Caem volume e número de operações de fusões e aquisições no primeiro trimestre

O primeiro trimestre de 2011 apresentou uma queda no número e volume das operações de fusões e aquisições anunciadas, em comparação ao mesmo período do ano anterior. De janeiro a março houve o anúncio de 24 operações, correspondentes a um volume de R$ 32,7 bilhões: uma queda de 38% no volume financeiro e de 31,4% no número quando comparados aos três primeiros meses de 2010. “A redução do número e volume de anúncios de fusões e aquisições foi um movimento normal e esperado após dois semestres consecutivos de atividade recorde. O mercado continua aquecido e o ritmo de anúncios deve observar uma rápida recuperação ao longo do ano de 2011”, afirmou Bruno Amaral, presidente da Subcomitê de Fusões e Aquisições da ANBIMA.

As operações com volume superior a R$ 1 bilhão responderam, em sua totalidade, por 88,6% dos negócios anunciados, seguindo a tendência observada nos mesmos períodos da série, acompanhada desde 2006. Mereceu destaque a incorporação da Vivo pela Telesp, que movimentou R$ 11,3 bilhões.

No que diz respeito à origem do capital, o volume de aquisições de empresas brasileiras por estrangeiras respondeu pela maior parte das operações do trimestre, com 49,2% do total dos negócios - o equivalente a R$ 16,1 bilhões. Este comportamento é diverso ao observado nos primeiros trimestres de 2009 e 2010, quando o percentual foi inferior a 10%. Particularmente no primeiro trimestre de 2011, as empresas europeias destacaram-se com participação de 77,2% nas aquisições de empresas brasileiras, com volume de R$ 12,4 bilhões. As empresas asiáticas, contudo, têm mantido participação constante na aquisição de empresas brasileiras desde 2006, com uma média de 15% no número de operações. Nos três primeiros meses de 2011, este percentual foi de 16,7%. [ http://www.anbima.com.br/mostra.aspx/?id=4416].