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16/06/2011 - 11:10

Empresa verde: um diferencial para seus negócios e consumidores

Vivemos a época em que as limitações de recursos naturais começam a aparecer. Estimativas do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento revelam que, considerando os níveis atuais de produção, as reservas de cobre da Terra poderão se esgotar em 28 anos, as de prata em 17 e as de estanho em 37 anos. A escassez de água também começa a se tornar um problema: segundo projeções dos estudiosos, no ano de 2030 um em cada três seres humanos não terá água suficiente para consumo próprio - ou correrá o risco de morrer, caso beba a água que estiver disponível.

Com tal cenário, fica ainda mais perceptível a movimentação de empresas para se tornarem “sustentáveis”: organizações que não forem consideradas “ecoeficientes” terão dificuldades em competir quando os recursos se tornarem mais escassos. O meio ambiente entrou definitivamente na pauta de negócios. Empresas de todos os setores sabem que só há um caminho para se adaptar aos novos tempos: inovar para transformar a crise ambiental em vantagem competitiva.

Essa tendência se acentuou recentemente, quando a consciência ambiental se tornou tópico comum nas conversas do mundo corporativo. De certo modo, a sustentabilidade começa a ser também um tema importante para os consumidores e clientes, que tem a preferência por produtos que não prejudiquem o meio ambiente ou que ajudam a comunidade ao redor de sua fábrica. Não ter o posicionamento verde é um risco grande para a empresa, que pode perder muitos consumidores.

Desta forma, muitas empresas tentam se reposicionar para se adequar aos desejos e expectativas dos clientes. A competitividade entre companhias para provar quem é o mais verde, quem é mais consciente, também aumentou. Além da imagem positiva para seu publico, as empresas estão apurando seu senso de ética e começam perceber a necessidade de existir responsabilidade filantrópica na relação com o mercado.

Algumas instituições já possuem em sua cultura a sustentabilidade. Isso facilita todo o processo de consciência na empresa, pois a companhia foi formada dessa maneira, isso já está em sua raiz. Infelizmente tal princípio é raro: na empreitada de ser conhecido como verde, a maioria das companhias decidem tomar o caminho mais superficial e menos eficaz. Estas empresas acreditam que por meio de palestras com a participação de colaboradores e comunicados ao mercado com mensagens de sustentabilidade, já são suficientes para torná-la conhecida como consciente. Mas o exercício dessas atividades não tornar a companhia “verde”. A idéia de sustentabilidade deve estar no coração da empresa.

Para se tornar sustentável de verdade, para ter o princípio em seus pilares, as companhias devem possuir executivos conscientes, que reconheçam as mudanças que o planeta está enfrentando: o líder que traça as estratégias da empresa para o futuro baseado no sucesso do passado, transforma a companhia em um fracasso. Incorporar a filosofia verde implica em trazer esse pensamento para as questões mais profundas da condução de negócio. Os processos organizacionais, decisões da alta liderança, de alocação de recursos e o envolvimento das pessoas em projetos internos, devem ocorrer com a sustentabilidade em mente e ser alinhado com o discurso da empresa.

Se a conscientização for profunda e continua, a organização consegue implantar em sua cultura, a sustentabilidade. Se for um programa superficial, dentro de pouco tempo, a antiga mentalidade pode retornar e os velhos hábitos de consumo exagerado e falta de consciência também. A companhia não pode se esquecer de seus stakeholders e transmitir a mensagem a todos: deve haver uma nova cultura de se relacionar com clientes, comunidade e colaboradores.

O responsável pelo projeto deve definir quais são os valores individuais e da empresa, e começar a trabalhar com essa cultura. No entanto, não será simples: as companhias terão que percorrer um longo caminho para se igualar a instituições que já foram criadas com a cultura verde. Muitos negócios terão que redefinir suas principais vantagens competitivas num mundo com recursos restritos. Outros encontrarão novos potenciais de mercado.

O conceito deve se tornar um hábito. O termo “verde” não deve estar apenas relacionado à preservação do meio ambiente, mas também com a proteção da comunidade. A sustentabilidade precisa ser vista e trabalhada como sendo a integração de todas as cadeias de atuação da sociedade em sintonia com a natureza. Só assim, todos juntos, podemos atingir um propósito maior: manter a qualidade de vida no planeta.

. Por: Timothy Altaffer ,consultor da Axialent Brasil

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