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02/06/2011 - 09:01

Rio 2016: projeto que forma cidadãos e revela talentos


Quase 200 mil pessoas praticam atividades esportivas em 650 núcleos espalhados pelo estado. Metade das 32 modalidades é olímpica.

O Governo do Estado ajuda a formar cidadãos através de um dos projetos esportivos de grande dimensão social, o Rio 2016, da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj), da Secretaria de Esporte e Lazer. Mas, além de cidadania, ele vem revelando cada vez mais talentos para o esporte nacional. São 32 modalidades sendo praticadas por mais de 190 mil pessoas em 650 núcleos em todo o estado. E, nos últimos anos, com um enfoque cada vez maior nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) com a massificação da prática esportiva nessas localidades antes dominadas por bandidos.

Marlon Gravino Monteiro de Oliveira, 16 anos, nascido e criado no Morro da Providência, Zona Portuária do Rio, é um exemplo bem sucedido dos propósitos do projeto. Graças à oportunidade de praticar esporte no núcleo do Rio 2016 da UPP da Providência, o adolescente descobriu o seu talento para o caratê. Marlon, em pouco mais de um ano de prática, já participa de competições de alto nível e ganhou medalhas nas disputas oficiais estaduais e nacionais nas modalidades de kumite e kata. No último Brasileiro da categoria júnior, ficou em terceiro lugar nas lutas que disputou.

– Meu sonho é ser campeão mundial na categoria adulta e, como também luto jiu-jítsu, pretendo entrar um dia para o mundo do vale tudo (Mixed Martial Arts ou Full Contact, que tanto sucesso faz hoje em dia) – sonha o garoto.

Quem se destaca nos núcleos do Rio 2016 pode ganhar uma ajuda de custo da Suderj para desenvolver sua aptidão, através do programa Bolsa Atleta. Segundo a secretária de Esporte e Lazer, Marcia Lins, até agora muitos dos 176 atletas contemplados com o benefício saíram dos núcleos do Rio 2016.

– O programa tem uma grande dimensão de base social que atende a população através da prática esportiva, mas comunicando-se com a educação, a saúde, o meio ambiente e a assistência social. Mas, ao mesmo tempo, ali vai se fazendo uma peneira, através de avaliações técnicas, e retirando deste grande bolo atletas com potencial em sua modalidade – conceituou a secretária.

Entre as 32 modalidades oferecidas, 16 são esportes olímpicos- O projeto começou em 2007 com somente 50 núcleos. A maioria dos praticantes é de crianças e jovens. Pouco mais de 32 mil pessoas são de pessoas com idade acima de 55 anos, e a maior parte mulheres. Dos 650 núcleos, 467 ficam na Região Metropolitana, sendo que 307 apenas na capital e, entre esses, 31 nas 17 UPPs. Os núcleos são criados a partir de solicitações de prefeituras, de associações de moradores e de organizações não governamentais, entre outras instituições. A instalação ou não do núcleo depende da avaliação de técnicos da Suderj, depois de analisar as condições e potencialidades do lugar.

– Muitas vezes, há pedido para abertura de um núcleo quando existe outro situado próximo, desconhecido ou não por quem pediu, com capacidade para absorver a demanda. Fazemos, então, a integração dela ao núcleo existente – afirmou o presidente da Suderj, Everardo Cândido da Silva.

Um núcleo tem até três professores de Educação Física, responsáveis pelas oficinas, aulas e orientação técnica dos praticantes, e um administrador, que toma conta do lugar e do material esportivo correspondente, contratados pela Suderj, além do integrador. Esta estrutura tem capacidade para atender até um pouco mais de 500 praticantes, ficando a média em torno de 300. O custeio médio de cada núcleo, pago pelo Governo do Estado, é de pouco mais de R$ 5 mil por mês.

Por orientação do Governo do Estado, o projeto mudou de foco, desde o ano passado, ao enfatizar práticas esportivas de alguma forma ligada às Olimpíadas de 2016. O então Suderj em Forma agora chamado Rio 2016 tem 16 esportes olímpicos das 32 modalidades praticadas nos núcleos.

– O importante é fazer com que as crianças e jovens se interessem mais por Olimpíadas, não apenas pela competição em si, mas por tudo que envolve o olimpismo – argumentou o presidente da Suderj.

Os talentos com potencial de alta competitividade descobertos serão encaminhados para centros de formação de atletas ligados às entidades esportivas do país que preparam competidores para os Jogos do Rio. O mesmo se aplica às atividades não olímpicas.| Guedes de Freitas/Secom.

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