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07/06/2011 - 11:47

Como armazenar cimento?

Saiba dicas e cuidados necessários na hora da armazenagem.

O cimento é um produto perecível. Por isso, é preciso estar atento aos cuidados necessários durante seu transporte e seu armazenamento. O objetivo é a conservação de suas propriedades, pelo maior tempo possível, no depósito ou no canteiro de obras. Por esse motivo, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) preparou algumas dicas sobre o tema.

Durante o transporte, os sacos devem estar protegidos por meio de lonas de cobertura e bem acondicionados para evitar rasgos. Mas é na armazenagem que a atenção deve ser redobrada. “A estocagem correta do produto é fundamental não só para impedir perdas de material, mas, principalmente, para evitar alterações nas características e nas propriedades do produto (pega e perda de resistência), o que pode afetar as estruturas da obra e ocasionar acidentes”, afirma o técnico responsável pelos laboratórios da ABCP Arnaldo Battagin.

O cimento é embalado em sacos de papel kraft de múltiplas folhas. Trata-se de uma embalagem usada no mundo inteiro, sendo adequada ao transporte e à aplicação rápida. O saco de papel é o único material que permite o preenchimento com o produto ainda bastante aquecido por ensacadeiras automáticas, imprescindíveis ao atendimento do fluxo de produção (ao contrário de outros tipos de embalagem já testados, como a de plástico).

Mas o saco de papel, apesar de todo o cuidado e adequação da embalagem, não impede a ação direta da água. “Se o cimento entrar em contato com a água durante o transporte inadequado, sem proteção da chuva, por exemplo, ou durante a estocagem, ele vai empedrar ou endurecer antes do tempo, inviabilizando sua utilização na obra, fábricas de pré-moldados e artefatos de cimento etc”, explica Battagin.

A água é a maior aliada do cimento na hora de elaborar argamassas e concretos, e depois da obra pronta por ocasião das operações de cura. Mas é sua maior inimiga antes da aplicação. Portanto, é preciso evitar a todo custo que o cimento estocado entre em contato com a água. A água não vem só da chuva, de uma torneira ou de um vazamento. Ela existe também sob forma de umidade no ar, na terra, no chão e nas paredes.

Por esse motivo, o cimento deve ser estocado em local seco, coberto e fechado, bem como afastado do chão, do piso e das paredes externas ou úmidas. Também longe de tanques, torneiras e encanamentos ou pelo menos separado deles.

Dica - Recomenda-se iniciar a pilha de cimento sobre um tablado de madeira, montando-a, pelo menos, a 30 cm do piso, e não formar pilhas maiores do que dez sacos. Quanto maior a pilha, maior o peso sobre os primeiros sacos. Isso faz com que seus grãos sejam de tal forma comprimidos que o cimento contido nesses sacos fique quase endurecido. Neste caso, será necessário afofá-lo de novo antes do uso, o que pode acabar levando ao rompimento do saco e à perda de boa parte do material. A pilha recomendada de dez sacos também facilita a contagem, na hora da entrega, no controle dos estoques ou na aplicação final, além de estar prescrita nas normas da Associação Brasileira de Norma Técnicas (ABNT).

É recomendável utilizar primeiro o cimento estocado há mais tempo, o que evita que um lote fique guardado por tempo excessivo. O cimento bem estocado é próprio para uso por três meses, no máximo, a partir da sua data de fabricação. Toda sacaria estampa a data de fabricação, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.

Nas regiões de clima frio, a temperatura ambiente pode ser tão baixa que ocasionará um retardamento do início de pega. Para que isso não ocorra, convém estocar o cimento em locais protegidos de temperaturas abaixo de 12°c.

Fabricação - A fabricação do cimento processa-se rapidamente. O clinquer de cimento Portland sai do forno a cerca de 80°c, indo diretamente à moagem, ao ensacamento e à expedição, podendo, portanto, chegar à obra ou ao depósito com temperatura de até 60°c. Não é recomendável usar o cimento quente, pois isso poderá afetar a argamassa ou o concreto com ele confeccionado. Deve-se deixá-lo descansar até atingir a temperatura ambiente e, para isso, recomenda-se estocá-lo em pilhas menores, de até cinco sacos, deixando um espaço entre elas para favorecer a circulação de ar. Isso fará com que eles sejam resfriados mais rapidamente.

Cimento comprometido - Tomados todos os cuidados na estocagem adequada do cimento para alongar ao máximo sua vida útil, ainda assim, alguns sacos de cimento podem estragar. Às vezes, o empedramento é apenas superficial. Se esses sacos forem tombados sobre uma superfície dura e voltarem a se afofar, ou se for possível esfarelar os torrões neles contidos entre os dedos, o cimento desses sacos ainda poderá ser usado normalmente. Caso contrário, ainda é possível tentar aproveitar parte do cimento peneirando-o. O pó que passa numa peneira de malha de 5 mm (peneira de feijão) pode ser utilizado em aplicações de menor responsabilidade, tais como pisos, contrapisos e calçadas. Mas não deve ser utilizado em peças estruturais, já que sua resistência pode ter ficado comprometida.

Perfil-A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) é uma entidade sem fins lucrativos, mantida pela indústria brasileira do cimento, que há mais de 70 anos promove estudos sobre o cimento e suas aplicações. Reconhecida nacional e internacionalmente como centro de referência em pesquisas da construção, a ABCP também atua no desenvolvimento de tecnologias sobre o concreto e mantém uma equipe de profissionais graduados à disposição do mercado, para treinamentos, consultoria e suporte a grandes obras da engenharia brasileira. Tudo isso para garantir a qualidade e as boas práticas do produto que representa. [www.abcp.org.br].

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