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09/08/2007 - 12:20

Produtores de algodão defendem acesso a novas variedades transgênicas


Mesmo com uma previsão de aumento de produção de 37,6% sobre a safra passada, os produtores de algodão não consideram que isso vá representar uma recuperação para a fibra, que vem de duas safras fracas devido a problemas climáticos - seca em 2004/2005 e seca mais excesso de chuva em 2005/2006. Para os produtores de algodão, a expectativa atual é que sejam aprovadas novas variedades de algodão transgênico ainda este ano. No próximo dia 17 de agosto, seguindo o processo de avaliação das solicitações de aprovação, a CTNBio – Comissão Técnica Nacional de Biossegurança realizará uma audiência pública para ouvir produtores e a sociedade, sobre os processos de algodão transgênico.

Para os produtores brasileiros, as variedades transgênicas podem reduzir os custos de produção um vez que possibilitam a diminuição da aplicação de inseticidas, um dos insumos que mais pesam na produção. Há lavouras de algodão que chegam a demandar 15 aplicações durante o plantio. Até o momento, no Brasil, a única variedade aprovada de algodão transgênico é o Bollgard I (Bt), resistente a insetos.

No começo do mês, o governo da Colômbia anunciou a liberação comercial de uma nova variedade de algodão transgênico com genes combinados, ou seja, resistente a insetos e tolerante a herbicidas ao mesmo tempo. Esta é quarta variedade de algodão transgênico aprovada para os produtores colombianos que já tinham à disposição variedades resistentes a insetos, a herbicidas e também com os dois eventos em um só produto.

João Carlos Jacobsen, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão – Abrapa e vice-presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia – Aiba defende o acesso a novas variedades pelos produtores. Para ele, é importante para o País acompanhar os avanços tecnológicos disponíveis para fazer frente aos competidores internacionais. A Austrália, por exemplo, vem enfrentando problemas climáticos e, além disso, não consegue promover a irrigação da cultura. Como quarto exportador no ranking mundial, segundo Jacobsen, o País deve ficar atento a essas brechas de mercado, preparando-se do ponto de vista tecnológico.

As regiões Centro-Oeste e Nordeste, em especial os estados de Mato Grosso e Bahia, são as líderes atuais na área cultivada de algodão, de acordo com o 10º levantamento de grãos 2006/2007 da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab. De um total de 1,09 milhão de hectares plantados, 93% localizam-se nessas regiões. Em Mato Grosso, a colheita que se iniciou em maio, deve terminar no final deste mês de agosto, e no Oeste da Bahia, que lidera a produção baiana, 70% da safra já está colhida.

A previsão da Conab é que a produção brasileira seja de 1.46 milhões de toneladas de pluma. O volume representará um crescimento de 37,6% sobre a safra passada, 2005/2006. Na Bahia, 10% dos 278 mil hectares cultivados são de algodão transgênico e a previsão é de que haja um crescimento de mais 10% no cultivo transgênico na próxima safra.

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