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10/06/2011 - 10:32

Seppir discute cooperação com BID pela igualdade racial

Reunião, ocorrida no dia 09 de junho (quinta-feira), abordou experiência brasileira na gestão de políticas afirmativas e a possibilidade de cooperação bilateral pela igualdade racial no Brasil.

A experiência do Brasil na gestão pública da questão racial foi tema de reunião do dia 09 de junho (quinta-feira), entre os executivos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Judith Morrison, assessora da Unidade de Gênero e Diversidade, e Juan Carlos De La Hoz, chefe de Operações no Brasil, e a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros.

O objetivo é conhecer a experiência brasileira, com vistas na replicação em outros países. Outro propósito é a identificação de áreas ou atividades possíveis de estabelecimento de cooperação entre a instituição financeira e a Seppir pela promoção da igualdade racial no Brasil.

Segundo Morrison, além de outras iniciativas que favorecem o ambiente para a implementação de ações afirmativas, o Brasil se destaca na coleta de dados censitários com abordagem do recorte de raça, área em que outras nações ainda demonstram dificuldades.

"Nós pensamos em replicar a experiência do Brasil, que é referência mundial em políticas de igualdade racial, mas implementamos também ações bem-sucedidas em outros países, a exemplo do combate à mortalidade materna no Peru, onde foi promovida uma ampla difusão de procedimentos preventivos e alternativos, como o parto vertical, nos postos de saúde", explicou.

De acordo com a ministra Luiza Bairros, que fez uma retrospectiva da questão racial no âmbito de governo, destacando a atuação do movimento negro nesse contexto, a atual gestão da Seppir está pactuando sua política com os demais Ministérios, "principalmente nesse momento de elaboração do Plano Plurianual, o PPA 2012-2015, cujo modelo estimula a intersetorialização".

Ela disse que a Seppir concentrará atenção prioritariamente nas intervenções em comunidades quilombolas, no que se refere à infraestrutura social, na interseção com o Programa Brasil sem Miséria, que tem um público alvo constituído por 71% de afrobrasileiros, e no Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico, visando aumentar a incidência da juventude negra nos cursos técnicos e tecnológicos, considerando os índices elevados de vitimização por homicídio desse segmento.

"A ideia é trazer a população afrodescendentes para dentro dos programas de governo, a exemplo do Brasil sem Miséria, a partir da capacitação dos agentes que atuarão nessa iniciativa para que eles reconheçam os miseráveis, que são negros, jovens e estão concentrados, principalmente no Nordeste", declarou a ministra na reunião, que teve também a participação da assessora Internacional da Seppir, Magali Silva Santos Naves.

No que diz respeito à cooperação direta entre as duas instituições, discutiu-se a viabilidade de observação da diversidade no recrutamento e seleção de profissionais para atuarem junto ao BID. Segundo De La Hoz, por estar alinhada com o planejamento estratégico do Banco, a proposta pode ser pensada para a ocupação de cargos, mas também para o preenchimento de vagas de programas de estágio.

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