Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

09/08/2007 - 12:28

A arte de contratar a pessoa certa

Escolher as pessoas que trabalharão como parceiras no desenvolvimento de um negócio é tarefa árdua para qualquer empreendedor. Inúmeras formas, estratégias, regras e ferramentas são inventadas e usadas no momento de seleção de candidatos. A identificação de competências e qualidades de cada concorrente a uma vaga, independentemente da área na qual atuará, porém, acontece de maneira tão subjetiva que fazê-la com sucesso pode até ser considerada uma arte.

Recursos como testes psicológicos, dinâmicas em grupo e outras tantas receitas mirabolantes criadas por especialistas em recursos humanos até criam um caminho, uma orientação em relação à análise do perfil e potencialidade de cada candidato. Mas, não darão a certeza plena de que tal pessoa é a ideal para preencher determinada vaga. Essa exatidão, na verdade, inexiste. Justamente por isso, o caminho da contratação deve ser lento e criterioso.

A grande dúvida que paira na mente de todo entrevistador no momento da seleção talvez seja a grande chave do problema. Será que aquele profissional está usando de astúcia ou de pretextos para enaltecer suas qualidades e mascarar suas deficiências, para mostrar algo que ele talvez não seja ou uma capacidade que talvez não possua? Sem uma avaliação estudada e rigorosa, tal pergunta pode ficar sem resposta, correndo-se o risco de se comprar “gato por lebre”.

Durante um processo de seleção profissional, muitos se vendem bem, mesmo não tendo nada para entregar. No desespero de conseguir o emprego ou de conquistar a vaga, selecionáveis assumem perfis e posturas que jamais vão conseguir manter durante o decorrer de suas vidas dentro da empresa.

O inverso também pode ocorrer. Aquele profissional que pareceu pacato demais durante a entrevista pode se revelar um dos melhores homens de venda da companhia. É nesse momento que entram em campo a sorte e o feeling do empresário, em conjunto com as demais ferramentas usadas no processo de seleção.

A observação é mais um instrumento que deve conduzir o processo de contratação. Durante uma entrevista, a percepção de alguns princípios pode contribuir na escolha do candidato. Higiene, boa apresentação (o que não quer dizer sofisticação), boa dicção, clareza na exposição de idéias, respostas objetivas, firmeza nas afirmações, olhos nos olhos durante a conversa, tudo isso são referências de uma pessoa com boa auto-estima, que está ciente de sua busca e que necessita conquistar a vaga, acima de tudo, por sua competência. E isso é um excelente indicador.

A redação é outro recurso interessante. Pela escrita é possível identificar a estruturação do pensamento dos candidatos, a clareza de idéias e sinais sutis da personalidade de cada um. Boas indicações saem do papel, por mais básico que possa parecer o método. Essa ferramenta de seleção é simples e a análise não requer grandes especialidades. O próprio empresário pode fazer o diagnóstico: ordem ou desordem; equilíbrio ou dispersão; palavras claras e objetivas ou pensamentos sem sentido; rasuras ou limpeza. Esse tipo de exercício pode ajudar bastante a selecionar as pessoas mais adequadas na arte de bem contratar.

Cabe aqui um importante adendo. Como a contratação não é uma ciência exata, o empresário deve sempre trabalhar com hipóteses de frustrações, falta de competência ou de interesse por parte de seu contratado ao longo do tempo. É somente no dia-a-dia, nas pressões e nos momentos de tranqüilidade, que a maior parte das manifestações do perfil e caráter de cada pessoa aparece.

É nessa linha de pensamento que a teoria “Demore para contratar. Mande embora rápido” mostra ser a equação que melhor possa dar garantias de resultados nas contratações de profissionais. Avalie bem antes de contratar e prossiga com a avaliação constante de seus colaboradores. Nada melhor que o tempo para referendar sua escolha. Agora, lembre-se: tempo demais pode ser prejudicial à sua empresa se a contratação não foi o sucesso esperado.

. Por: Daniel Augusto Maddalena, consultor especialista em empreendedorismo e cooperativismo.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira