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09/08/2007 - 10:50

Braskem cresce 64% e alcança R$ 921 milhões no segundo trimestre de 2007


Lucro líquido atinge R$ 281 milhões no mesmo período

São Paulo - A BRASKEM S.A. (BOVESPA: BRKM3, BRKM5 e BRKM6; NYSE: BAK; LATIBEX: XBRK), líder em resinas termoplásticas na América Latina e a segunda maior companhia industrial privada de capital nacional, divulga hoje o resultado do 2º trimestre de 2007 (2T07).

Com a aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga pela Braskem e Petrobras, na proporção de 60/40, respectivamente, a Braskem assumiu a gestão desses ativos a partir de 18 de abril de 2007. Dessa forma, esse release se baseia em informações e comentários do resultado consolidado. Esse resultado inclui 100% dos resultados da Ipiranga Química, da Ipiranga Petroquímica, da Copesul, com a respectiva eliminação das participações de minoritários em todas essas empresas, bem como a consolidação proporcional, de acordo com a instrução CVM 247, das participações na Petroflex Indústria e Comércio S/A e na Cetrel S.A. - Empresa de Proteção Ambiental.

Os períodos de comparação, quais sejam 2T06, 1T07, 1S06 e 1S07 estão em bases pro forma, como se a referida aquisição, e seus efeitos na consolidação, tivessem ocorrido em 01 de janeiro de 2006. Os dados utilizados para a elaboração das informações financeiras pro forma são provenientes das informações trimestrais revisadas por auditores externos independentes. Em 30 de junho de 2007, a taxa de câmbio Real/Dólar era de R$ 1,9262 /US$ 1,00.

Principais destaques: Receita Bruta alcança R$ 23 bilhões e receita líquida ultrapassa R$ 18 bilhões nos últimos doze meses: A receita líquida consolidada da Braskem no 2T07 foi de R$ 5,0 bilhões, representando um crescimento de 23% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento de 9% no volume total vendido de resinas combinado com os melhores preços praticados nas resinas e em aromáticos (BTX – benzeno, tolueno, paraxileno e ortoxileno) foram os fatores que mais contribuíram para esse desempenho. Essa receita inclui R$ 444 milhões em revenda de condensado pela Copesul.

Considerando-se os últimos doze meses, a receita líquida consolidada da Braskem atingiu R$ 18,3 bilhões, ou US$ 8,7 bilhões. Desconsiderando-se as receitas com revenda de condensado da Copesul, este montante foi de R$ 17,5 bilhões, ou US$ 8,4 bilhões.

Nos últimos 5 anos, a receita líquida da Braskem, quando expressa em dólares, teve um expressivo crescimento médio de 34% ao ano.

EBITDA alcança R$ 3,5 bilhões nos últimos doze meses, com margem de 19%: O EBITDA consolidado da Braskem no 2T07 foi de R$ 921 milhões, o que representa um crescimento de 64% em relação ao mesmo período do ano passado. A melhor performance operacional evidenciada por maiores taxas de utilização de capacidade, maiores volumes vendidos, especialmente no mercado interno, e pela maior rentabilidade na comercialização dos nossos produtos foram os principais fatores para a melhoria do desempenho. O resultado do 2T07, foi ainda positivamente impactado por receita operacional não-recorrente, no valor de R$ 111 milhões, derivada de reversão de provisão de PIS/Cofins.

A margem EBITDA da Braskem foi de 18,5% no 2T07, superior àquela obtida no mesmo período do ano passado, quando foi de 13,9% e ligeiramente inferior à margem de 19,3% observada no trimestre anterior, em função do mpacto de maiores custos com matéria-prima no 2T07.

Nos últimos doze meses, o EBITDA consolidado alcançou R$ 3,5 bilhões, ou US$ 1,7 bilhão. A margem EBITDA é de 19,1%. Excluindo-se os efeitos da revenda de condensado, a margem EBITDA foi de 20%.

Vale ainda destacar o forte crescimento do EBITDA da Braskem desde a sua criação em 2002, consolidando uma taxa composta de crescimento igual a 33% ao ano, considerando-se o EBITDA dos últimos 12 meses para o 2T07, e o EBITDA efetivamente realizado em todos os outros períodos.

Lucro Líquido do semestre sobe 344% e alcança R$ 408 milhões: O lucro líquido da Braskem consolidada foi de R$ 281 milhões no 2T07, o que representou uma reversão do prejuízo de R$ 55 milhões observado no mesmo período do ano passado. O melhor desempenho operacional e financeiro combinado com o impacto positivo de itens não-recorrentes como a reversão da provisão de PIS/COFINS já mencionada e o reconhecimento de receita de imposto de renda diferido ativo pela dedutibilidade do ágio decorrente da incorporação da Politeno, com impacto de R$ 86 milhões, foram os principais fatores relacionados a essa melhoria de resultado.

O lucro líquido da Braskem no 1S07 foi de R$ 408 milhões, significativamente superior ao lucro líquido observado no mesmo período do ano passado, quando foi de R$ 92 milhões.

Braskem produz o primeiro polietileno verde do mundo: Em 21 de junho de 2007, a Braskem anunciou a certificação mundial do primeiro polietileno a partir do etanol de cana de açúcar, utilizando tecnologia desenvolvida no Centro de Tecnologia e Inovação da empresa. A certificação foi feita por um dos principais laboratórios internacionais, o Beta Analytic, atestando que o produto contém 100% de matéria-prima renovável. O polímero verde da Braskem – polietileno de alta densidade, uma das resinas mais utilizadas em embalagens para indústria alimentícia – é resultado de um projeto de pesquisa e desenvolvimento que já recebeu cerca de US$ 5 milhões em investimentos. Parte desse montante foi destinada à implantação de uma unidade-piloto para produção de eteno a partir de matérias-primas renováveis que já está produzindo quantidades suficientes para o desenvolvimento comercial do produto. Os clientes-alvo do projeto, que atuam nos setores automobilístico, de cosméticos e de alimentação, receberão em breve amostras do polietileno verde. Como este produto possui as mesmas características de processabilidade e aplicação do polietileno que já é produzido pela Braskem, as empresas de manufaturas plásticas não precisarão realizar qualquer novo investimento em suas fábricas para usar o polietileno verde.

A Braskem estima iniciar a produção e comercialização de polietileno a partir do etanol ao final de 2009. 1.5 Odebrecht converte debêntures em ações da Braskem e Bndespar permuta debêntures da Odebrecht por parcela das ações convertidas: Em 19 de junho último, a Odebrecht decidiu pela conversão em ações da Braskem da totalidade das 59.185 debêntures da Braskem por ela detidas. A conversão foi efetuada em 31 de julho de 2007. O saldo das debêntures era de R$ 1,2 bilhão e o valor de conversão foi de R$ 14,37 por ação. Como resultado dessa conversão, em 31 de julho de 2007, foram emitidas 77,5 milhões de ações da Braskem, das quais 25,8 milhões de ações ordinárias e 51,7 milhões de ações preferenciais classe “A”. Também em 31 de julho, o BNDES Participações S.A. (Bndespar) permutou as 15.144 debêntures emitidas pela Odebrecht, e por ela detidas, em ações preferenciais classe A da Braskem de propriedade da Odebrecht. Com esses dois movimentos, a nova estrutura de capital social da Braskem é de 449,4 milhões ações, sendo 149,8 milhões de ações ordinárias, 298,8 milhões de ações preferenciais classe “A” e 0,8 milhão de ações preferenciais classe “B”, sendo que a participação do Bndespar no capital total da Braskem passou de 3,7% para 7,4% e a participação da Odebrecht passou de 38,1% para 44,4%.

