Caminhões Volkswagen já formam a segunda frota do Exército Brasileiro

Mais de 600 Worker 4X4 fabricados pela MAN Latin America foram adquiridos pelas Forças Armadas do Brasil nos últimos três anos.

Caminhões Volkswagen já formam a segunda maior frota de veículos comerciais do Exército Brasileiro. Nos últimos três anos, mais de 600 Volkswagen Worker 15.210 4X4 foram adquiridos pelas Forças Armadas do Brasil, segundo a área de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN Latin America, fabricante do modelo. A maior parte do volume se destina a operações do Exército, que homologou o Worker após testes rigorosos. Com o lançamento do modelo 4X4, a montadora encerrou uma hegemonia de mais de 50 anos da sua principal concorrente nas vendas às Forças Armadas.

Em 2007, a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) recebeu as oito primeiras unidades do VW 15.210 4X4, agora chamado pelo Exército de VOP2 5QT. A sigla indica que o veículo é do tipo operacional militarizado, capaz de transportar cinco toneladas em qualquer tipo de terreno. "Desenvolvido e fabricado no Brasil, o Worker militarizado é mais um exemplo de como um produto da marca Volkswagen pode ser desenvolvido sob medida para o cliente", afirma Ricardo Alouche, diretor de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN Latin America.

Entre as tarefas dadas aos Worker 4X4, destaca-se a missão de paz da Organização das Nações Unidas - ONU no Haiti, onde o Brasil coordena 6.700 militares de 16 países. A Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti - MINUSTAH - busca estabilizar o país, pacificar e desarmar grupos guerrilheiros e rebeldes, promover eleições livres e promover o desenvolvimento institucional e econômico. A frota de 40 caminhões Volkswagen no Haiti atua no transporte de tropas e equipamentos.

Testes rigorosos- O projeto do caminhão militarizado Volkswagen incluiu um ano de testes em campos de provas do Exército em todo o Brasil. Um protótipo rodou 34.000 quilômetros nas bases das cidades fluminenses do Rio de Janeiro (Restinga da Marambaia), Mangaratiba (Itacuruçá) e Duque de Caxias. O veículo também passou por Goiânia (GO), Cachoeira do Sul (RS) e por manobras no Estado do Espírito Santo, atendendo aos Requisitos Operacionais Básicos (ROB) do Exército.

A homologação incluiu rodagens por terrenos arenosos, alagados e com lama, além de manobras de embarque aéreo e marítimo, transporte de pontes, uso de biodiesel em mistura B2 (2% de mistura ao diesel convencional) e até testes de balística, conferindo a resistência da cabine a estilhaçamentos.

Para certificar a resistência do conjunto motor-transmissão, dos eixos e da suspensão, outro protótipo passou por quatro edições do Rally Internacional dos Sertões, cada uma com cerca de 5.500 quilômetros de estradas sem pavimentação e trilhas em condições extremas. [www.man-la.com].