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27/05/2011 - 10:55

Proximidade cultural abre portas para o Brasil em Angola e Moçambique

Florianópolis - A proximidade cultural entre o Brasil e países africanos como Angola e Moçambique abre uma janela de oportunidades para que as empresas brasileiras possam exportar para esses países que tem projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 7% ao ano até 2014. A avaliação foi feita pelo analista de inteligência comercial da Apex Brasil, Ulisses Pimenta, durante seminário promovido pela Federação das Indústrias (FIESC). As importações de Angola e Moçambique devem crescer 13% ao ano nesse período.

A influência cultural ultrapassa o campo da língua. A população desses dois países desenvolveu uma forte influência brasileira por meio das novelas e de outros programas que são transmitidos para esses países, que são ex-colônia portuguesa. A população se identifica com os produtos brasileiros, especialmente os do setor de vestuário, disse Pimenta.

O especialista da Agência de Promoção e Exportação do governo federal afirmou que as oportunidades para o Brasil também estão no setor de alimentos, bebidas, agronegócio e máquinas e equipamentos, especialmente para as áreas de casa e construção. Moçambiqueé um país que tem só 41% da população na área urbana, ainda não tem um grande PIB (US$ 9,7 bilhões em 2008), mas está crescendo e começando agora o seu processo de industrialização. Com isso, abrem-se espaços para que as companhias brasileiras se posicionem e se consolidem neste mercado antes da concorrência. "Este é um momento propício. Quem chegar primeiro pega o país no início do ciclo de crescimento", ressaltou. As exigências de acesso ao mercado são menores e o país tem uma legislação considerada bastante avançada, o que favorece o ambiente de negócios.

Moçambique, que situa-se no sudeste da África, é um grande exportador de alumínio e de energia elétrica (especialmente para a África do Sul), mas está para anunciar ainda em 2011a viabilidade comercial do petróleo, o que pode mudar a dinâmica do país.

O especialista afirmou que os grandes mercados, como Europa e Estados Unidos continuarão importantes, mas já não oferecem mais as mesmas oportunidades, por isso a importância de olhar para os emergentes.

Angola tem um PIB de aproximadamente US$ 84 bilhões e é um mercado atrativo para o Brasil. O país é um grande exportador de petróleo, que representa 90% das receitas com exportação. Nesse território de 18,5 milhões de consumidores há forte presença de concorrentes portugueses, norte-americanos e chineses, mas ainda há espaço. As brasileiras Camargo Corrêa e Odebrecht têm negócios no país.

A África do Sul também oferece oportunidade, mas, comoem Angola, o país dispõe de uma forte rede de fornecedores da Alemanha, Arábia Saudita e China. O país tem um parque industrial considerado desenvolvido e um bom sistema de logística. Neste caso, o que desfavorece o Brasil é que não há complementariedade entre os dois países - tudo o que é produzido aqui, também é produzido lá-, então, é um mercado mais difícil de ingressar.

Apesar de haver muita disparidade entre os 57 países africanos, esse mercado é pautado pelo preço do produto e não pela diferenciação, já que a maior parte dos consumidores são das classes C e D. "O crescimento dos países africanos só perde para a China. Nãotem como comparar o tamanho das duas economias, mas o ritmo de crescimento é próximo", afirmou Pimenta.

Missão: A FIESC está com inscrições abertas para missão empresarial à África do Sul e Moçambique, que ocorrerá de 15 a 23 de julho. A delegação participará de uma feira multissetorial, de encontros de negócios e de um evento voltado à área de suprimentos para construção. [www.fiescnet.com.br/cin].

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