As ações em circulação (“float”) da Braskem, em 31 de julho de 2007, passaram de 49% para 44,9%. A Administração da Braskem considera que essa decisão demonstra a confiança da Odebrecht e do BNDES no setor petroquímico brasileiro e em especial no potencial de criação de valor da Braskem.

Oferta Pública de Ações e Fechamento de Capital da Copesul: No dia 21 de maio de 2007 a CVM manifestou entendimento de que não é necessária a realização de oferta pública de aquisição de ações de emissão da Copesul (“OPA”) pela alienação de controle, já que a operação resulta apenas na consolidação do controle nas mãos do controlador Braskem, que já o exercia, ainda que em conjunto, e principalmente em condições igualitárias com outra sociedade – Ipiranga Petroquímica S.A.

A Braskem prossegue com o processo de fechamento de capital da Copesul e aguarda a liberação da CVM para a publicação do edital da OPA de fechamento de capital.

Concluída a aquisição de 100% da Ipiranga Petroquímica (IPQ): A EDSP67 Participações S.A, cujo capital é 100% detido pela Ipiranga Química, adquiriu, em 25 de junho último, os 7,61% restantes do capital total da IPQ. A aquisição foi efetivada a partir da celebração de contrato de compra das ações detidas pelos acionistas minoritários da IPQ. Com isso, a totalidade de ações da IPQ passou a ser de controle da Braskem, através da Ipiranga Química, o que permitiu a solicitação, já aprovada pela CVM, do fechamento de capital e do cancelamento de registro de companhia aberta.

As ações foram adquiridas por R$118 milhões, valor esse incluído no investimento total já anunciado para a aquisição dos negócios petroquímicos do Grupo Ipiranga.

2. DESEMPENHO OPERACIONAL:

A estratégia operacional da Braskem baseia-se na otimização da utilização de seus ativos através da manutenção de elevadas taxas de utilização de capacidade em todas as unidades industriais sob sua gestão, priorizando a comercialização de produtos de maior valor agregado, em mercados e segmentos mais rentáveis. Como resultado desse esforço, a Companhia tem apresentado patamares crescentes e elevados de confiabilidade operacional com menor volatilidade nas taxas de utilização de capacidade das suas unidades industriais.

No 2T07, considerando-se as plantas da Braskem e da Ipiranga Petroquímica, as plantas de PP operaram a 97%, as plantas de PE a 92%, e PVC apresentou taxa de utilização de capacidade de 88%, devido a uma parada programada para manutenção em abril. A taxa de utilização de capacidade de eteno para Braskem e Copesul foi de 96%, sendo que a Copesul operou a 99%, e a Unidade de Insumos Básicos operou a 93%.

O negócio de Poliolefinas (Braskem e Ipiranga Petroquímica) apresentou volume de produção 2% maior no 2T07 em relação ao 1T07, e 4% superior na comparação entre semestres, evidenciando a melhoria de confiabilidade e produtividade em nossas plantas. Cabe destacar o crescimento de 8% no volume de produção do PP, no 1S07 em relação ao 1S06, impulsionado pela melhor produtividade das plantas da Braskem, que passaram de 92% de taxa de utilização no 1S06 para 101% no 1S07.

No negócio de Vinílicos, foi realizada uma parada programada para manutenção na planta de PVC de Alagoas no 2T07. Nesse contexto, a produção de PVC apresentou decréscimo de 2% em relação ao 1T07. Na comparação semestral, observa-se um crescimento importante de produção, igual a 10%, resultado da melhoria de produtividade das unidades industriais e do impacto da realização de parada programada de 14 dias na unidade de Camaçari no 2T06.

No 2T07, o negócio de Insumos Básicos (Braskem e Copesul) apresentou produção estável na comparação com o 1T07 e aumentos na comparação semestral e em relação ao 2T06. Esse melhor desempenho é conseqüência (i) da excelente operabilidade das plantas da Copesul; (ii) da maior confiabilidade operacional da unidade da Insumos Básicos em Camaçari desde a mini-parada programada para manutenção em dezembro de 2006, e (iii) do maior consumo de eteno pelas unidades da Braskem de 2ª geração (produtoras de resinas termoplásticas) no Pólo de Camaçari, na Bahia. O volume produzido de 5 aromáticos (BTX) foi 12% menor na comparação do 2T07 com o trimestre anterior devido à parada programada na planta de reforma, em Camaçari, que afetou a produção de paraxileno.

Desde a aquisição da Politeno em abril de 2006 e mais recentemente com a consolidação dos ativos da Copesul, as operações da Braskem passaram a apresentar total integração entre a 2ª geração (resinas termoplásticas) e a 1ª geração (petroquímicos básicos). Além de produzir 100% de suas resinas termoplásticas a partir de eteno e propeno fabricados internamente, a Braskem ainda atende o mercado brasileiro de eteno e propeno, vendendo diretamente para seus clientes cerca de 20% do eteno que produz no sul e no nordeste e mais de metade do propeno que produz no nordeste. Essa integração tem possibilitado uma maior confiabilidade das operações e, conseqüentemente, melhor rentabilidade dos produtos.

Performance comercial: A demanda por resinas termoplásticas (PE, PP e PVC) no mercado brasileiro mantém-se aquecida desde o início do ano, sustentada pelo crescimento da economia – o PIB da indústria cresceu 4,8% no 1S07 - e pelo aumento da renda per capita disponível. Nesse contexto, o mercado brasileiro de resinas cresceu 6% no 1S07 em comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para o crescimento dos mercados de PP, com 8% e PVC, com 10%, impulsionados pelos setores de construção civil, automotivo e do agronegócio, entre outros. Nesse mesmo período, o mercado de PE cresceu 3%.

No acumulado semestral, as vendas totais de resinas termoplásticas da Braskem Consolidada apresentaram um crescimento de 7%, tendo atingido 1,4 milhão de toneladas, com destaque para o crescimento de 10% das vendas do PVC no mercado interno e de 28% das exportações. O volume total de vendas (mercado interno + exportações) de resinas termoplásticas da Braskem Consolidada alcançou 739 mil toneladas no 2T07, o que representa um aumento de 9% em relação às 677 mil toneladas comercializadas no 1T07. Esse resultado positivo deve-se principalmente ao aumento de 9% no volume de vendas no mercado doméstico, o que superou o crescimento do mercado brasileiro, que foi de 6%. Dessa forma, a participação de mercado consolidada da Braskem passou de 50% no 1T07 para 51% no 2T07. No mesmo período de comparação, as exportações subiram 10% e alcançaram 226 mil toneladas.

Na comparação do 2T07 com o 2T06, o volume total de resinas também cresceu 9%, com destaque para o crescimento de 17% nas vendas de PVC no mercado doméstico e para o crescimento de 31% de volume nas exportações.

