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02/06/2011 - 09:13

Cenário brasileiro para o mercado do Luxo está entre os mais promissores do mundo

Quinta edição da pesquisa realizada em parceria pela GfK Brasil e MCF Consultoria aponta resultados alcançados pelo setor em 2010 e perspectivas para 2011.

São Paulo – O mercado do Luxo brasileiro segue em expansão e vislumbra um cenário bastante positivo para 2011. A projeção de crescimento para este ano é de 33%. Com faturamento de US$ 8,94 bilhões (15,73 bilhões de reais) em 2010, o setor cravou alta de 28% em relação a 2009. Os resultados fazem parte do estudo “O mercado do Luxo no Brasil – ano V”, iniciativa conjunta da GfK Brasil e MCF Consultoria & Conhecimento.

A pesquisa mensura o tamanho do mercado do Luxo brasileiro, avalia o desempenho e as perspectivas do setor e procura conhecer o montante dos investimentos feitos desde 2006. A quinta edição da pesquisa foi realizada entre abril e maio de 2011, contando com a participação de 79 empresas do segmento de Luxo, de um universo identificado e apontado pela MCF de 230 empresas operantes no Brasil.

Um setor bastante promissor-O cenário brasileiro para o mercado do Luxo está entre os mais promissores do mundo. O bom momento econômico pelo qual o País passa nos últimos anos tem refletido diretamente no fortalecimento do setor que, de 2006 a 2010, registrou um aumento de 129% em dólares e 87% em reais, montante que tem sido revertido em constantes investimentos.

No ano passado, as empresas investiram o equivalente a 21% do seu faturamento, com os valores saltando de U$ 1,24 bilhão em 2009, para US$ 1,89 bilhão em 2010. Para este ano, com a otimista projeção de crescimento do setor, a expectativa de investimentos é da ordem de U$ 2,57 bilhões.

Entre esses investimentos, aparece com destaque o uso das redes sociais. Mais de 60% das empresas afirmam utilizar as redes para fazer divulgações. O Facebook se destaca como a mídia preferida, citado por 98% das empresas que usam mídias sociais, seguido pelo Twitter, usado por 71% delas.

A pesquisa constatou ainda que tem sido dedicada importante atenção à profissionalização do quadro de pessoal, mostrando que a necessidade de treinamento e capacitação de mão de obra parece ter sido assimilada pelas empresas.

O aumento do salário médio de funcionários em 2010, que subiu para R$ 4.080,00 ante os R$ 2.762,00 de 2009, refletiu a necessidade de atrair vendedores mais qualificados a partir do retorno financeiro. No entanto, há ainda uma diferenciação bastante alta entre quem trabalha em empresa brasileira, cuja média salarial é de R$ 3.231,00 e em estrangeira, de R$ 5.083,00.

“O público do Luxo é bastante exigente, quer atendimento personalizado e diferenciado. As últimas pesquisas reforçavam a importância de vendedores qualificados. Os resultados desta edição, então, mostram que as empresas estão valorizando a capacitação e o aperfeiçoamento do seu quadro de funcionários para acabar com esse gargalo”, destaca Paulo Carramenha, Diretor Presidente da GfK Brasil.

Para Carlos Ferreirinha, presidente da MCF Consultoria & Conhecimento, o atendimento é um dos principais valores reconhecido pelo consumidor do mercado do Luxo. “Nada mais propício, então, do que as empresas reconhecerem essa necessidade de motivar os vendedores a se ajustarem à capacitação profissional de suas equipes de atendimento para garantir um relacionamento diferenciado com seus clientes”, analisa.

Luxo em expansão pelo Brasil - A pesquisa destaca ainda que 67% das empresas entrevistadas consideram como principal obstáculo para o crescimento da marca a tributação elevada no Brasil, número que cresce para 73% entre empresas estrangeiras.

E revela também que as empresas têm intenção de expandir suas marcas para fora do eixo Rio-São Paulo. A cidade de Belo Horizonte (MG) é uma das que despontam na rota de investimento das empresas, apontada por 34% em 2010, alta de cinco pontos percentuais em relação a 2009 (29%).

