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14/06/2011 - 10:39

Que espaço querem as mulheres no mundo das finanças?

Há alguns anos, temos disputado a liderança com os homens em diferentes âmbitos, mas o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) revelou algo de que não podemos comemorar. Isso porque, as consumidoras estão à frente quando se pensa em inadimplência, principalmente no comércio, em que são responsáveis por 62,3% das pendências, frente 37,7% dos homens. Entre outros pontos, foi possível descobrir que esse endividamento superior por parte do público feminino acontece até a casa dos R$ 500, ponto de virada para que os homens apareçam como a maioria dos devedores dentro dos segmentos analisados: serviços, comércio e serviços financeiros.

Com base nessas informações, é válido pensar: quais são os motivos que têm levado às mulheres a assumir um número maior de dívidas? Para nos aproximarmos de uma possível resposta para essa pergunta, é importante ter em mente que a mulher está cada vez mais presente no mercado de trabalho, mesmo que com salários inferiores, e tomando ainda mais decisões na gestão do lar. Contudo, parece que ainda falta planejamento e boas práticas de consumo consciente. Temos mais dinheiro do que antes, mas não sabemos usá-lo.

Desde a lista de compras do supermercado, até a declaração do imposto de renda, é preciso ter claro a relação entre a receita e os custos de vida. Dessa forma, diminuímos as chances de contar recursos que não estão à disposição no momento, evitando principalmente as compras por impulso. Ou seja, além de nos esforçarmos para ganharmos mais, é preciso mudar nossos hábitos para aproveitar ao máximo o que já temos.

Para quem já está com dívidas a dica é: pense em suas finanças como se fosse uma empresa. Crie planilhas e formas de avaliar quais são seus principais gastos e quais deles podem ser eliminados ou diminuídos. Passar a comprar marcas mais baratas ao invés das que está acostumada é um bom exemplo do que pode ser feito.

Além disso, faça um mapeamento completo de todas as contas em aberto e identifique com quais credores há espaço para negociações. Bancos e instituições que oferecem empréstimos podem aumentar prazos, fazendo com que tenha mais folga no seu orçamento mensal. Mas cuidado: não entenda essa amenizada como um sinal positivo para voltar a gastar, pois a divida só foi suavizada e não quitada.

Entrar em situação de endividamento é algo que tira o sono de qualquer pessoa, não importando o gênero de quem está no vermelho. Por isso, o mais indicado é que se tenha bom senso, não se deixando levar por atos impensados ou otimismo exagerado em relação ao crescimento de nosso país. Sempre é tempo de retomar o controle financeiro da sua vida, mas isso exige consciência sobre nossos erros e estratégias de superação.

. Por: Dora Ramos, atua no mercado contábil-administrativo há mais de vinte anos. É fundadora e diretora responsável pela Fharos Assessoria Empresarial. Para mais informações, acesse www.fharos.com.br.

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