No negócio de Poliolefinas (Braskem e Ipiranga Petroquímica), os volumes vendidos cresceram mais uma vez acima do mercado, quando comparamos o 2T07 com o 1T07. Esse resultado reflete o compromisso da Braskem em privilegiar a rentabilidade na comercialização de seus produtos sem prejudicar sua participação de mercado e o relacionamento com seus clientes no longo prazo. E, nesse contexto, tem direcionado esforços no sentido de aumentar a competitividade da cadeia produtiva dos petroquímicos e plásticos, com o lançamento de novos produtos e desenvolvimento de novos mercados, além do estabelecimento de relacionamento e parcerias de longo prazo com os seus clientes.

Em relação ao 2T06, o mercado brasileiro de PE cresceu 4% e as vendas domésticas da Braskem permaneceram estáveis, já que o mercado de PEAD especificamente neste trimestre cresceu apenas 1%, impactando nosso crescimento em polietilenos. Desse modo, as exportações de PE da Braskem, no mesmo período de comparação, cresceram 12%. Já as vendas domésticas de PP cresceram 2%, enquanto o mercado cresceu 13%, impulsionado por um aumento nas importações – que passaram de 8% para 11% do mercado. Diante desse cenário, o volume exportado aumentou 21 mil toneladas, ou 109%.

No negócio de Vinílicos, as vendas domésticas de PVC cresceram 7% na comparação do 2T07 com o 1T07, com ganho de 3 pontos percentuais em participação de mercado, que foi de 56% no 2T07. O mercado registrou uma queda de 4%, devido principalmente à redução dos estoques em alguns revendedores. As importações também caíram, passando de 23% para 17% do mercado no mesmo período de comparação.

Em relação ao 2T06, as vendas domésticas da Braskem cresceram 16%, enquanto o mercado cresceu 9%, mais uma vez impulsionado pelo melhor desempenho de setores ligados à construção civil e por problemas operacionais no nosso principal concorrente.

No negócio de Insumos Básicos, os volumes vendidos de eteno no 2T07 permaneceram estáveis em relação ao trimestre anterior e apresentaram um aumento de 15% em relação ao 2T06, devido ao maior consumo pelos seus clientes, impulsionado por uma maior estabilidade operacional em suas unidades industriais. O volume vendido de propeno, por sua vez, cresceu 12% em relação ao 1T07 e superou em 18% o volume do 2T06, devido à maior produção no 2T07.

O volume de vendas de aromáticos ficou estável em relação ao 1T07, com destaque para as exportações. As vendas de benzeno corresponderam à maior parte das vendas de aromáticos. Vale destacar que o preço do benzeno cresceu 43% desde o final de 2005, sendo 12% entre o 2T07 e o 1T07, e seu preço deverá continuar acima dos valores históricos, por conta do balanço global entre oferta e demanda.

Desempenho econômico-financeiro: Receita Líquida - A receita líquida consolidada da Braskem no 2T07 foi de R$ 5,0 bilhões, representando um crescimento de 23% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento de 9% no volume total vendido de 7 resinas combinado com os melhores preços praticados nas resinas e em aromáticos foram os fatores que mais contribuíram para esse desempenho. Esses fatores foram parcialmente compensados por uma apreciação média do real de 9% entre os períodos, já que os preços são referenciados no mercado internacional, onde são cotados em US$/t.

O montante de R$ 5,0 bilhões de receita líquida inclui R$ 444 milhões de revenda de condensado entre a Copesul e as refinarias no sul. Essa operação envolve o processamento de condensado pelas refinarias e tem por objetivo a melhoria da produtividade e da competitividade da Copesul, através da redução dos custos com matéria-prima.

Em relação ao 1T07, a receita líquida foi 12% superior, impulsionada pelo crescimento de 9% no volume vendido de resinas termoplásticas, eteno, propeno e aromáticos e pelo aumento nos preços internacionais de PE, PP e PVC. Esses fatores foram parcialmente mitigados por uma apreciação média do real de 6%.

Na comparação semestral, a receita líquida consolidada no 1S07 foi de R$ 9,4 bilhões, com crescimento de 17% em relação ao 1S06. Os principais fatores responsáveis por esse aumento foram o crescimento de 7% nos volumes vendidos de resinas, de 12% no volume de aromáticos e os melhores preços de resinas, eteno, propeno e aromáticos no mercado internacional e seus respectivos reflexos no mercado doméstico.

Exportações - A Braskem tem investido no fortalecimento da sua presença no mercado internacional. Nesse sentido, a Companhia passou a estabelecer relacionamento direto com alguns de seus clientes internacionais desde 2006, através das operações de distribuição na Europa, EUA e Argentina, mercados considerados estratégicos. Esse investimento tem se refletido em melhor precificação para as suas resinas, especialmente PE e PP.

Dentro desse contexto, as exportações consolidadas no 2T07 alcançaram US$ 675 milhões, ou 27% da receita líquida, com crescimento de 33% em relação aos US$ 506 milhões obtidos no 1T07, quando correspondeu a 24% da receita líquida. O maior volume destinado à exportação pela Braskem neste 2T07 em relação ao 1T07 e a recuperação dos preços internacionais são os fatores que contribuíram para esse aumento. O crescimento da receita em relação ao 2T06 foi de 36%. *Nos últimos doze meses as exportações atingiram US$ 2,4 bilhões.

Como conseqüência direta da abertura de operações de distribuição fora do Brasil, a Braskem vem mantendo um elevado percentual de suas exportações para América do Sul e aumentado o percentual exportado para Europa, com acesso direto ao cliente final.

Custo dos Produtos Vendidos (CPV) - Durante o segundo trimestre de 2007, o custo dos produtos vendidos ("CPV") da Braskem consolidada foi de R$ 4,0 bilhões, um aumento de 18% tanto em relação ao CPV registrado no 1T07 como no 2T06. Os aumentos do volume vendido e dos custos de matéria-prima impactaram o CPV e foram parcialmente compensados pelo aumento da produtividade em nossas plantas e pela valorização média do real em 6%, na comparação com o 1T07, e em 9% na comparação com o 2T06.

Na comparação semestral, o CPV do 1S07 foi de R$ 7,5 bilhões, o que representou um aumento de 11% em relação aos R$ 6,7 bilhões registrados no 1S06. O aumento de 9% no volume total vendido e um custo de nafta R$ 125 milhões maior são os principais responsáveis por essa variação.

O preço médio da nafta ARA (Amsterdã – Roterdã – Antuérpia), subiu significativamente no 2T07, tendo alcançado a média de US$ 670/t, o que representou acréscimo, em dólares, de 21% em relação ao 1T07. Esse aumento, e o maior volume consumido, levaram a um custo de nafta R$ 389 milhões (ou 17%) maior no 2T07, em comparação com o 1T07.

Além da nafta, os custos da Companhia vem sendo impactados negativamente, nos últimos 2 anos, pela escassez e irregularidade no fornecimento de gás natural em Camaçari. Essa situação deve ser regularizada a partir do 4T07, com a chegada do gás do Campo de Manati à Camaçari. Só no 1S07, o impacto dos maiores custos de energia pelo uso de óleo combustível em substituição ao gás natural impactaram o resultado da Braskem em R$ 24 milhões.

