Presidente do BNDES destaca avanços na economia fluminense

E fala sobre os desafios do crescimento sustentado no país.

Em palestra realizada pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, durante o Rio Investors Day, o crescimento sustentado de alguns setores puxou o tom do discurso. Para o executivo, o Brasil é uma economia de oportunidades, de mercado interno forte, resultado de um processo virtuoso de ascensão social e de geração de emprego, com economia capaz de gerar grande quantidade de investimentos.

Algumas áreas foram destacadas como fundamentais para sustentar o crescimento econômico. Entre elas, o setor de óleo e gás, energia e infraestrutura. Os sistemas de logística, segundo Coutinho, receberão forte prioridade. “Mas há outras áreas promissoras. É o caso de construção, que vem crescendo fortemente, com os ativos imobiliários com grande potencial de expansão”, afirma o executivo, ressaltando que o Rio de Janeiro tem um papel privilegiado, com espaço importante de investimento.

O presidente do BNDES apresentou algumas projeções de crescimento, apontando o mercado interno com força propulsora importante. “Um desafio é buscar ganho de produtividade, consistente, numa escala mais firme, com renda de trabalho e crédito pra crescer sustentado”, pondera. Além disso, ressaltou a melhoria da renda do Nordeste, por exemplo. A região tem apresentado crescimento da renda das pessoas acompanhando melhor desempenho de escolaridade. Coutinho lembrou que esse é um quadro que a presidente trouxe à discussão com uma prioridade do governo no desafio de reduzir a pobreza extrema, com inclusão social.

Ainda em relação aos investimentos, o executivo disse que o BNDES enxerga dentro do portfólio de consultas e perspectiva perto de 23% do PIB. Toda essa expansão puxada pela cadeia de petróleo e gás, infraestrutura, energia e novos projetos de logística. “A cadeia produtiva de petróleo e gás é relevante para ser desenvolvida em função da grande escala de investimento da Petrobras e outras empresas com o objetivo de capturar uma parcela importante desses investimentos na forma de uma cadeia doméstica de engenharia onde o Rio de Janeiro tem uma posição privilegiada”, afirma o presidente do banco de fomento, destacando a importância dos centros de pesquisa e desenvolvimento no entorno do Rio e a vinda de centros de pesquisa de grandes empresas internacionais para o Brasil.

Sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente da instituição ressaltou o esforço em investimentos nas áreas de saneamento e habitação. A agenda de infraestrutura e de energia representa outra grande oportunidade para país com muitos projetos importantes.

Fechando a discurso, Coutinho falou do desafio de despoluição da Baia de Guanabara como um grande legado que os Jogos Olímpicos deixarão para o Rio de Janeiro. “Temos muitos desafios pela frente, mas sabemos quais são. O Brasil precisa voltar a pensar em projetos de 20 e 30 anos à frente, em um planejamento de longo prazo”, concluiu Luciano, inserindo a sustentabilidade como um dos eixos do desenvolvimento, criando um quadro no qual os investidores têm uma perspectiva previsível com resultados palpáveis e onde o Rio de Janeiro está situado.