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08/06/2011 - 10:22

Light inaugura Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos

Ruínas de construções do século XVIII foram evidenciadas e serão abertas ao turismo na região do Vale do Paraíba.

A História do Brasil ganhou mais um capítulo. Os amantes do tema terão uma grande oportunidade de reviver o glamour da época imperial, desvendando os mistérios de uma cidade que foi totalmente resgatada por meio de pesquisas históricas e trabalhos arqueológicos. Após três anos de atividades para o resgate da cultura local, será inaugurado, no dia 09 de junho (quarta-feira), o Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, situado em Rio Claro, a 128 Km do Rio de Janeiro. Por iniciativa da Light, desde 2007, uma equipe formada por historiadores, museólogos, arqueólogos, arquitetos, paisagistas, entre outros profissionais, diagnosticou e elaborou o projeto para a recuperação da região, um dos principais centros de produção de café no século XIX. O projeto contribui para a preservação histórica e cultural do Vale do Paraíba Fluminense e para o desenvolvimento do turismo, com geração de empregos e renda.

Com área total de 930 mil m², o Parque recebeu investimento de R$ 5,8 milhões, que proporcionou várias ações, incluindo, como uma das principais atrações, o Centro de Memória, espaço com aproximadamente 100m² que conta, de forma lúdica, a história de São João Marcos. Além disso, o parque oferece um circuito de visitação pela antiga cidade. O visitante poderá desfrutar do resultado de pesquisas históricas e arqueológicas, e do tratamento paisagístico feito no espaço. O empreendimento conta com anfiteatro, cafeteria e é adequado para receber até 280 visitantes por dia.

Para chegar ao Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, o turista caminhará por dois quilômetros da Estrada Imperial, uma das primeiras vias de rodagem do país ligando Minas Gerais à cidade litorânea de Mangaratiba, por onde passou o imperador D. Pedro e escoava-se a produção cafeeira. O calçamento em pedras da Estrada Imperial conduz ao início do circuito de visitação. O passeio por São João Marcos dura, em média, 40 minutos, e os visitantes estarão o tempo todo acompanhados por guias e receberão cartilhas explicativas. Lá, eles poderão conhecer o ossuário da Igreja Matriz, calçadas, fachada da casa do Capitão-mor, parte da estrutura do Teatro Tibiriçá e o forno em meia lua que revela a padaria, por exemplo.

A criação do parque e a recuperação da memória de São João Marcos representam uma contribuição da Light para a preservação história do país. “Poucos sabem o que aconteceu a essa cidade que, por estar situada às margens da Barragem de Ribeirão das Lajes, teve sua história definida por decisões do Governo Getúlio Vargas”, conta o presidente da Light, Jerson Kelman. Ele detalha um pouco mais “Para atender a crescente demanda de abastecimento de água para o Rio de Janeiro, o Governo Vargas decidiu pelo alteamento da Barragem. A Light, proprietária do complexo de Lajes, foi convocada pelo Governo Federal a executar a obra, cujos cálculos mostravam que São João Marcos seria alagada. O Governo decidiu ordenar a evacuação completa e a destruição da cidade, de forma a evitar o retorno de seus habitantes”

Parceira do projeto, a Secretária de Estado de Cultura, Adriana Rattes, destaca a importância do resgate de São João Marcos. “O Governo do Estado e a Secretaria de Estado de Cultura tem alegria e prazer em fazer parte de um projeto pioneiro, que opera a mágica de resgatar uma cidade desaparecida, mas de história tão rica – senão agridoce – através de atividades de arqueologia, museografia e museologia. O parque convidará alunos, professores, moradores e visitantes a conhecer a fundo e a refletir sobre a vida e a cultura dessa região do Vale do Paraíba. Assim, conhecerão melhor suas origens – e a si próprios”.

Além de conhecer e visitar a história da cidade, o projeto também tem o objetivo de incluir o Vale do Paraíba no roteiro turístico-cultural do Rio de Janeiro.

Arqueologia- O Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos possui, ainda, um espaço exclusivo para a Reserva Técnica, que servirá para higienizar, catalogar e armazenar os objetos encontrados no local. Até o momento, já foram catalogados cerca duas mil pequenas peças, entre elas: louças, moedas, objetos pessoais, porcelanas e tijolos mais brutos.

Um programa educativo foi preparado especialmente para as escolas, promovendo visitas mais elaboradas e capacitação de professores e coordenadores das escolas de Rio Claro. Com isso, os alunos terão a oportunidade de acompanhar o processo que envolve o trabalho de arqueologia: as evidenciações, a retirada do material encontrado e a compilação dos mesmos.

O Instituto Light coordenou o levantamento que permitiu a identificação das principais edificações e a demarcação de áreas para lazer. No projeto, há recursos financeiros próprios da Light e outros provenientes de parcerias com a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, através da lei do ICMS, e com apoio da Prefeitura de Rio Claro. Além disso, o Parque contou também com a parceria do Instituto Cultural Cidade Viva, do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA). A estimativa é de que a capacidade de atração do Parque possa torná-lo autossustentável em cinco anos.

História: A cidade de São João Marcos foi a primeira a ser tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, em 1939 e, curiosamente, a primeira a ser destombada no Brasil. Construída em meio à Mata Atlântica, no séc. XVIII, e próxima à barragem de Ribeirão das Lajes, estudos técnicos realizados durante o governo Getúlio Vargas mostraram que para suprir a demanda de abastecimento de água para a então capital do País, Rio de Janeiro, a capacidade do reservatório deveria aumentar. Com isso, houve a necessidade de desapropriar o conjunto urbano consolidado e setenta fazendas dos arredores; para evitar possíveis transtornos com os alagamentos parciais inerentes à reforma. [www.twitter.com/MTurismo ].

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