Durante o 2T07, a Braskem consolidada comprou 2.034 mil toneladas de nafta, das quais 1.259 mil toneladas (62%) foram adquiridas da Petrobras – sua principal fornecedora de matériaprima. O restante, 775 mil toneladas (38%), foi importado diretamente pela Companhia, principalmente do norte da África e da Argentina. A depreciação e amortização incluídos no CPV atingiram R$ 202 milhões no 2T07, montante ligeiramente acima do apurado no trimestre anterior em função do maior volume vendido no 2T07.* Não inclui revenda de condensado pela Copesul e custos da Ipiranga Química

Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (DVGA) - A Braskem está concentrada em manter os seus custos e despesas fixas dentro de parâmetros que garantam a sua competitividade global. Dentro desse contexto, a Companhia iniciou, no 2T07, um programa de redução de custos e despesas fixas com o auxílio de uma firma de consultoria internacional. A fase de mapeamento dos processos já foi concluída e as oportunidades de redução já foram identificadas. A implementação do programa começa já em agosto e os resultados desse programa serão capturados em sua plenitude em 2008.

No 2T07, as despesas de vendas, gerais e administrativas montaram a R$ 333 milhões, com redução de R$11 milhões em relação ao trimestre anterior.

Analisando separadamente cada uma, neste período, as despesas gerais e administrativas consolidadasalcançaram R$ 205 milhões, comparadas a R$ 176 milhões no 1T07. Os efeitos relacionados a essa variaçãosão: (i) uma receita não recorrente no 1T07, no valor de R$ 17 milhões, referente a ajuste de provisão parao desembolso futuro da Braskem no evento da liquidação do plano Petros, que envolve os integrantes da Braskem oriundos da antiga Copene, e (ii) despesa não-recorrente no 2T07, no valor de R$ 10 milhões, referente ao início do processo de integração de Copesul, Ipiranga Química e Ipiranga Petroquímica.

Na comparação com o 2T06, as despesas gerais e administrativas sofreram acréscimo de R$ 31 milhões, principalmente devido a: (i) maiores despesas com pessoal devido a reajuste salarial no último dissídio, no 4T06; (ii) maiores despesas com serviços de auditoria e (iii) despesa não-recorrente referente ao início do processo de integração, conforme explicado acima.

Em relação às despesas de vendas da Braskem consolidada, no 2T07 elas foram de R$ 128 milhões, uma redução de R$ 40 milhões em relação às despesas registradas no 1T07. O principal fator responsável por esse impacto foi uma menor provisão para devedores duvidosos no valor de R$ 35 milhões, sendo R$ 13 milhões de recuperação de créditos neste trimestre comparado a uma despesa de R$ 22 milhões no trimestre anterior.

Na comparação com o 2T06, as despesas de vendas cresceram R$ 16 milhões, principalmente pelo maior volume exportado no 2T07.

EBITDA - O EBITDA consolidado da Braskem no 2T07 foi de R$ 921 milhões, o que representa um crescimento de 64% em relação ao mesmo período do ano passado. A melhor performance operacional evidenciada por maiores taxas de utilização de capacidade, maiores volumes vendidos e pela maior rentabilidade na comercialização dos nossos produtos foram os principais fatores para a melhoria do desempenho. O resultado do 2T07, foi ainda positivamente impactado por receita operacional não-recorrente, no valor de R$ 111 milhões, derivada de reversão de provisão de PIS/Cofins, cuja ação transitou em julgado.

A margem EBITDA da Braskem no 2T07 foi de 18,5%, superior àquela obtida no mesmo período do ano passado, quando foi de 13,9% e ligeiramente inferior à margem de 19,3% observada no trimestre anterior.

Quando expresso em dólares, o EBITDA no 2T07 atingiu o montante de US$ 465 milhões e, descontando-se a receita não-recorrente, o montante é de US$ 409 milhões.

Em relação ao 1T07, o EBITDA da Braskem apresentou um crescimento de 8%, impactado pelos fatores já mencionados acima enquanto que na comparação semestral o EBITDA apresentou um crescimento importante, de 37%, passando de R$ 1,3 bilhão em para R$ 1,8 bilhão.

Participação em Sociedades Controladas e Coligadas - O Resultado consolidado da Braskem com Participações em Sociedades Controladas e Coligadas no 2T07 foi negativo em R$ 22 milhões. Esse valor contempla fundamentalmente as amortizações de ágio dos investimentos em Ipiranga Química, Copesul e Petroflex. A parcela relativa ao investimento nos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga equivale a R$ 14 milhões.

Na comparação com o 1T07, que registrou uma perda de R$ 35 milhões, há uma variação positiva de R$ 13 milhões relacionada, principalmente, à incorporação da Politeno, em abril de 2007, e seu respectivo ágio. A amortização desse ágio deixou de impactar esta rubrica e passou a impactar a linha de despesa com depreciação e amortização.

Resultado Financeiro Líquido - O resultado financeiro líquido da Braskem consolidada no 2T07 foi uma despesa de R$ 59 milhões contra uma despesa de R$ 104 milhões no 1T07, o que representa uma redução de 43%. A apreciação de 6% do real frente ao dólar neste trimestre impactou o resultado financeiro em R$ 271 milhões, comparada a uma apreciação de 4% no 1T07, com impacto no resultado de R$ 190 milhões.

Excluindo-se os efeitos da variação cambial e monetária, o resultado financeiro foi uma despesa de R$ 270 milhões, um acréscimo de 5% se comparada com o resultado do 1T07, que foi de R$ 257 milhões e um acréscimo de 23% em comparação com o mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 220 milhões.

Os principais efeitos na variação do resultado do 2T07 em relação ao 1T07 foram: (i) o aumento de R$ 16 milhões em “Outras despesas financeiras”, decorrentes de despesas com derivativos (hedge), descontos concedidos a clientes por pagamento antecipado e aumento de encargos com fornecedores de matériaprima, e (ii) o aumento de despesas com CPMF/IOF/IR e despesas bancárias no montante de R$ 7 milhões, em função do maior volume de movimentação financeira no período (captações, amortizações, aquisições e matéria-prima). Estes efeitos foram parcialmente compensados pelo aumento do rendimento com aplicações financeiras em R$ 11 milhões (juros).

Em relação ao resultado do 2T06, excluindo-se os efeitos da variação cambial e monetária, o acréscimo foi de R$ 50 milhões que é composto principalmente por: (i) redução do rendimento obtido com aplicações financeiras no valor de R$ 33 milhões devido basicamente à queda nas taxas de juros de mercado e (ii) pelo aumento de Outras despesas financeiras em R$ 36 milhões, decorrentes de despesas com contratos de derivativos (hedge), descontos concedidos a clientes por pagamento antecipado e encargos com 12 fornecedores de matéria-prima. Estes efeitos negativos foram parcialmente compensados pela redução de juros e despesas com vendor no valor de R$ 13 milhões devido à redução do endividamento bruto.

Lucro Líquido - A Braskem registrou no 2T07 um lucro líquido de R$ 281 milhões após a participação de minoritários, o que representou uma reversão do prejuízo de R$ 55 milhões observado no 2T06, principalmente em função do melhor desempenho operacional no 2T07.

O lucro líquido do 2T07 representou um expressivo aumento de R$ 154 milhões em relação ao lucro no 1T07 de R$ 127 milhões. O maior EBITDA, o melhor resultado financeiro e a dedutibilidade do ágio decorrente da incorporação da Politeno de R$ 86 milhões, foram os fatores que mais contribuíram para essa melhoria.

No 1S07, a Braskem apurou lucro líquido de R$ 408 milhões, um crescimento de R$ 316 milhões quando comparado ao lucro de R$ 92 milhões registrados no 1S06. Esse aumento foi impulsionado, principalmente pelo melhor desempenho operacional e financeiro da Companhia em 2007.