Sem considerar São Paulo e Rio de Janeiro, Belo Horizonte é também classificada como uma das cidades mais promissoras para o mercado do Luxo, embora Brasília (42%) continue liderando o ranking. Em 2009, BH foi indicada por apenas 4% das empresas, número que saltou para 19% no ano passado. Curitiba também aparece na lista das cidades promissoras, pulando de 7% para 13%.

Compõem ainda a lista de cidades mais promissoras para a expansão do mercado do Luxo: Salvador (4%) e Recife (3%). De acordo com os executivos, o aumento de unidades de lojas será pulverizado entre São Paulo (+66%), Rio de Janeiro (+44%), Brasília (+37%) e Belo Horizonte (+34%), além de Curitiba e Porto Alegre (22% cada), que se mostram como nichos providenciais para o mercado do Luxo.

“Há uma grande potencial de crescimento para o mercado do Luxo no Brasil. Esta é uma tendência que se confirma nos resultados que a pesquisa tem apontado nesses últimos cinco anos, sendo que este ano o destaque é a cidade de Belo Horizonte como o principal destino de expansão das marcas”, completa.

Mesmo com a perspectiva de aumento dos investimentos com intenção de abertura de novas lojas, a crise financeira mundial, que teve seu ápice em 2009, ainda é considerada uma ameaça pelos dirigentes do setor, embora em níveis mais baixos. Na pesquisa de 2009, a crise era motivo de preocupação para 74% das empresas, no ano passado o índice caiu para 70%. As empresas estrangeiras, no entanto, são as mais otimistas em relação a esse aspecto.

“O Brasil é um país muito bem visto para os negócios pelas empresas estrangeiras. Como a crise não chegou a atingir o País de forma tão intensa, é natural que as multinacionais estejam mais confiantes em relação à crise econômica que atingiu principalmente os países considerados de Primeiro Mundo”, avalia o Diretor Presidente da GfK.

Retomada do setor-A quinta edição do estudo realizado pela GfK e MCF mostra uma recuperação em relação ao valor do tíquete médio gasto pelos clientes do Luxo. Ao comparar os anos de 2009 e 2010, verifica-se uma alta bastante expressiva, com os valores passando de R$ 2.726 em 2009, para R$ 4.710 no ano passado.

Para Ferreirinha, isso sinaliza uma recuperação do mercado, que teve um crescimento abaixo do esperado em 2009. “A previsão para 2010 era de 22% de crescimento e foi superada pelo setor, atingindo 28%, o que garantiu a recuperação da atividade em patamares de resultados no mesmo nível que antes de 2008”, destaca.

No entanto, de acordo com Paulo Carramenha, da GfK, para ampliar sua atuação e manter a tendência de crescimento, as empresas precisam direcionar suas estratégias para alguns determinados públicos, como a Terceira Idade e os mais jovens.

“A maior longevidade do brasileiro e a melhoria de condições financeiras da população mais velha elevam em muito sua capacidade de consumo. Outro público a ser considerado é o de clientes mais jovens, que ainda é pouco explorado pelo setor. A estratégia para atingi-los deve ser baseada em ambiente virtual e a expansão de investimentos em mídias digitais – por exemplo: redes sociais e sites de relacionamento”, analisa Carramenha.

Democratização do Luxo-Embora estima-se que o mercado do Luxo esteja restrito a apenas 2,5% da população, o que representam cerca de 4,8 milhões de pessoas, os empresários do setor parecem mais adeptos à democratização do acesso às marcas e defendem que para ser de Luxo uma marca não precisa ser exclusiva e de difícil acesso.

Das empresas entrevistadas, 44% concordam que o Luxo não precisa mais ser exclusivo e 71% acreditam que a tendência atual do Luxo no Brasil é a democratização do acesso, mesmo que, para alguns, exista a necessidade de se criar novas marcas ou submarcas. Ainda, de acordo com o estudo, 46% dos dirigentes de empresas do setor do Luxo acreditam que para se expandir no Brasil devem tornar acessíveis produtos e serviços às classes aspiracionais.

