a trabalho em máquinas que não são produzidas sob normas técnicas internacionais, representando um risco real para o usuário".

A Abimaq considera importante ressaltar que não é contra a importação, principalmente de produtos com alta tecnologia não produzidos no Brasil, mas não é o que tem ocorrido, com as importações entrando no Brasil e fazendo concorrência predatória aos fabricantes nacionais, tirando inclusive o emprego do trabalhador brasileiro.

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