Fluxo de Caixa Livre - A geração operacional de caixa (GOC) da Braskem alcançou R$ 754 milhões no 2T07, comparado a R$ 1,1 bilhão no trimestre anterior. Essa variação é explicada principalmente pelo aumento, na GOC do 1T07, de R$ 367 milhões, relativos a transferência para caixa e disponibilidades de recursos antes aplicados em instrumentos sem disponibilidade imediata (acima de 90 dias) e também pelo aumento de prazo com Fornecedores.

Em relação ao 2T06, a geração operacional de caixa foi R$ 324 milhões maior devido principalmente ao melhor desempenho operacional no período. No que diz respeito ao fluxo de caixa livre, o aumento do investimento no 2T07 é fruto da aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga e da compra dos acionistas minoritários de Ipiranga Petroquímica, em abril e junho, respectivamente.

Estrutura de Capital e Liquidez - Em 30 de junho de 2007, a Braskem apresentou dívida bruta 18% menor do que a registrada em 31 de março de 2007. Essa redução é explicada principalmente pela conversão em ações da Braskem de debêntures de sua emissão detidas pela Odebrecht, o que levou a uma redução de R$ 1,2 bilhão no endividamento bruto da Companhia. Além disso, a dívida foi reduzida com a antecipação do pagamento de uma das debêntures de emissão da Braskem, no valor de R$ 150 milhões, bem como pelo efeito da apreciação do real sobre a parcela de dívida denominada em moeda estrangeira, um ganho de aproximadamente R$ 270 milhões. As disponibilidades consolidadas, por sua vez, permaneceram em linha e são de R$ 2,1 bilhões.

Dessa forma, a dívida líquida consolidada da Braskem em 30 de junho foi de R$ 5,2 bilhões, uma redução de R$ 1,6 bilhão em relação aos R$ 6,9 bilhões registrados em 31 de março de 2007. Em dólares, a redução foi de cerca de US$ 600 milhões, devido à apreciação de 6% do real no período.

Sendo assim, a dívida líquida consolidada da Braskem foi de US$ 2,7 bilhões em 30 de junho de 2007. A alavancagem financeira da Companhia, medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA, que era de 2,18 vezes (x) ao final do 1T07 (últimos 12 meses), foi reduzida em 32% ao final do 2T07 (últimos 12 meses), para 1,49 x. Ao longo das próximas etapas do processo de aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga e do fechamento de capital da Copesul, espera-se um retorno da alavancagem financeira da Companhia medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA para uma faixa entre 2,0 e 2,3 x.

Dívida Líquida / EBITDA(últimos doze meses) - O prazo médio do endividamento está em 13 anos, o que garante a adequação do perfil de vencimentos anuais e maior flexibilidade para a gestão eficiente do capital de giro operacional. Ao final de junho de 2007 o endividamento atrelado ao dólar norte-americano cresceu relativamente, já que a dívida em reais foi reduzida pela conversão das debêntures detidas pela Odebrecht. Com isso, esse percentual que era de 52% em 31 de março de 2007, passou para 64% em 30 de junho de 2007.

Investimentos: Dentro do seu compromisso com a disciplina de capital e com a realização de investimentos com retorno acima do seu custo de capital, a Braskem realizou investimentos consolidados no 1S07 que totalizaram R$ 372 milhões (não inclui juros capitalizados no valor de R$ 26 milhões) o que se compara a R$ 337 milhões no 1S06. Esses recursos foram aplicados nas áreas operacionais, de tecnologia, saúde, segurança e meio ambiente, e sistemas de informação (2ª etapa do programa Fórmula Braskem – R$ 32 milhões), tendo beneficiado todas as unidades de negócio da Companhia. Os investimentos aplicados na Braskem controladora representam 84% do total investido no período. Além desses investimentos, a Companhia realizou desembolsos no valor de R$ 88 milhões em paradas programadas para manutenção, em linha com o objetivo de manter suas plantas operando com altos níveis de confiabilidade.

Mercado de capitais: As ações preferenciais classe “A” da Braskem negociadas na BOVESPA (“BRKM5”) encerraram o trimestre cotadas a R$ 17,26 por ação, alta de 13,5% no período, enquanto o Ibovespa apresentou valorização de 18,7%.

Os ADRs da Braskem (BAK) negociados na NYSE fecharam o trimestre cotados a US$ 18,04 por ADR, alta de 22,8% no período, enquanto o Dow Jones Industrial apresentou alta de 8,5%.

As ações XBRK negociadas na Latibex fecharam o trimestre cotadas a € 6,69 por XBRK, alta de 17,2% no período, enquanto o FTSE100 Europa, ficou praticamente estável, com alta de 0,2%.

O volume financeiro médio diário da ação preferencial classe “A” da Braskem na Bovespa (BRKM5) aumentou 7,5%, passando de R$ 26,2 milhões para R$ 28,1 milhões, comparando-se o 1T07 com o 2T07. Na NYSE, o ADR da Braskem (BAK) apresentou um aumento no volume financeiro médio diário de 31,9%, passando de US$ 3,3 milhões no 1T07 para US$ 4,3 milhões no 2T07. Na Latibex, a XBRK apresentou redução no volume financeiro diário de 13,9%, passando de € 80,5 mil no 1T07 para € 69,4 mil no 2T07.

A Bovespa informou em 2 de agosto de 2007 a primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa válida para os meses de setembro a dezembro de 2007, e a Braskem ocupa a 22ª posição em liquidez na Bovespa, com 1,42% de participação no índice.

Perspectivas: Em relação aos fatores que afetam o seu resultado operacional, as expectativas da Braskem apontam para a manutenção de um sólido desempenho econômico mundial para os próximos anos, com crescimento nas principais economias. Esse cenário favorece a indústria petroquímica em função da elasticidade existente entre a demanda por produtos petroquímicos e a taxa de crescimento econômico. As perspectivas são de que as taxas de utilização de capacidade permaneçam em níveis elevados nos próximos anos, em razão do balanço projetado entre a demanda por resinas termoplásticas no mercado internacional e a oferta desses produtos, especialmente após as confirmações de atraso na entrada em operação de novas capacidades produtivas no Irã (Olefinas 9 e 10) e de problemas na operabilidade de algumas dessas plantas. Esse cenário sinaliza a manutenção dos preços de resinas termoplásticas em patamares elevados nos mercados internacionais, com impactos potenciais positivos na rentabilidade da Braskem, tanto no mercado interno como no mercado externo. O spread entre o preço de PE e o preço da nafta já apresentava, em junho, um valor acima da média do 1S06 e do próprio 1S07, indicando uma retomada de preços após as recentes altas nos preços de petróleo e nafta. Esse aumento de spread verificado nos últimos meses pode vir a ser impactado por aumentos adicionais nos preços de petróleo e nafta.

No plano doméstico e com uma perspectiva de curto prazo, a Braskem trabalha com um cenário de crescimento sustentado da economia, com inflação sob controle e possibilidade de reduções adicionais nas taxas de juros, resultando em estímulo para o crescimento da economia e do consumo, o que já se verificou neste 1S07, especialmente a partir de março. A expectativa de melhoria da renda disponível, o aumento de crédito e do nível de atividade na construção civil, entre outros fatores, sinaliza para um incremento do mercado brasileiro de resinas termoplásticas em torno de 10% ao ano. A Braskem espera se beneficiar desse cenário por meio de sua posição de liderança no mercado combinada com uma estrutura diferenciada de produtos e serviços baseada na inovação e tecnologia.

