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16/06/2011 - 10:10

Participação de mulheres em posição de liderança cai no Brasil

Brasil, que já foi o segundo país no ranking mundial, hoje ocupa 21ª posição.

Pesquisa de 2011 Grant Thornton International Business Report (IBR) revela que as mulheres normalmente ocupam 20% das posições de liderança globalmente, representando uma queda dos 24% registrados em 2009, e somente 1% acima do índice de 2004. A edição trimestral da pesquisa da Grant Thornton também descobriu que o percentual de empresas privadas que não possuem nenhuma mulher em sua diretoria ou cargo de comando aumentou para 38% comparado com os 35% em 2009. No Brasil, as empresas pesquisadas possuem aproximadamente 10 pessoas (9.7) em média na posição de liderança, sendo que apenas 2.3 são mulheres, representando 24%. Em 2007, o Brasil ocupava a 2ª posição no ranking global, com 42% das mulheres em posição de liderança nas empresas. Em 2009, caiu para a 10ª posição, com 29%. E em 2011, a queda no ranking foi ainda maior, ocupando a 21ª posição entre 39 países, com apenas 24%, pouco aima da media global de 20% de participação.

Globalmente, a Tailândia conquistou a melhor posição de mulheres em cargo de liderança (45%), seguido da Georgia (40%), Russia (36%), Hong Kong e Filipinas (ambos com 35%). Os países com a menor classificcação no ranking são India, os Emirados Árabes e o Japão, com menos de 10% de mulheres em posição de liderança.

“A participação das mulheres no mundo dos negócios é um tema importante no Brasil. Nós elegemos nossa primeira presidente, e em várias universidades as mulheres são a maioria (55%), especiamente em algumas áreas. Cada vez mais os recém graduados nas universidades, os representantes da geração Y, incluem mulheres e todos almejam serem líderes no futuro. No entanto, não se pode negar que a sociedade brasileira ainda é patriarcal, e que as mulheres têm que fazer um grande esforço para alcançar posições de liderança. Infelizmente, parte da queda de 2007 para 2011 pode representar a falta de benefícios das empresas locais para as mães que trabalham; não exite creche em muitos locais de trabalho e poucas empresas oferecem horário flexível ou mesmo a opção de trabalhar em casa, como home-office”, explica Madeleine Blankenstein, sócia e diretora do IBC – International Business Center da Grant Thornton Brasil.

Outro aspecto revelado na pesquisa é a participação das mulheres no comando nos países Asiáticos, com exceção do Japão, o ultimo do ranking global, com somente 8% das mulheres líderes. Ao dividir por blocos, Ásia é o líder com 35% das mulheres em cargos de liderança. A Ásia sem o Japão chega a 27%, na segunda posição junto com o BRIC, a União Européia com 20%, os países do G7 com 16% e a América do Norte, com 13%.

As mulheres estão se tornando mais bem sucedidas e incrementando sua participação em posição de liderança na Tailândia, Hong Kong, Grécia, Bélgica e Bósnia, onde o percentual de mulheres no comando vem crescendo pelo menos de 7% desde 2009.

Posição para as mulheres - Entre as empresas que empregam as mulheres em cargo de liderança globalmente, 22% estão colocadas na área financeira (ex Chief Financial Officer/Diretora Financeira). No Brasil, ficamos pouco acima da media global, com 25%, mas o destaque fica com a China, que tem 69% das mulheres no comando das finanças.

Esta posição é seguida pela de Diretora de Recursos Humanos (20%), globalmente e no Brasil. China é a líder, com 43%, Filipinas com 38% e Rússia com 35%. Na sequênica estão os cargos de Chief Marketing Officer e Diretora de Vendas (ambos com 9%). No Brasil, estamos pouco acima com 13% de participação. Singapura sai à frente com 20%, China com 19%.

Globalmente somente 8% das companhias com mulheres em posição de comando possuem uma Chief Executive Officer (CEO). No entanto, a história nas economias Asiáticas é diferente: a Tailândia lidera com 30% das empresas com uma mulher no cargo de CEO, seguida da China (19%), Taiwan (18%) e Vietnã (16%). No Brasil esta media é ainda menor, de 4%.

A boa notícia é que a mulher brasileira é a mais empreendedora do mundo. Ela ocupa a primeira posição, com 12% das mulheres ocupando o posto de sócia do negócio, contra apenas 4% da média global.

Madeleine Blankenstein conclui: “As mulheres nos principais centros urbanos, especialmente a partir dos 30 anos, têm se tornado empreendedoras, outras decidem ficar em casa com as crianças e vão para a economia informal, as mais jovnes deixam seus empregos para se tornarem mães, e isso acaba dificultando o retorno delas ao mercado de trabalho.”.

IBR-O International Business Report da Grant Thornton (IBR) é uma pesquisa realizada há 19 anos que tem como objetivo fornecer informações sobre as opiniões e expectativas de mais de 11.000 empresas em 39 economias anualmente. São entrevistados CEOs, diretores, presidentes e outros executivos seniores, levando em conta os cargos mais relevantes para cada país.

Coleta de dados -A pesquisa é realizada principalmente por meio de entrevistas telefônicas com duração de aproximadamente 15 minutos, com exceção do Japão (por correio), das Filipinas e da Armênia (pessoalmente), China continental e Índia (combinação de entrevistas pessoalmente e por telefone), onde as diferenças culturais requerem uma abordagem própria. As entrevistas telefônicas permitem à Grant Thornton International realizar a quantidade exata recomendada de pesquisas e garantir que as pessoas mais apropriadas sejam entrevistadas dentro das organizações que cumprem com os critérios de perfil exigidos. A coleta de dados é administrada pelo sócio principal de pesquisa da Grant Thornton International - Experian Business Strategies. Os questionários são traduzidos para os idiomas locais, e cada país participante tem a opção de realizar perguntas específicas e adicioná-las ao questionário principal. O trabalho de campo para o 4º trimestre foi realizado entre novembro e dezembro de 2010.

Grant Thornton International Ltd -Todas e quaisquer referências à Grant Thornton International são à Grant Thornton International Ltd ou às suas firmas membro. A Grant Thornton International Ltd é uma das principais organizações mundiais de contabilidade e consultoria com propriedade e administração independentes. Suas firmas prestam serviços de auditoria, tributos e assessoria especializada a empresas privadas e entidades de interesse público. Os serviços são prestados de maneira independente pelas firmas membro e correspondentes da Grant Thornton International, uma entidade de cúpula internacional organizada como uma sociedade de responsabilidade limitada por garantia e constituída na Inglaterra e País de Gales. A Grant Thornton International não presta serviços em seu próprio nome ou de qualquer outra forma. A Grant Thornton International e as firmas membro não formam uma sociedade internacional.

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