“O mais interessante é que 70% discordam que uma marca só será de Luxo se for exclusiva, de difícil acesso e restrita, confirmando um dilema vivido pelas marcas no sentido de ampliar a sua participação. Atingir a classe média alta seria uma possibilidade enorme de crescimento para as marcas em um curto espaço de tempo”, avalia Carramenha.

Benchmarks-Para o setor, a marca considerada benchmark nacional é a H. Stern, apontada por 18% das empresas em 2010, enquanto em 2009 o índice era de apenas 9%. Em seguida estão Fasano, 10%, e Osklen, 8%. Já o benchmark internacional, mesmo sofrendo uma queda de quatro pontos percentuais comparativamente a 2009, é a Louis Vuitton, citada por 14% das empresas.

Perfil da GfK- Criado há mais de 75 anos na Alemanha, o Grupo GfK é a 4ª maior empresa de pesquisa de mercado do mundo. Com 115 subsidiárias, está presente em mais de 100 países nos cinco continentes, gerando mais de 10 mil empregos diretos. No Brasil é a 4ª maior empresa de pesquisa, com 23 anos de atuação no mercado.

Principal escritório do grupo na America Latina, a GfK Brasil auxilia o processo de decisão de clientes de diversos segmentos (Bens de Consumo e Duráveis, Automotivo, Healthcare, Financeiro, Telecomunicações, Varejo, entre outros), fornecendo informações estratégicas para as mais variadas questões de negócios, como: inovação e desenvolvimento de produtos, posicionamento de marca e avaliação de campanhas, satisfação e lealdade de clientes, avaliação de qualidade de atendimento, cenário competitivo no ponto de venda, clínicas de automóveis, através de metodologias qualitativas e quantitativas.

Entre seus clientes estão, Unilever, Ambev, Schincariol, Coca-Cola, Pernod Ricard, Nestlé, Kraft, L`Oreal, Avon, Nívea, Colgate, SCJohnson, Mattel, Whirlpool (Brastemp), Vivo, TIM, Claro, Motorola, Nextel, Grupo Santander, HSBC, Bradesco, Itaú Unibanco, Mapfre, Leroy Merlin, Editora Abril, Roche, Boheringer, Nycomed, Wyeth, Novartis, GM, Volkswagen, Ford e Nissan. [www.gfkcr.com.br].

MCF Consultoria & Conhecimento -Fundada desde 2001, a MCF Consultoria & Conhecimento presta consultoria e assessoria no desenvolvimento de negócios que seguem as premissas da excelência, do Luxo e do Premium. A empresa está focada no desenvolvimento de estratégias para empresas de diversas áreas de atuação, pautada na orientação, capacitação e posicionamento estratégico, sendo especializada no gerenciamento dos atributos e características intangíveis dos negócios.

Focada no ensinamento, tradução e aplicação dos atributos, características e premissas da Gestão do Luxo e Premium. Pioneira, líder e formadora de opinião nesta competência no Brasil e América Latina e com atuação além dos referidos mercados, em Angola, Portugal e Inglaterra. Organizadora do ATUALUXO – principal e maior Conferência sobre o Negócio do Luxo nas Américas.

Alguns clientes referenciais: Bentley, Stella McCartney, Telefônica, Iguatemi, Burberry, Shopping Leblon, Shopping Cidade Jardim, Tania Bulhões Perfumes, Diesel, Audi, Trousseau, Lincx, Amil, Chevrolet, Banco do Brasil, Natura, Mastercard Black, Multimarcas de varejo especiais AVEC, AMMIRATI e KER, Safilo, dentre outros.

Carlos Ferreirinha é consultor de Luxo e presidente da MCF Consultoria e Conhecimento, considerado um dos principais formadores de opinião sobre o Luxo e um dos mais requisitados palestrantes sobre o tema. Está há mais de 15 anos nas áreas de gerenciamento de operações, desenvolvimento de negócios, marketing, vendas e comunicação. Foi presidente da Louis Vuitton Brasil e embaixador de marketing internacional da EDS - Electronic Data Systems (Dallas/Texas). [www.mcfconsultoria.com.br].

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