No curto prazo, a Companhia tem investido basicamente em projetos alocados nas áreas operacionais – de melhoria de produtividade, modernização e atualização tecnológica e reposição de equipamentos -, investimentos em saúde, segurança e meio ambiente e na 2ª fase do programa Fórmula Braskem. Nesse contexto, a Braskem consolidada espera investir cerca de R$ 800 milhões em 2007, excluindo-se o montante estimado para as paradas programadas para manutenção, que é de R$ 200 milhões.

No âmbito estratégico, a Braskem prossegue firme na sua estratégia de crescimento associado à criação de valor para todos os seus acionistas. Para isso está se concentrando no curto prazo em duas frentes: consolidação da indústria petroquímica brasileira e acesso a matérias-primas competitivas, fator cada vez mais primordial para a garantia da competitividade em um ambiente globalizado.

Neste contexto, o projeto da Petroquímica Paulínia prossegue conforme o planejado, e a planta, com capacidade inicial de 300 mil toneladas de PP, podendo chegar a 350 mil toneladas, deve estar operando a partir do início do 2T08. A Petroquímica Paulínia é uma joint venture constituída com a Petrobras, na proporção de 60% para a Braskem e 40% para a Petrobras. O investimento total do projeto é de R$ 704 milhões e o financiamento foi estruturado nas mesmas bases de um project finance, com estrutura de debt/equity de 65/35, sendo que a maior parte do financiamento está sendo feito pelo BNDES. Em 2007, a Braskem deverá aportar cerca de R$ 80 milhões.

Adicionalmente, a Braskem deverá aumentar a sua capacidade de produção através da implementação de novos projetos, sempre preservando a sua disciplina de capital, em investimentos que proporcionem retornos acima do custo de capital da empresa. Esses novos projetos incluem expansões adicionais de capacidade em plantas já existentes, bem como uma nova planta de PP (300 mil t) no Pólo de Camaçari, a partir de 2010. Esses investimentos ainda estão sujeitos à aprovação do Conselho de Administração da Braskem.

Dentro dos projetos de crescimento com melhoria da competitividade através de acesso a matéria-prima competitiva, a Braskem está trabalhando no projeto da planta de 450 mil toneladas de PP, com investimento estimado em US$ 370 milhões, no Complexo de Jose, na Venezuela, em parceria igualitária com a Pequiven.

O projeto prevê o início da operação da planta para o final do primeiro semestre de 2010 e utilizará propeno a ser fornecido pela Pequiven.

Além disso, existe o projeto de um cracker de etano para produção de 1,3 milhão de toneladas de eteno, 1,1 milhão de toneladas de PE e outros produtos de 2ª geração, com investimento estimado de US$ 2,5 bilhões, também no Complexo de Jose, na Venezuela, mais uma vez em parceira igualitária com a Pequiven. Este projeto prevê o início da operação das plantas para o final do primeiro semestre de 2012 e utilizará etano de gás natural a ser fornecido pela PDVSA.

A expectativa da Companhia é de que esses dois projetos, sejam financiados através de project finance e contem com a participação de agências multi-laterais de crédito, agências de crédito à exportação, bancos privados e de fomento, de forma a minimizar o uso de recursos próprios das Companhias. Esses projetos são destinados a atender ao mercado venezuelano de resinas e fornecerão uma base competitiva para exportação para a América do Norte, Europa e costa oeste da América do Sul. Em relação à consolidação do setor petroquímico no Brasil, a Braskem antecipa boas oportunidades de captura de sinergias e criação de valor na integração entre as operações da Ipiranga Química, Ipiranga Petroquímica e Copesul e as operações da Braskem no Pólo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul. A Braskem já implementou um novo modelo de governança corporativa na Copesul, na Ipiranga Química e na Ipiranga Petroquímica, alinhado com as participações acionárias da Braskem no papel de acionista controlador e da Petrobras como acionista minoritário relevante. Existem equipes trabalhando no processo de integração para identificar as oportunidades de sinergias, nas 3 empresas. Todas essas frentes de crescimento objetivam posicionar a Braskem como uma das 10 maiores petroquímicas globais, em valor de mercado, criando valor para todos os seus acionistas.

Análise dos resultados da Braskem: Essa análise contempla apenas a Braskem antes da consolidação dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga e da consolidação proporcional (CVM 247) de outras participações.

Desempenho Operacional - Desde o início deste ano, a Companhia tem apresentado patamares elevados de confiabilidade operacional e operado as plantas com menor volatilidade nas taxas de utilização de capacidade. No 2T07, a taxa de utilização de eteno foi de 93%, em linha com o 1T07, a de PE e PP subiram 2 p.p. em relação ao 1T07, alcançando 94% e 102%, respectivamente, e a taxa de utilização de PVC foi de 88% por conta de uma parada programada para manutenção na planta de Alagoas, anteriormente prevista para março e realizada em abril último.

A produção da Unidade de Negócios de Poliolefinas apresentou volume 3% maior tanto em relação ao 1T07 como ao 2T06, evidenciando a melhoria de produtividade em nossas plantas. Na comparação semestral, essa melhoria de performance foi ainda mais significativa, com um crescimento de 6%.

Na Unidade de Negócios de Vinílicos, foi realizada uma parada programada para manutenção na planta de PVC de Alagoas no 2T07. Nesse contexto, a produção de PVC apresentou decréscimo de 2% em relação ao 1T07. Na comparação semestral, observa-se um crescimento importante de produção, igual a 10%, resultado da melhoria de produtividade das unidades industriais e do impacto da realização de parada programada de 14 dias na unidade de Camaçari no 2T06.

No 2T07, na Unidade de Negócios de Insumos Básicos, considerando-se apenas o eteno e o propeno, a produção permaneceu estável em comparação com o 1T07 e apresentou aumento de 8% em relação ao 2T06. Esse aumento é conseqüência (i) da maior confiabilidade operacional das unidades desde a miniparada programada para manutenção em dezembro de 2006, e (ii) do maior consumo de eteno pelas unidades da Braskem de 2ª geração (produtoras de resinas termoplásticas) no Pólo de Camaçari. O volume produzido de aromáticos (BTX) foi 14% menor na comparação do 2T07 com o trimestre anterior devido à parada programada na planta de reforma, que afetou a produção de paraxileno.

Em relação ao PET, a Braskem, baseada nos critérios essenciais de competitividade da petroquímica mundial - escala de produção global, tecnologia atualizada e custos competitivos, decidiu suspender temporariamente a produção de resina PET e desativar a sua unidade de produção de DMT na Bahia, com objetivo de maximizar a rentabilidade das suas operações e maximizar o retorno para os seus acionistas. A Braskem estudará a eventual retomada da produção de PET a partir de uma nova rota tecnológica que garanta custos competitivos para cadeia de poliéster no Brasil. O fornecimento de resina PET a todos os seus clientes está assegurado por meio de um contrato firmado com a M&G Polímeros Brasil S.A., um dos principais produtores desta resina no Brasil e no mundo. A Braskem mantém a sua política comercial atual para este produto, incluindo assistência técnica de forma a assegurar a excelência de serviços a todos os seus clientes. A desativação da unidade de DMT tem um impacto de natureza não recorrente no resultado da Braskem no montante de R$ 25 milhões, na rubrica de despesas não-operacionais.

Performance Comercial - O volume total de vendas (mercado interno + exportações) de resinas termoplásticas (PE, PP e PVC) da Braskem alcançou 590 mil toneladas no 2T07, o que representa um aumento de 13% em relação as 524 mil toneladas comercializadas no 1T07. Este resultado positivo deve-se principalmente ao volume doméstico 14% maior, o que superou o crescimento do mercado brasileiro que foi de 6%. No mesmo período as exportações subiram 10% e alcançaram 167 mil toneladas.

Na comparação com o 2T06, o volume total vendido de resinas cresceu 13%, com as vendas domésticas subindo 7% e as exportações 30%, ou 38 mil toneladas.

Na Unidade de Negócios de Poliolefinas, mais uma vez os volumes vendidos de PE e PP cresceram acima do mercado, quando comparamos o 2T07 com o 1T07. É importante destacar que a Braskem tem como objetivo privilegiar a rentabilidade na comercialização de seus produtos sem prejudicar sua participação de mercado e o relacionamento com seus clientes no longo prazo. Dentro desse contexto, o equilíbrio entre rentabilidade e participação de mercado resultou em um aumento da participação da Braskem no mercado brasileiro de PE e PP no 2T07, confirmando mais uma vez a sua posição de liderança nesse mercado.

As vendas domésticas de PE cresceram 17% em relação ao 1T07, um crescimento superior aos 6% registrados pelo mercado brasileiro. As exportações de PE cresceram 17% no mesmo período de comparação, em função de melhores preços nesse mercado.

Em relação ao 2T06, o mercado brasileiro de PE cresceu 4% e as vendas domésticas da Braskem subiram 2%, já que o mercado de PEAD, que representa boa parte do volume de PE vendido pela Braskem, cresceu especificamente nesse período apenas 1%. No mesmo período de comparação, as exportações cresceram 23%.

A Braskem tem direcionado esforços no sentido de aumentar a competitividade da cadeia produtiva dos petroquímicos e plásticos, com o lançamento de novos produtos e desenvolvimento de novos mercados, além do estabelecimento de relacionamento e parcerias de longo prazo com os seus clientes. Como resultado desse esforço, as vendas de PP no mercado doméstico evoluíram 15% em relação ao 1T07, enquanto o crescimento da demanda doméstica brasileira foi de 14%.

Em relação ao 2T06, as vendas domésticas de PP cresceram 7%, enquanto o mercado cresceu 12%, impulsionado por um aumento nas importações – que passaram de 8% para 11% do mercado. Diante desse cenário, o volume exportado pela Braskem aumentou 11 mil toneladas, ou 72%.

Na Unidade de Negócios de Vinílicos, as vendas domésticas de PVC cresceram 7% na comparação do 2T07 com o 1T07, com ganho de 3 pontos percentuais em participação de mercado, que foi de 56% no 2T07. O mercado registrou uma queda de 4%, devido principalmente à redução dos estoques em alguns clientes. As importações também contribuíram para a queda, passando de 23% para 17% do mercado no mesmo período de comparação.

Em relação ao 2T06, as vendas domésticas cresceram 16%, enquanto o mercado cresceu 9%, mais uma vez impulsionado pelo melhor desempenho de setores ligados à construção civil e por problemas operacionais no nosso principal concorrente.

Na Unidade de Negócios de Insumos Básicos, no 2T07 os volumes vendidos de eteno apresentaram queda de 2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 4% em relação ao 2T06, devido ao maior consumo pelos seus clientes, impulsionado por uma maior estabilidade operacional. O volume vendido de propeno, por sua vez, cresceu 13% em relação ao 1T07 e ficou 19% maior que o do 2T06, devido à maior produção no 2T07.

O volume de vendas de aromáticos cresceu 3% em relação ao 1T07, com destaque para as exportações. As vendas de benzeno corresponderam a 66% das vendas de aromáticos. Vale destacar que o preço do benzeno cresceu 43% desde o final de 2005, sendo 12% entre o 2T07 e o 1T07, e seu preço deverá continuar acima dos valores históricos, por conta do balanço positivo entre oferta e demanda.

Receita Líquida - No 2T07 a receita líquida foi de R$ 3,1 bilhões, o que representou um crescimento de 11% em relação ao resultado do 2T06. O crescimento de 13% no volume total vendido de resinas combinado com os melhores preços praticados nas resinas e em aromáticos foram os fatores que mais contribuíram para esse desempenho e foram parcialmente mitigados por uma apreciação média do real de 9%.

Na comparação semestral, a receita líquida no 1S07 foi de R$ 6,0 bilhões, com crescimento de 8% em relação ao 1S06. Os principais fatores responsáveis por esse aumento foram o crescimento de 10% nos volumes vendidos de resinas, de 10% no volume de aromáticos e os melhores preços de resinas, eteno, propeno e aromáticos no mercado internacional e seus respectivos reflexos no mercado doméstico.

Quando traduzida em dólares, a receita líquida no 2T07 foi de US$ 1,6 bilhão comparada a US$ 1,4 bilhão no 1T07. No acumulado semestral, a receita líquida monta a US$ 2,9 bilhões, com crescimento de 16% em relação aos US$ 2,5 bilhões registrados no 1S06.

Custo com os Produtos Vendidos (CPV) Durante o segundo trimestre de 2007, o custo dos produtos vendidos ("CPV") foi de R$ 2,6 bilhões, um aumento de 12% em relação ao CPV registrado no 1T07. Os aumentos do volume vendido e dos custos de matéria-prima impactaram negativamente o CPV e foram parcialmente compensados pelo aumento da produtividade em nossas plantas e pela valorização média do real em 6%.

O aumento do preço da nafta, mencionado anteriormente, e o maior volume consumido, levou a um custo de nafta R$ 224 milhões (ou 18%) maior no 2T07, em comparação com o 1T07. Durante o 2T07, a Braskem comprou 1.078 mil toneladas de nafta, das quais 804 mil toneladas (75%) foram adquiridas da Petrobras – sua principal fornecedora de matéria-prima. O restante, 274 mil toneladas (25%), foi importado diretamente pela Companhia, principalmente do norte da África.

Os custos com depreciação e amortização atingiram R$ 136 milhões no 2T07, montante acima do apurado no trimestre anterior em função do maior volume vendido no 2T07.

Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (DVGA) - No 2T07, as despesas de vendas, gerais e administrativas montaram a R$ 244 milhões, com redução de R$ 11 milhões em relação ao trimestre anterior.

No 2T07 as despesas gerais e administrativas alcançaram R$ 150 milhões, comparada a R$ 125 milhões no 1T07. Esse aumento está relacionado principalmente a uma receita não recorrente no 1T07, no valor de R$ 17 milhões, referente a ajuste de provisão para o desembolso futuro da Braskem no evento da liquidação do plano Petros, que envolve os integrantes da Braskem oriundos da antiga Copene.

Na comparação com o 2T06, as despesas gerais e administrativas sofreram acréscimo de R$ 17 milhões, principalmente devido a: (i) maiores despesas com pessoal devido a reajuste salarial no último dissídio, no 4T06; e (ii) maiores despesas com serviços de auditoria.

As despesas de vendas no 2T07 foram de R$ 95 milhões, o que representou uma redução de R$ 35 milhões em relação às despesas de vendas registradas no 1T07. O principal fator responsável por esse impacto foi em provisão para devedores duvidosos (PDD), já que houve uma recuperação de crédito no valor de R$ 13 milhões no 2T07 comparada a uma despesa de PDD no valor de R$ 22 milhões no 1T07.

Já na comparação com o 2T06, as despesas de vendas foram R$ 11 milhões maiores, devido ao maior volume exportado no 2T07.

EBITDA - O EBITDA da Braskem neste 2T07 atingiu R$ 560 milhões, com margem de 17,9% sobre a receita líquida, o que representou um crescimento de 121% sobre o EBITDA de R$ 253 milhões, e margem de 8,9%, registrado no 2T06. A melhor performance operacional evidenciada por maiores taxas de utilização de capacidade, maiores volumes vendidos e pela maior rentabilidade na comercialização dos nossos produtos foram os principais fatores para a melhoria do desempenho. O resultado do 2T07 foi ainda positivamente impactado por uma receita operacional não-recorrente, no valor de R$ 111 milhões, derivada de reversão de provisão de PIS/Cofins, cuja ação transitou em julgado. Quando expresso em dólares, o EBITDA atingiu o montante de US$ 282 milhões, ou US$ 227 milhões se descontarmos a receita não-recorrente. CPV 2T07.

Na comparação com o 1T07, o EBITDA subiu 30%, como conseqüência de maiores volumes e melhores preços de vendas, além do reconhecimento de receita não-recorrente no valor de R$ 111 milhões, parcialmente compensados por um preço de nafta, em R$/t, 14% maior.

Participação em Sociedades Controladas e Coligadas - O Resultado com Participações em Sociedades Controladas e Coligadas no segundo trimestre de 2007 foi de R$ 31 milhões, comparado aos R$ 38 milhões registrados no trimestre anterior. Excluindo-se os efeitos das amortizações de ágios decorrentes principalmente dos investimentos na Ipiranga Química, Copesul e Petroflex, o valor do 2T07 é de R$ 46 milhões, R$ 15 milhões menor que o do 1T07, devido principalmente ao menor resultado da Copesul no período.

O valor das amortizações de ágios foi R$ 8 milhões menor, afetado pela incorporação da Politeno, em abril de 2007, que transfere cerca de R$ 15 milhões em amortização para linha de despesas com depreciação e amortização e pelo ágio do investimento em Ipiranga Química, a partir também de abril, no montante de R$ 14 milhões no trimestre.

Potencial Alienação de Petroflex - A Braskem, a Petroflex e os seus demais acionistas controladores, comunicaram ao Mercado, nos meses de maio e julho, que receberam proposta de investidores interessados em adquirir suas ações. As propostas estão sendo analisadas e as negociações evoluíram significativamente, entretanto, até o momento, as partes interessadas não chegaram a uma definição sobre os termos e condições finais de eventual operação de compra e venda. O mercado será informado prontamente sobre o desenrolar das negociações.

Resultado Financeiro Líquido - O resultado financeiro líquido no 2T07 foi uma despesa de R$ 59 milhões contra uma despesa de R$ 113 milhões no 1T07, o que representa uma redução de 48%. A apreciação relativa do real frente ao dólar impactou positivamente o resultado financeiro do 2T07 no valor de R$ 91 milhões, na linha de variação cambial. Excluindo-se os efeitos da variação cambial e monetária, o resultado financeiro foi uma despesa de R$ 223 milhões, um acréscimo de 10% se comparada com o resultado do 1T07, que foi de R$ 203 milhões e um acréscimo de 43% em comparação com o mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 156 milhões. O aumento de R$ 20 milhões no 2T07 na comparação com o trimestre anterior foi decorrente principalmente do acréscimo de juros e despesas com vendor em função da contratação de novos financiamentos no período, principalmente o bridge loan no valor de R$ 652 milhões relativo à primeira etapa do processo de aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga. A conversão das debêntures detidas pela Odebrecht e a conseqüente redução na dívida bruta só ocorreu ao final do trimestre e, portanto, as despesas de juros dessa dívida ainda impactaram este 2T07.

Em relação ao resultado do 2T06, excluindo-se os efeitos da variação cambial e monetária, o acréscimo foi de R$ 67 milhões. Esta variação é decorrente principalmente do aumento nas despesas com juros e vendor de R$ 19 milhões decorrente de um endividamento maior no 2T07 antes da conversão das debêntures e do aumento com Outras despesas financeiras em R$ 25 milhões decorrentes de despesas com contratos de derivativos (hedge) e comissões sobre financiamentos, além da mudança no perfil de aplicações com impacto de R$ 24 milhões. Nas tabelas a seguir, observa-se a composição do resultado financeiro da Braskem em bases trimestrais.

A geração operacional de caixa da Braskem foi negativa em R$ 123 milhões no 2T07, comparada com uma geração positiva de R$ 850 milhões no 1T07. Essa variação é explicada pela mudança no capital de giro decorrente da integração com a Copesul e da baixa de aplicações financeiras para disponibilidades no trimestre anterior.

O aumento do investimento no 2T07 é fruto da aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga em abril.

A dívida bruta foi de R$ 5,2 bilhões em 30 de junho de 2007, com queda de 10%, ou R$ 589 milhões em relação à registrada em 31 de março de 2007. Essa redução é explicada pela conversão de debêntures de emissão da Braskem detidas pela Odebrecht em ações da Braskem, o que levou a uma redução de R$ 1,2 bilhão, parcialmente compensada pelo endividamento relativo à 1ª parcela da aquisição dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga, no valor de R$ 652 milhões. As disponibilidades, por sua vez, foram reduzidas em de R$ 365 milhões, em função do desembolso com essa aquisição e de mudanças em capital de giro, decorrentes do movimento de integração entre Braskem, Ipiranga Petroquímica e Copesul.

Dessa forma, a dívida líquida da Braskem em 30 de junho foi de R$ 4,0 bilhões, uma redução R$ 224 milhões em relação aos R$ 4,2 bilhões registrados em 31 de março de 2007. Em dólares, a dívida líquida permaneceu em linha e foi de US$ 2,1 bilhões em 30 de junho de 2007, devido à apreciação de 6% do real no período.

A alavancagem financeira da Companhia, medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA, que era de 2,5 vezes ao final do 1T07 (UDM), foi reduzida em 20% ao final do 2T07 (UDM), para 2 vezes. O prazo médio do endividamento está em 18 anos, o que nos permite garantir a adequação do perfil de vencimentos anuais e a maior eficiência na alocação de recursos para capital de giro operacional. Ao final de junho de 2007 o endividamento atrelado ao dólar norte-americano cresceu relativamente, já que a dívida em reais foi reduzida pela conversão das debêntures detidas pela Odebrecht em ações da Braskem. Com isso esse percentual, que era de 51% em 31 de março de 2007, foi de 69% em 30 de junho de 2007.

A Braskem, petroquímica brasileira de classe mundial, é líder em resinas termoplásticas na América Latina e a segunda maior companhia industrial privada de capital nacional. Com 18 plantas industriais localizadas no país, a empresa tem capacidade anual de produção de mais de 10 milhões de toneladas de produtos químicos e petroquímicos.| Por: PR Newswire.

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